Capítulo 06 | Anil

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O vislumbre de um futuro tão parecido com o passado, uma terra de ninguém, sem chão para nós, que fomos rechaçados. 
Por isso, cuidado, meu bem, há perigo na esquina. Eles venceram e o sinal está fechado para nós que somos jovens. Abrace seu irmão, beije sua menina.
Eu espero que ainda exista amor pra recomeçar, mesmo que às vezes o amor também signifique lutar.

Século XVIII

Na primeira noite que marcava o início da primavera, flores desabrocharam em lençóis tão brancos quanto a neve. Um oásis secreto criado em meio a uma terra que costumava ser infértil, que era regada pelo ódio. Algo que só poderia ser feito com cores, cores que sobravam entre Naruto e Sasuke.

Uma terra cinza e sem cor, sendo regada em alguns lugares pelas cores de amores que o tempo tentava apagar, mas que eram incapazes de sumir da história. Amores iguais ao de Naruto e Sasuke.

Em meio a um deserto, flores desabrochariam ao longo do tempo. Flores que haviam sido plantadas pelos que vieram antes, pelos que lutaram pelo direito não somente de amar, mas principalmente pelo direito de existir. Sementes cheias de cor que foram rechaçadas pelos que viviam num mundo preto e branco, mas que lutaram o suficiente para que nosso arco-íris pudesse pintar o céu com as cores do nosso amor.

E, na história que conta as cores do nosso amor, Naruto e Sasuke fizeram parte dessas sementes.

[...]

O sol ofuscante da manhã entrava pela varanda do quarto, incomodando os olhos do Uzumaki, que se aconchegava na curva do pescoço de Sasuke.

— Desliga o sol, por favor — o loiro dizia abafado, fazendo o Uchiha sorrir.

— Se eu pudesse, eu o faria pra você — acariciava lentamente os fios loiros, beijando o topo da cabeça de Naruto logo em seguida.

— Você está com fome? — levantou a cabeça rapidamente e encarou seu amado nos olhos. Naruto era alguém confuso e indecifrável no início das manhãs após acordar, talvez fosse o momento em que seus parafusos estivessem mais soltos.

— Não — Sasuke respondeu com certa confusão em sua voz — Por quê?

— Nada, apenas pensei — voltava a repousar sua cabeça, mas agora era sobre o peito do moreno.

— Volte a dormir, meu bem — o Uchiha falava com um sorriso, mas assim que terminou a frase algo parecia errado.

O quarto começara a tremer e de repente um vaso de porcelana caiu no chão e quebrou. Os dois se sentaram rapidamente na cama, que também tremia. Não saberiam dizer se era o Palácio que estava ruindo, algum terremoto ou o que quer que pudesse ser aquele evento estranho.

Em alguns segundos, o quarto que antes era iluminado pelo sol foi inundado por uma luz intensa, incandescente, algo que não parecia ser daquele mundo, ou talvez fosse, mas não daquela época.

A reação instantânea de Sasuke foi pegar uma pequena adaga que guardava sob sua cama, enquanto isso também segurava a mão de Naruto. O Uchiha fora um grande soldado no passado, saberia se defender contra quaisquer ameaças humanas, mas aquilo parecia diferente para ele.

Assim que a luz cessou e o quarto parou de tremer, o Uzumaki esperava que seus guardas fossem adentrar o quarto para saber o que havia acontecido, mas ninguém apareceu. Ele saiu para olhar na varanda e tudo parecia normal, era como se aquilo não tivesse acontecido. Ou só tivesse acontecido para eles.

De repente, ouviram-se passos cambaleantes no banheiro do quarto. Sasuke levantou-se e falou para o loiro esperar. No entanto, antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma mulher de cabelos loiros e roupas incomuns para aquela época saiu do outro cômodo, adentrando o quarto com certa dificuldade, como se estivesse tonta.

As Cores do Nosso Amor | NaruSasu Onde histórias criam vida. Descubra agora