𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀𝙎 - 𝘌𝘋𝘔𝘜𝘕𝘋𝘖 𝘗𝘌𝘝𝘌𝘕𝘚𝘐𝘌

YE OF LITTLE FAITH

“Não tem como ele ter namorada”, Eustace diz a Lucy, invadindo a sala. Ela imediatamente sabe de quem ele está falando, consegue ouvir Edmund ao telefone lá embaixo, a voz mais suave do que normalmente é, assumindo o tom que ele automaticamente escolhe quando fala com S/N.

"Por que?" Lucy pergunta, entretendo sem entusiasmo seu primo chato enquanto folheia as páginas de seu livro. Infelizmente para ela, Eustace Scrubb se ilumina com a atenção, endireitando-se e iniciando um discurso bastante bem pensado.

"Em primeiro lugar, estamos falando de Edmund. Ele é estranho, muito hostil e mal-humorado. Sem mencionar que ele não tem estatura mediana, e seu cabelo? Absolutamente ridículo."

"S/N gosta," Lucy diz suavemente, ganhando uma zombaria de Eustace.

"S/N." ele diz com desdém incrédulo: "Como se ela realmente existisse. Você espera que eu acredite que uma mulher tão bonita e inteligente como você afirma que ela está realmente interessada em Edmund? E tão interessada que ela liga e escreve para ele várias vezes por semana? Sim, certo. Aposto que Ed contratou uma acompanhante para ajudá-lo a esquecer o quão solitário ele realmente se sente. Ou ele está pagando alguma pobre garota para fazer o papel de uma parceira atenciosa. Eustace teve muitas dessas teorias, as mais criativas tratando da chantagem e da manutenção de familiares como reféns, mas até agora, os pagamentos monetários parecem ser os mais prováveis.

"Claro, Eustace", Lucy murmura, tendo saído da conversa há algum tempo. Ele balança a cabeça diante do desinteresse dela, convencido de que está certo, e sai da sala.

"Claro, Eustace", Lucy murmura, tendo saído da conversa há algum tempo. Ele balança a cabeça diante do desinteresse dela, convencido de que está certo, e sai da sala, murmurando para si mesmo, incrédulo.

Poucos dias depois, uma pintura jorra água e os engole inteiros, então o pobre Eustáquio, embora tenha insultado seus primos com seu ceticismo sobre a terra mágica de Nárnia e os chamado de tolos por acreditarem no mesmo, é forçado a confrontar que ele era errado.

Eustace está encharcado e infeliz, ainda com um leve toque de pânico. Ele não consegue acreditar no que vê, convencido de que teve alucinações nos últimos quinze minutos. Sentado no navio, o Peregrino da Alvorada, ele observa seus primos serem reconhecidos como Rei e Rainha. Ele está relacionado à realeza.

Com uma risada bem-humorada, ele percebe que isso é mais verossímil do que Edmund Pevensie ter namorada.

Inferno, até o rato falante ao lado dele é mais verossímil.

Ele vai dar a mesma voz, mas é distraído por um grito de alegria que desce do céu, seguido por um mergulho no oceano. Eustace está muito ocupado tentando vislumbrar a figura debaixo d'água para notar os olhares esperançosos que Edmund e Lucy trocam, o leve tremor nas mãos de Edmund enquanto ele pega um telescópio de um membro da tripulação que passa, obtendo uma visão mais clara.

"É ela!" Ed chora, mal impedido de pular no mar por Caspian, que ri com ternura do Rei Justo. Eustace tenta ouvir o que o príncipe diz a Edmund, mas todo o barulho se transforma em mingau no segundo em que ele vê a jovem surgir, com um sorriso brilhante no rosto.

À primeira vista, ele pensa que é uma sirene. Ele ouviu histórias sobre sua beleza encantadora e formas etéreas, e Eustace realmente acredita que essa mulher é linda demais para ser humana como ele. Porém, conforme ela nada mais perto, porém, e a tripulação do navio ajuda a puxá-la para dentro do navio, Eustace percebe a falta de cauda. E embora seu cabelo esteja encharcado e espalhado em seu rosto, e suas roupas sejam sugadas em sua pele, nada disso tira seu brilho.

Também não o distrai do fato de que ela está caminhando em sua direção.

A boca de Eustace fica completamente seca, e ele engole em seco, nervoso, com medo de que ela fale com ele e com medo de que ela não fale, quando de repente, Edmund passa por ele e vai em direção à mulher. Ele a agarra em um abraço apaixonado, as mãos prendendo-a a ele enquanto ele a gira em puro deleite.

Quando eles se beijam, castos, mas inebriantes, Eustace decide que nunca soube nada sobre nada.

Ele está vasculhando o céu em busca de porcos voadores quando ouve a voz satisfeita de Edmund atrás dele: "E esta, minha namorada de verdade, S/N, seria meu primo, Eustace Scrubb."

"Como vai?" Eustace diz fracamente, estendendo a mão, tentando ao máximo não desmaiar quando você a pega.

"Muito bem. Se ao menos Edmund - o que foi mesmo? - parasse de manter minha família como refém, acho que seria ótimo", você zomba amigavelmente, jogando de volta uma das primeiras teorias de Eustace em seu rosto agora escarlate.

"Não, querido, você entendeu errado, atualmente tenho seus cães sequestrados e prontos para serem enviados para o canil, lembra?" Edmund se junta à diversão, seu sorriso se alarga enquanto ele ganha algumas risadas de você e um rubor mais escuro nas bochechas de Eustace.

Eustace Scrubb, embora relutante, é forçado a admitir, depois de observar vocês dois interagindo, gravitando um em direção ao outro naturalmente, à vontade com o amor que os cerca, os olhos de seu primo mais brilhantes do que ele jamais os viu, que é muito verossímil para Afinal, Edmund Pevensie estará namorando S/N L/N.

CRÉDITOS: @pariahsparadise via Tumblr.