Capítulo onze
Hades
— Bebezinha, precisamos sair da médica está aí. — Ela se remexeu abruptamente no meu colo fazendo água verter para fora da banheira.
— Para eu colocar o tal chip anticoncepcional? — Perguntou indignada e contínua antes que eu pudesse responder. — Não vou colocar nada! Não sou obrigada. Não vou colocar merda nenhuma. Você não pode fazer isso, é o meu corpo. — Quem algum dia já falou dessa forma comigo? Ninguém. Mas vê-la brava, tentando se levantar do meu colo, me desaviando com a palavra e com o olhar, me deixou com um tesão absurdo, meu pau ficou duro no mesmo instante, latejando de desejo por essa maldita feiticerinha. A segurança foi firme para que não saísse do meu colo, a apertei um pouco mais forte e a sacudiu de leve.
— Você vai colocar essa merda. E esse corpo aqui. — A puxei para mim. — É meu, todo meu. E não vou te foder com camisinha nem...
— Quero um filho seu. — A ideia além de me calar me fez afrouxar os braços em torno do seu corpo, com isso ela pulou para fora da banheira. — Eu quero ter muitos filhos teus, não vou por essa merda, Hades, eu te amo, eu já vou fazer dezesseis, podemos casar, posso te dar muitos filhos, e quando tivermos uma casa cheia ainda serei nova e gostosa só para você.
Fiquei entorpecido, nunca essa falta de fato havia me dominado nem para ela consegui olhar pensando no que dizia. Consegui imaginar nossos filhos sendo criados cheios de carinho, eu obedecendo cada comando dela pelo simples fato de que ela me deixa assim, como um frouxo. Meus herdeiros seriam como meu pai, a organização enfraquecida, sendo cuidada por Eliza, com muita sorte de seus filhos. NÃO! Eu não a deixaria ir, mas ela seria minha amante para sempre, e não teríamos filhos. NUNCA. Deixei a ir tomar conta de mim e resolver colocar as coisas em seu lugar. Falei com fingindo um controle que não tinha. Ela me descontrolava só com sua presença, mas quando abria a boca era pior ainda.
— Presta bem atenção, Rania; você coloca a porra do chip, ou nunca mais coloco a minha rola em você. — Que porra estou falando. Minha vontade era pegar ela pelos braços dar uns chacoalhes dizer que ela nunca terá um filho meu, que não vou ter bastardos, mas sua carinha de anjo, e o que sinto quando estou com ela me impede de magoá-la ainda mais. Peguei o roupão e estendi aberto para ela colocar, ela me olhou com o rosto vermelho e tristonho.
— Coloca o roupão. — Depois de uma longa espera estendeu as mãos. — Você tem quinze anos, não sabe o que está dizendo.
— Sei sim.
— Não, Rania, você não sabe, eu sou um criminoso, meus filhos herdarão o meu trono. Eu mato, roubo, tráfico. Não sou seu príncipe, princesa, e quanto antes você entender isso mais fácil será.
— Então o que? Vai ficar comigo até curtir e depois jogar fora? — Recebi mais uma mensagem do Isaque dizendo que a médica estava aguardando no quarto de hospedes.
— Vem. — A cara de desdém, a birra ao invés de me deixar com ódio me deixa duro. — Mara, a senhora deveria ter mais ou menos a idade de meu avô. Era uma das médicas da organização a única que vinha na minha cobertura.
— Senhor Hades. Pode deitar-se. — Apontou a cama para Rania que estava com a pior cara que já tinha visto nela. Meu celular começou a tocar neste momento, me afastei para atender a ligação do meu avô. Quando voltei minha atenção para o que estava acontecendo Mara já tinha dado a anestesia e estava introduzindo o dispositivo de quatro centímetro no seu braço. Assim que fez a introdução virou para mim e disse.
— Já não tinha colocado nessa, há uns dias, teve algum problema?
— Rania deixou o braço das mãos da Mara, deu uma tapa na bandeja com o material que foi usado jogando tudo longe e clamou de qualquer jeito da cama. Antes que fuja para fora do quarto me coloquei em sua frente.
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Destemida
RomanceUm Dominador por natureza se vê preso por uma jovem e fragil gorota. No mais puro sentido da palavra.