Eu sempre amei você | Imagine Megumi Fushiguro |

capítulo 14 - Eu sempre amei você

Depois do ocorrido, eu dormi por um mês inteiro, recebendo soro para não desidratar e com todos preocupados sobre se eu irei acordar ou não.

Eu sabia o que estava acontecendo comigo, não via quem estava comigo, mas dava para sentir, meu cérebro ficou em total silêncio, só estava eu e mais uma pessoa.

Cestine.

Ela regava um canteiro rendondo de planas no meio do nada, em paz, eu tentei falar algo mais não conseguia, tudo que conseguia fazer é observá-la, como se eu estivesse na minha expansão de domínio.

Eu conseguia contar tudo, ela falava com sua irmã, ou ao menos tentava, chorava quando sentia que já escureceu mesmo tudo isso sendo apenas um nada, lamentava por ser assim, como se ela fosse o defeito da causa de tudo.

Mas vejo que tudo acabou para mim, minha vingança, eu até esqueci boa parte do que aconteceu de ruim, foquei só no amor que tenho por Megumi.

E todas as vezes que pensava no moreno ela parava de chorar e olhava para mim, sem saber o que entender.

Foi um mês para que eu entenda tudo isso, a verdade é que Celestia morreu, desde que o clã Gojo se despedaçou, e Cestine continua viva dentro de mim, ela sabe que sua irmã se foi e que está presa.

Minha expansão de domínio não é apenas poder, e sim sentimentos, aqueles que são capazes de curar as pessoas, fisicamente e psicologicamente, e essas feridas vão se acumulando somente para uma pessoa que quer cuidar de todos e não consegue se cuidar e manter feliz.

Cestine: estão te chamando.

Sua voz poderosa ecoou me deixando em choque, é a primeira vez que ela fala comigo.

S/n: quem?

Cestine: aquele que a ama.

Megumi me veio a cabeça.

S/n: como você...

Cestine: você tem que acordar, se não partirá para sempre. - ela vem até mim.

S/n: você... não está cansada? - essa pergunta a pegou de surpresa. - por que não vá embora?

Cestine: não posso te deixar aqui.

S/n: eu não preciso da expansão de domínio, eu repensei bastante nisso, eu quero ajudar as pessoas e não matar elas. - pego em suas mãos. - você já sofreu demais.

Cestine: você não entenderia. - ela suspirou. - se eu ir embora, não poderei ver meu povo através dos seus olhos.

S/n: não... - tento tranquilizar ela. - você vai conseguir ver seu povo sim, você precisa se acertar com sua irmã, não comigo... eu não preciso desse poder todo. - ela começou a chorar. - olha eu amo o Megumi, e eu quero ser um pouco humana ao lado dele... só uma vez...

Cestine balançou a cabeça sorrindo.

Cestine: você o ama mesmo... - uma luz saí de sua mão, ela coloca em minha testa. - vou deixar uma parte de mim em você, como agradecimento.

Acordo sentindo o cheiro do hospital e o teto muito claro, está de dia, tem um peso ao lado da cama, tento olhar para ver o miliante e nesse momento, Megumi está dormindo com a cabeça apoiada na cama.

Está amanhecendo então, e ele passou a noite comigo.

S/n: Megumi...? - minha voz saiu um pouco falha, ele levantou apressadamente e seus olhos se encheram de lágrimas.

Megumi: você acordou... - ele começa a chorar, logo ele se apressa para chamar algum médico ou enfermeiro, estava ansioso e preocupado.

Quebra de tempo.