CAPÍTULO 12 - CALLUM

41 15 12
                                    


A banda havia sido convidada a participar de uma entrevista na rádio da universidade. Seria a primeira entrevista deles. Callum estava ansioso com tanta coisa acontecendo em sua vida. A banda estava ganhando reconhecimento e agora eles tinham a oportunidade de compartilhar um pouco mais sobre sua jornada na rádio local.

Hunter não parava bater nas coisas em ritmo de música; Dylan mexia a perna enlouquecidamente; Zack estava mais na dele, mas continuava olhando o maldito celular; Shay conversava com o pessoal que passava no corredor — ela era muito simpática e extrovertida e Callum ficava rodando um único cigarro apagado entre seus dedos, esperando serem chamados.

Eles estavam em uma sala pequena do lado de fora da cabine da rádio. Pessoas passavam no corredor olhando para dentro, curiosos. Alguns até reconheciam a banda, comentavam sobre o show e um possível contrato que eles teriam.

Zack ligou para Vanessa na segunda, como havia sido combinado. As orientações dela eram claras: se divulgar mais antes de sua visita a Rhode Island na próxima semana. Ou seja, aceitar todo tipo de entrevista e evento que impulsionasse o crescimento da banda. E o caminho já estava sendo feito: eles receberam o convite da rádio duas noites atrás. Iriam responder algumas perguntas sobre a banda e perguntas pessoais sobre os membros.

— Vocês podem entrar. — Uma voz masculina tirou a atenção de Callum de seus pensamentos.

Todos se levantaram rapidamente de forma sincronizada, animados e ansiosos para o que estava por vir.

— Boa sorte, galera. Estarei escutando! — Tracy apareceu rapidamente com um sorriso encantador antes de se afastar novamente.

Dentro da cabine, a atmosfera mudou instantaneamente. A luz suave e os equipamentos de transmissão criavam uma sensação de intimidade e importância ao mesmo tempo. A banda se acomodou nos assentos, microfones à frente, preparando-se para dar voz às suas experiências e músicas.

O entrevistador era um menino novo que estudava no campus; ele tinha cabelos escuros jogados pelo rosto e unhas pintadas de preto.

— Olá, galera! Eu sou Max, e estamos aqui no Campus Sonoro com a incrível banda High Voltage. Como vocês estão se sentindo hoje?

Callum, ainda rodando o cigarro apagado entre os dedos, sorriu nervosamente, sentindo a adrenalina da situação.

— Estamos empolgados, cara. É uma grande oportunidade para compartilharmos nossa jornada e nossas músicas com todos — respondeu Zack com um sorriso enorme no rosto.

— Ótimo tê-los! Vamos começar conhecendo um pouco mais sobre cada um de vocês. Zack, como é ser o líder da banda? Como isso impacta sua vida pessoal?

— Nós não temos exatamente um líder, todos nós compartilhamos as responsabilidades, e isso nos mantém unidos como uma família. Na vida pessoal... — continuou Zack. — Bem, acho que todos sabem que ser músico tem seus desafios, mas com o apoio dos caras e de nossos amigos e familiares, conseguimos superar tudo.

Callum estava se acalmando aos poucos, conseguia ver que os amigos estavam conseguindo lidar com tudo aquilo, e que ele tinha que se recompor. Após uma respiração profunda, guardou o cigarro em seu bolso e abriu um sorriso.

Max, um jovem com uma aura de autenticidade e rebeldia, continuou a conversa com um tom descontraído.

— Entendi, Zack. Parece que a dinâmica de vocês é realmente única. E, Callum, como vocês lidam com a pressão e as expectativas?

Callum, agora mais relaxado, olhou para Zack antes de responder com sinceridade:

— Compartilhamos as responsabilidades, como o Zack mencionou, mas claro, sempre há alguma pressão. Acho que é parte do jogo. No final do dia, confiamos uns nos outros, e isso faz toda a diferença. Na vida pessoal, aprendi a equilibrar as demandas da música com momentos de tranquilidade. Temos nossos altos e baixos, mas essa conexão que temos como banda e amigos, acima de tudo, nos ajuda a superar os desafios.

STELLAOnde histórias criam vida. Descubra agora