By the Waters

Nine

Olá meus amados!
Como estão?
Saindo que Tinho do forno para vcs! Espero que gostem do cap!
Boa leitura!

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Após o desjejum, Sasuke me levou para conhecer o castelo, a pedido meu. Como o rei havia mencionado, meus pais estavam a caminho do reino Uchiha para rever o único herdeiro da coroa e parabenizar o príncipe Uchiha pelo feito de me resgatar das garras da Raposa.

Toda aquela situação seria até cômica, se não fosse pelo fato de o rei ter descoberto que eu era a raposa. Eu estava em território inimigo; e, se descobrissem este pequeno detalhe, eu não iria saber o que fazer para garantir a segurança do meu filhote.

Será que o rei aceitaria um herdeiro vindo de um assassino sanguinário? Alguém que sequestrou não só um, mas seus dois filhos e ainda se atreveu a engravidar de um deles? E a rainha? Qual seria a reação dela se soubesse disso tudo e ainda descobrisse que seu marido, o rei, ainda tentou me agarrar?

Como eu havia dito antes, toda aquela situação seria cômica, se não fossem todos aqueles agravantes.

— Em que está pensando? — Sasuke me libertou de meus pensamentos confusos com uma voz baixa e preocupada.

— Em meus pais. Será que vão se assustar com a minha mudança? — Olhei para baixo, tentando esconder o rubor de me ver no espelho esta manhã.

Eu sempre me achei bonito como príncipe, mas preferiria estar confortável como um pirata. Claro que as roupas e adereços me caíam bem; mas segurar uma espada em uma mão e uma garrucha na cintura me fazia sentir mais como um rei do que o trono em que minha mãe se senta.

— Você está lindo, Naruto. Não se preocupe. Seus pais vão te aceitar mais rápido do que você imagina. — Ele me abraçou forte, e foi aí que percebi que estávamos sendo seguidos.

— Majestade. — Falei, já me soltando dos braços de Sasuke e o cumprimentando adequadamente; em seguida, Sasuke me seguiu em sua reverência.

— Vejo que está aflito, meu jovem. — O grande e imponente rei Uchiha se pôs à nossa frente. — O que o preocupa? — E, enquanto falava, ele nos indicou continuar caminhando pelos corredores do castelo.

— Apenas estou preocupado que meus pais não me reconheçam mais, Vossa Excelência. Fiquei tanto tempo no mar aprisionado que nem sei se eu mesmo vou conseguir reconhecê-los.

— Não se preocupe, jovem. Mesmo que milhares de anos se passem, eu duvido que eles não te reconheceriam. Afinal, mesmo disfarçado, acredito que certas coisas são difíceis de esconder, e os traços da família Uzumaki estão entranhados em você.

Nesse momento, pude sentir meu rosto perder a cor. Minhas mãos ficaram geladas, e prendi a respiração automaticamente. Será que já havíamos chegado ao fim daquela conversa e o rei iria dar a sua ordem?

— Não se preocupe muito com isso, meu jovem. — Pude ouvir o rei, tão calmo quanto o mar em dias de sol. — Você ainda é da família Uzumaki. Vamos te ajudar com o que quer que precise.

Uma pontinha de esperança bateu em meu peito quando o rei me mostrou o jardim real do palácio. Uma bela imagem de um ambiente cheio de flores e folhas de cores exuberantes e aromas agradáveis. Percorri o ambiente com o olhar; parecia uma grande praça muito bem cuidada pelo jardineiro local. Mas o que mais me chamou a atenção foi que, dali, consegui ver o brilho do mar.

Aquele cheiro de água salgada tomou conta de minhas narinas, e a brisa refrescante me arrepiou a pele. É claro que, naquela altura do campeonato, eu não poderia abandonar o mar, onde sempre foi e sempre será o meu lar. A única coisa que me impedia de correr feito um louco para as águas era o fato de o meu filhote estar crescendo descontroladamente em meu ventre.