cap 2

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- Aa-aron

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- Aa-aron...- sons altos e repetitivos de palmas eram ouvidos, Deus, eu não queria escutar isso, meu fone quebrou ontem... -Para... porra calma...- ou ela estava gritando muito, ou realmente era no quarto ao meu lado.- Aaron, meu amor... argh, isso... isso... isso!!!!- os sons eram fortes e rápidos, quase sem tempo entre eles, porque estou prestando atenção nisso?

Realmente, não tinha como não prestar atenção nisso, não dava para sequer me concentrar em outra coisa, esses sons altos ecoavam pelo meu quarto, eu só queria ler... que droga! Odeio quando coisas me tiram a concentração, principalmente pra ler o livro que eu mais fiquei ansiosa pra chegar, além do mais, eles devem saber das regras do bairro, após as dez e meia é sujeito a multa aquele que, siente da regra, perturbar a vizinhança com barulhos, festas ou músicas altas, então ele deve estar muito ciente disso.

Coloco minha pantufa, descendo as escadas da casa de madeira que moro junto a minha avó, mas estou sozinha agora, ela foi viajar ontem. Saio de casa indo a porta da casa ao lado, toco a campainha, está nevando aqui fora, eu deveria ao menos ter colocado um moletom, Não tenho ao menos sinais de que alguém vem me atender, toco a campainha, ouço um grito, e passos pesados em madeira, a porta e aberta, vejo a figura grande de um homem forte e tatuado por inteiro, sem camisa e com uma calda de moletom cinza levemente molhada na região... senhor Deep me olhava, irritado mas sorrindo ladino, me olha dos pés a cabeça.

- Posso te ajudar?

- O senhor está ciente da regra da dez e meia? Está perturbado a casa ao lado!- ele riu, revirando os olhos e olhando pra trás, voltou seus olhos irados a mim novamente, de um jeito estranho, franzi o cenho com os braços cruzados, ele fedia...

- Não, não estou ciente de nenhuma regra! Me deixe em paz!- ele iria fechar a porta, coloquei o braço, abrindo-a e me deparando com raiva em sua expressão.

- Senhor Deep, por favor, respeite os vizinhos, existe uma regra para ser cumprida, o senhor não deve perturbar seus vizinhos com barulhos altos!- ele riu.

- É isso? O barulho? Você por acaso quer participar, baixinha?- ele é tão nojento, porque ele acha que eu iria querer uma coisa dessas? E por que ele me olha assim?

- Não, estou somente pedido respeito para com os vizinhos!- eu havia me exaltado com isso, quem ele acha que é? Percebi onde seus olhos estavam, cubro meus seios com o braço, ele sorri, ele só pode estar bêbado.

- Então tá bom, gata, vou tentar fuder mais baixo por você, tá bom?- senti a ironia em suas palavras, mas não queria estar mais tempo perto de alguém que fedia a sexo e maconha, e também... GATA?

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