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- Você é doido Pedro, seu pai pode pegar a gente junto.
- Eu sei, mas olha ele nunca vem no meu quarto, então tá tudo bem.
- Você gosta de correr perigo viu. - Ele me abraça.
- Você sabe que sim. - Tava tudo tão bom, apenas eu e o Jão deitados e abraçados na minha cama.
Até que eu escuto meu pai batendo na porta do meu quarto, só pode tar de brincadeira com a minha cara, não é possível.
- Pedro, posso entrar?
- Pera aí. - Eu e o Jão nos levantamos da cama.
- Sem armário. - Ele sussurra no meu ouvido.
- Fica quieto aí. - Empurro ele até o banheiro e fecho a porta.
- Posso entrar? - Abro a porta para ele.
- Fala.
- Preciso da sua ajuda para uma coisa.
Minha ajuda? Ele tá me pedindo ajuda? O senhor Gustavo tá pedindo ajuda? Eu devo estar sonhando.
- Oi? - Ele se senta na minha cama. - Você quer a minha ajuda?
- Sim... sua ajuda para conquistar sua mãe.
- Conquistar a mamãe? Ela já ama você pai, para que conquistar ela de volta?
- Por que ela não me ama da mesma forma que ela me amava antes. - Me sento ao seu lado.
- E nem você... - Sussurrei, mas tinha quase certeza que ele ouviu.
- Não precisa jogar na minha cara que eu sou um péssimo marido e... e um péssimo pai.
- Eu nunca disse que você era um péssimo pai... não que isso não seja verdade.
- Olha aqui Pedro, eu quero resolver as coisas e preciso da sua ajuda, vai ajudar ou não?
- Tá eu ajudo.
- Por onde eu começo.
- Pelo começo. - Gustavo me olha bravo. - Olha tentar ser mas romântico... compra flores para ela, faz um jantar para ela e compra algo que a mamãe goste muito.
- E isso vai salvar o meu casamento?
- Não sei, mas a gente não vai descobrir se não tentar.
- Obrigado Pedro.
- De nada pai. - Ele sai do meu quarto e eu fecho a porta.
- Esse seria um bom momento. - Jão sai do banheiro.
