Um Capuccino (Reki × Langa | Renga | SK8 The Infinity)

❤️Oito❤️

Reki Pov

"De Langa Hasegawa, para o barman skatista mais fofo que já vi." Esse foi o autógrafo dele no livro que eu li o dia todo, exatamente, li tudo em um só dia tendo pausas somente para comer ou ir no banheiro. Assim que eu terminei, lá por volta de umas 20:30h, liguei para ele e ficamos falando sobre o livro durante bastante tempo, conversar com ele é tão bom que chega quase a ser uma terapia. Só sei que teve um momento em que eu dormi com o celular na mão, acordei com o despertador para ir para o trabalho, fui de skate e bem arrumado, afinal de contas, eu tinha que passar na casa de um certo azulado depois.

—Obrigado pela compra, tenha um bom dia! —Eu digo entregando um pacote de cookies de red velvet para minha última cliente do dia.

Ela sai e eu ouço alguém me chamando, Kojiro! Tenho que falar com ele.

—Reki, como foi com o garoto azul? —Diz com um sorriso curioso no rosto.

—Foi... Olha, pensa no pior que pode acontecer, foi pior do que isso. Mas ai no dia seguinte deu tudo certo.

—O que houve? —O sorriso sumiu.

—Pensa acontecendo o seguinte, um casal de idosos homofóbicos tentando bater na gente enquanto já estávamos no hospital e logo depois o médico tenta nada mais e nada menos do que abusar do Langa na frente de todo mundo do hospital! Aquele sem noção do Adam. —Eu digo e por mais que o Kojiro tenha feito uma cara de surpreso desde o começo, ele me pareceu mais assustado quando eu disse "Adam".

—Reki, você está falando de um cara alto de cabelo azul escuro?

—Sim... —Acabo notando de quem estávamos falando.— É aquele ex do cara que tu gosta!? —Digo surpreso.

—Provavelmente, não existem muitos Adam de cabelos azuis que são uns filhos da mãe nessa cidade.

—Pois é, então deve ser, sei que puxei o Langa pela cintura e o levei nos braços até o carro, fomos até minha casa, dei um chá, remédio para dor, emprestei umas roupas e... E massageei as costas dele. —Eu digo muito envergonhado a última parte.

Quando eu me ofereci para fazer isso, eu não tinha parado e pensado que eu estaria tocando as costas dele, do cara mais bonito que eu já vi.

—Finalmente aquele curso de massagem que fez no ensino médio serviu para alguma coisa, né? —Sorriu. — Vocês se beijaram ou coisa do tipo?

—Não, mas... —Sorrio ao lembrar.— Até pareceu uma cena de filme teen americano, quando eu fui deixar ele em casa ontem de manhã, depois dele ter entrado e eu já estar saindo, o Langa voltou, correu até mim e me abraçou... Ele é muito fofo, sabia? —Eu olho para baixo para esconder o meu sorriso bobinho que eu fico quando falo do Langa e o meu rosto que deve estar tal qual uma pimenta.

—Que breguice, mas uma breguice linda. —Kojiro sorri.

—Ei, é... Eu posso levar um capuccino de chocolate hoje? Pode descontar do meu salário!

—Claro! Mas agradeço por avisar, por sinal, o novo empregado já vai chegar, ele fica no turno após o seu.

—Ah, certo!

Eu começo a fazer o capuccino e quando termino eu me apresso para ir embora, esbarro, sem derramar o capuccino, em um cara muito bonito, longe de ser mais bonito que o Langa, mas muito bonito ainda sim, deve ser o novo funcionário.