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PRIMEIRO ATO | CAPÍTULO 13

❝Líder❞

Longe de onde ele estava, uma dríade de cerejeira começou a viajar com o vento até onde ficava o acampamento. Ela entrou na tenda de Edmundo e Pedro enquanto eles dormiam, acariciando o rosto do mais velho com suas pétalas soltas, o que rapidamente o acordou e o alarmou.

Edmundo, assim como Pedro acordou. No entanto, ele não ficou tão alarmado, apenas o surpreendeu.

— Não tenham medo, príncipes — a ninfa falou calmamente, mas com uma pitada de tristeza — Suas irmãs me enviaram notícias tristes...

— E-eu estou te ouvindo — Pedro respondeu.

— O grande rei morreu... — anunciou com tristeza antes de desaparecer com o vento, porque sua missão havia terminado.

Os irmãos pareciam preocupados, perguntando-se como isso havia acontecido. Pedro levantou-se da rede e saiu da tenda. Em vez disso, Edmundo ficou ali, imaginando como Zylan se sentia.

Além disso, nosso rei começou recentemente a despertar. Ele olhou em volta, observando com tristeza o horror que havia cometido.

Ele se levantou lentamente e observou uma borboleta pousar em seu nariz. Ele sorriu um pouco ao vê-la e segurou-a delicadamente com o dedo indicador direito.

— Vejo que você não tem medo de um monstro —  comentou ele, desanimado.

A borboleta voou ao redor dele e finalmente saiu, deixando o pobre rei sozinho novamente. Ele suspirou cansado e decidiu seguir as pegadas marcadas no chão que ele mesmo havia deixado.

Zylan se perguntou se os outros já sabiam o que aconteceu com Aslan. No entanto, ele se lembrou novamente do que viu na noite anterior.

Sim, ele estava triste por causa do leão, mas não foi por isso que chorou quase a noite toda e liberou seu poder como se nada tivesse acontecido. Ele deixaria a bruxa saber que, com ou sem Aslan, ela seria derrotada, não importando o custo.

Afinal, ele mesmo declarou isso em sua coroação.

“Prometo dar minha vida se necessário pelo meu povo e pela paz entre os habitantes. Eu, Zylan, darei minha vida em primeiro lugar.

Finalmente ele chegou ao acampamento, observando os narnianos andando e correndo de um lado para outro. Algumas pessoas prestaram atenção nele, porém, não pararam e foram diretamente para a tenda de Aslan, onde ele presumiu que talvez Pedro ou Oreius estariam lá.

— É verdade — ele ouviu a voz de Pedro – ele morreu.

Zylan se aproximou deles, olhando o mapa sobre a mesa com as pequenas figuras de um exército. Oreius olhou para o rei, vendo seu olhar sério, mas determinado.

Edmundo olhou para o centauro e depois com um pouco de espanto para Zylan, que olhou de volta instantaneamente. O mais novo pensou um pouco e olhou para o irmão.

— Você terá que ser o líder... — o moreno olhou para Pedro — Há um exército inteiro, que está pronto para te seguir.

—Eu não posso fazer isso — ele respondeu instantaneamente.

— Aslan confiou em você... e eu também – admitiu. Pedro olhou para ele e sorriu um pouco.

— O exército da bruxa está se aproximando, senhor. O que faremos? — perguntou o centauro.

Pedro notou a presença da fênix e olhou para ela pedindo ajuda.

— Você poderia..?

— Os centauros e sátiros irão para a frente assim como os rinocerontes, tigres e onças. Os arqueiros estarão nesta montanha, no topo, quero dizer. Os grifos poderiam ajudar um pouco pegando pedras e jogando-as sobre o inimigo. Edmundo liderará os arqueiros. Pedro , Oreius e eu estaremos na frente de todos, liderando o exército — declarou o rei vendo o olhar surpreso de Pedro. — Os grifos atacam primeiro e retornarão conosco, a bruxa é esperta, então ela irá saber rapidamente o que fazer. Então o exército principal atacará quando o sinal for dado. Edmundo, se percebermos complicações, daremos a ordem de recuar e avançar morro acima, ali ou antes lhe daremos o sinal para soltar as flechas, quando ver que é necessário, recue e pegue outras armas. Ficou tudo claro?

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