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Os pais do Pedro tinham saído, o que significava que eu estava de novo na casa dele.
A gente assistiu um filme, e o Pedro acabou dormindo.
Não consegui dormir então fiquei sentado pensando sobre algumas coisas.
- Aconteceu alguma coisa? - Olho para o lado e vejo que Pedro já tinha acordado.
- Domingo eu já vou embora. - Ele se aproxima de mim. - Essas férias bem que podiam durar para sempre.
- Concordo.
- Vou sentir a sua falta. - Abraço ele.
- Eu também.
- Você promete não esquecer de mim?
- Jão eu nunca vou esquecer de você.
- Te amo.
- Eu também te amo muito. - A gente se separa do abraço.
- Melhor eu ir, ainda tenho que terminar de arrumar minhas coisas, se eu não fizer isso hoje dona Catarina me mata.
- Espera aí. - Ele levanto e vai até o quarda-roupa. - Toma. - Ele me entrega o moletom da Nike. - Fica com o meu moletom para você lembrar de mim.
- Eu ia até te dar a minha blusa do taz mas alguém aqui já pegou para ele a muito tempo.
- O que? Ela ficou incrível em mim e eu peguei emprestado. Mais se você quiser eu devolvo.
- Fica com você, para toda vez que você vestir ela lembrar que roubou de mim.
- Eu já disse que eu não roubei de você, peguei emprestado. São coisas totalmente diferentes. - Nós rimos.
[...]
- Já terminou de arrumar suas coisas? - Minha mãe pergunta.
- Sim. - Falo um pouco desanimado e me sento na cama.
- Jão você tá bem filho? - Ela se senta do meu lado.
- Não.
- Vai sentir falta do Pedro né? - Discordo com a cabeça. - Nem venha me enrolar. Eu vi todas as vezes que você saiu de madrugada para ver o Pedro. E a mãe dele me contou de vocês.
