EMMA JOHNSON [ SÉRIE MAFIOSOS ]

Capitulo 5

EMMA JOHNSON

Sai caminhando pelas ruas sem rumo, com meu coração um zilhão de vezes mais dilacerado. O choro preso na minha garganta estava me sufocando a ponto de sentir falta de ar, minha cabeça doía e a tontura veio forte de novo, que me fez segurar em uma árvore que estava na minha frente.

Ouvi gritos, vozes altas e barulho de portas de carro batendo muito forte, e eu sabia que ele cumpriria a promessa de vir atrás de mim e assim estava acontecendo. Olhei para os lados ainda zonza, não adiantava eu sair correndo então uma ideia louca passou pela minha cabeça.

Subi rapidamente na enorme árvore, me escondendo entre os galhos grossos enquanto eu observava o carro sair da garagem da casa dele a toda velocidade, cantando pneus. Revirei os olhos com força, por que era ridículo Ethan querer exigir algo de mim.

Ethan Mitchell era um filho da puta desgraçado, ele não tinha esse direito de fazer isso comigo, ele não precisava se prestar a esse papel e me fazer sofrer, chorar em cima de uma caixão vazio feito uma otária.

Óbvio que eu estava feliz em vê-lo ali, forte e saudável bem na minha frente, a minha vontade era pular em seu colo e agradar a Deus que ele estava vivo, mas foi maldade e crueldade me fazer sofrer por uma morte falsa.

O prêmio de palhaça do ano vai paga Emma Johnson! Palmas para mim!

O vento gelado que estava passando pelo meu corpo anunciava que uma chuva forte estava a caminho mas eu não ligava, passaria a noite caminhado no sozinha no meio da chuva se fosse preciso mas para aquela casa eu não volto mais!

Poxa! Custava dividir esse plano absurdo pelo menos comigo? Eu que ele havia escolhido para casar e construir uma vida, que eu havia aceitado essa merda louca de máfia e a parafernália toda? Mas não, ele preferiu me esconder e deixar meu coração ser destruído com a ideia de nunca mais vê-lo na vida.

Os pingos grossos de água gelada começaram a cair e o frio estava me atingindo com força, e me amaldiçoei por não ter pego pelo menos um casaco mas foda-se! Eu já aguentei coisa muito pior, passar uma noite na rua para que eu possa pensar pensar.

Meu celular vibrava a todo momento em meu bolso de trás da calça e eu nem precisava olhar para saber que ele estava feito louco atrás de mim. Eu precisava pensar no que eu iria fazer.

Fugir não era uma opção, por que jamais irei dar esse gosto a ele, terei que aprender a conviver na mesma cidade que o senhor todo poderoso venha nos a vosso reino, mas também ele terá que conviver que não ficaremos mais juntos!

Minha cabeça estava doendo, calafrios percorriam pelo meu corpo e eu sabia que minha imunidade estava lá no chão com toda essa confusão não me alimentei direito. Tomara mesmo que eu caia doente e que dessa vez que possa ir paga debaixo da terra seria eu! Deus me ouça por favor!

Peguei meu celular e liguei para uma das únicas pessoas que eu sabia que eu poderia confiar.

— Preciso da sua ajuda — Falei assim que ela atendeu no segundo toque.

— Me diga onde você está que irei te buscar — Disse com prontidão.

— Mandarei a localização, por favor venha rápido, eu não estou bem...— Falei com a voz fraca.

Depois de alguns minutos eu continuava em cima da árvore e o tonto nem imaginou que continuo na frente da sua casa em cima da árvore, e era assim que tinha que ser! Minha cabeça estava estourando, minha pele estava quente demais e eu sabia que eu estava mais ou menos com quarenta graus de febre e essa sensação estava acabando comigo.

Senti um carro se aproximar bem devagar e eu sabia que era Isabelle, mas antes  eu precisava confirmar. De relance assim que eu vi um carro grande preto parar rente a calçada, o vidro do carona baixou devagar.