A chuva lá fora ficava mais forte a cada minuto que passava, a tempestade quase consumindo o Peregrino da Alvorada. Você quase podia sentir todo o peso do barco se movendo com você enquanto se levantava e empurrava violentamente os lençóis para trás de onde estava anteriormente.
Cada passo que você dava em sua pequena cama parecia pesar sobre você, como se suas meias estivessem inundadas pela chuva lá fora. Você só precisava de uma lufada de ar fresco, longe dos ruídos violentos.
Ao fechar a porta de sua cabine e entrar no corredor sem janelas que separava os quartos, você sentiu uma onda de alívio tomar conta de você. Sem olhar novamente para o corredor escuro abaixo do convés, você deixa suas pálpebras se fecharem e seu corpo afundar no chão.
"Tudo certo?"
Imediatamente, seus olhos se abriram e seu olhar se voltou para o rosto gentil de Edmund Pevensie. "Ah, ah, desculpe."
"Desculpe por...?" Edmund perguntou suavemente.
"Incomodando-te?" Você ofereceu, um pouco timidamente.
"Não, não, eu só estava, uh-" Ele fez uma pausa: "Na verdade, não sei bem."
Vocês dois permaneceram em silêncio por um momento, você olhando para ele do chão. O estrondo de um trovão quebrou o silêncio, seu impacto atingindo o barco como uma torrente de água. Você pulou involuntariamente.
Edmund lançou-lhe um olhar de preocupação enquanto dava um passo em sua direção.
"Se você quiser, podemos ir para minha cabana", sugeriu Edmund, quase em um sussurro enquanto se ajoelhava um pouco. "Só para você, caramba:"
Ele parou no meio da frase, parecendo estranhamente confuso. "Só agora estou percebendo como isso soa."
Você riu baixinho em resposta, embora seu sorriso tenha desaparecido instantaneamente quando outra onda de trovão atingiu você com estrondo. Você ergueu ligeiramente as sobrancelhas.
"Uh, poderíamos, na verdade? Ir para sua cabana? Eu não, uh... realmente quero dormir na minha própria cama esta noite."
Edmund assentiu sem hesitar, ajoelhando-se um pouco mais para que você pudesse segurar sua mão.
"Claro, não, bem, você sabe. Não vou passar a noite..." Você gaguejou, parando ao se levantar. Você podia sentir o calor subir às suas bochechas enquanto se levantava para encontrar Edmund na altura dos olhos. Você abriu a boca para falar novamente, o calor da mão de Edmund na sua.
"Eu acabei de-"
"Está tudo bem." Edmund disse com um pequeno e tranquilizador sorriso. "Vir."
A cabine dele ficava a apenas algumas portas da sua e, quando ele a abriu, você imediatamente se sentiu seguro.
Não havia nada de diferente neste quarto em comparação com o seu quarto surrado abaixo do convés, mas algo nele fazia você se sentir como se tivesse sentido saudades dele durante toda a vida. Talvez fosse porque pertencia a Edmund, embora, como você mal conhecia o homem, duvidasse que fosse esse o caso.
"Obrigado." Você disse suavemente enquanto ele fechava a porta atrás de si. Você ficou sem jeito por um momento, de repente percebendo como sua camisola era frágil contra sua pele nua.
"Então, uh-"
"Oh, me perdoe! Por favor, sente-se." Edmund disse apressadamente, guiando você até a pequena cama no quarto escuro. "Fique o mais confortável possível, ok? Posso pegar um pouco de água para você se-"
"Isso não será necessário Edmund, estou bem." Você respondeu, quase defensivamente - embora não quisesse que soasse assim. Mesmo no escuro, você poderia dizer que Edmund estava erguendo uma sobrancelha cética.
Ele sentou-se ao seu lado hesitantemente, permanecendo em silêncio por um momento enquanto a chuva continuava a bater contra o vidro da pequena janela.
“Sempre tive medo de tempestades.” Você murmurou, mais para si mesmo do que para Edmund. O olhar deste último voltou para você, seus olhos questionando você para elaborar.
"Bem, eu sempre odiei a violência na chuva. É como uma guerra contínua, cada gota... correndo por segurança."
Edmund assentiu, sem quebrar o contato visual.
"E é, quero dizer," você continuou, recostando-se um pouco na cama minúscula, "Não... agradável."
Para sua surpresa, Edmund deu uma risadinha. "Bem, se fosse, como você diz, agradável, não acho que você estaria sentado na minha cama agora."
Você gemeu com falsa irritação, um pequeno sorriso se formando em suas feições. "Pelo menos alguma coisa saiu desta tempestade."
"Oh?" Edmund disse com grande diversão, levantando-se agora. "E o que exatamente?"
"Bem, para começar" você murmurou, levantando-se da cama com uma lentidão deliberada, "posso confirmar uma coisa." Edmundo ergueu uma sobrancelha. "O que você gostaria-"
E então você estava se beijando. E, de repente, a chuva parou. Tudo o que importava era Edmund.
Agradeça a Aslan pela tempestade.
CRÉDITOS: @healingcordial via Tumblr.
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𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀𝙎 - 𝘌𝘋𝘔𝘜𝘕𝘋𝘖 𝘗𝘌𝘝𝘌𝘕𝘚𝘐𝘌
FanfictionOnde eu traduzo do Tumblr (ou faço de minha autoria) imagines do Edmundo Pevensie.