[Em andamento]
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Choi Yeonjun 04 de março de 2024
O que é a confiança? Substantivo de dois gêneros, descrito como o sentimento de quem confia, acredita em alguém, convicção ou segurança em relação a alguma coisa por qualquer dicionário que você se dispor a folhear. Porém, eu gostaria de ir um pouco mais além: a autoconfiança. O autoconfiante, adjetivo também de dois gêneros, é aquele confiante de si, com segurança em suas ações, seguro o suficiente para não ter medo de nada, para isso, eu não abria livro nenhum, bastava ter o vislumbre de meu próprio reflexo no espelho. Sentado em minha penteadeira, adicionei profundidade aos olhos com a sombra marrom, o delineador marcava bem meus olhos, um de meus traços mais marcantes. Finalizei com o toque especial, o gloss de cereja, perfeito.
Respirei fundo assim que entrei em um dos carros de luxo que a família Choi ama esbanjar, sendo recepcionado pelo chofer que já me aguardava. Eu ainda não estava acostumado com aquele blazer vinho, no meu colégio antigo nunca foi obrigatório o uso de uniforme, então, assim que me analisei pelo retrovisor de nosso Audi R8 v10, houve sim a estranheza, mas nunca, descontentamento. Joguei o cabelo para trás, assistindo o piercing da joia em minha sobrancelha brilhar sob o reflexo da luz solar e sorri logo em seguida.
Não pude evitar olhar através da janela, desde que tive o vislumbre da grande capital Seul durante a aterrissagem do meu voo, era quase como se um ímã atraísse meus olhos para apreciar sua enorme beleza. Tudo parecia tão certo, era como se aquela cidade onde arranha-céus, metrôs de alta tecnologia, em que a cultura pop se misturam com templos budistas, palácios e mercados de rua sempre tivesse feito parte de quem eu sou. Assim que o avião pousou e arrastei todas minhas malas até o táxi, eu nunca tinha visto meus olhos brilharem tanto. Ver minha nova casa com um quarto todo em branco, prontinho para eu o colorir como a tela mais linda de arte e o encher com a minha personalidade também fez com que eu me sentisse da mesma forma. Mas, agora, no caminho da escola, era um pouco diferente.
Nunca pensei que poderia presenciar aquilo sem ser pelo story de alguém ou em programas de televisão, olhava para a janela porque queria aproveitar toda vista da cidade, sentindo-me um seules e agora que moro aqui acho que posso me chamar assim e pensar que em poucos minutos eu estaria no colégio mais prestigiado da grande metrópole só me enchia ainda mais com esse sentimento. Com isso, não pude evitar morder os lábios e brincar com a argola em minha boca pensando em qual impressão eu iria passar. Só que, apenas ao observar a Namsan Tower, já pude ter certeza que eu definitivamente não sentiria saudades da minha cidade natal. Era tudo tão lindo. Eu estava ansioso para em meu tempo livre poder explorar todas as atrações turísticas ou não que estivessem disponíveis. Viver na pele é muito diferente de ver ao vivo e acores e eu me sentia cheio de vida ali, afinal, eu estava cada vez mais perto de realizar meu sonho.
Os prédios se estendem a metros e metros do chão, respirei fundo me sentindo revigorado e inspirado pela paisagem tão bonita, tirando meu celular do bolso somente para tirar algumas fotos minhas e também da paisagem, mas a câmera do meu celular não fazia jus a beleza daquele local. Talvez devesse sair um dia com a câmera fotográfica, no momento, irei focar no presente.
