Capítulo 16 - Melhor jogador do ano.

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— Jungkook?

Jiyeon perguntou assim que abriu a porta e encontrou o jogador de futebol desesperado. Ravier levantou da cama em seguida e se aproximou preocupado.

— Senhora Kim, o Taehyung acabou de sair — Jungkook explicou angustiado. Estava com uma sensação horrível desde o momento que ele saiu do quarto — eu tentei impedir, mas ele é teimoso.

— Pablo — Ravier jogou no ar e rapidamente procurou alguma peça de roupa — ele foi atrás de Pablo.

[...]

— Diga adeus a esse mundo, Taehyung — sussurrou só para o jogador ouvir.

Taehyung não sabe de onde tirou forças para agir naquele momento, mas conseguiu segurar uma garrafa de vodka e quebrar na cabeça do homem. Pablo gritou de dor, caiu para o lado e com as mãos pressionou o local acertado.

O jogador ainda segurava o gargalo da garrafa quebrada na mão, encarou o objeto nas mãos trêmulas e ergueu o olhar até o homem caído no chão. Aproveitou a brecha e subiu em cima do corpo dele o imobilizando. Com uma das mãos segurou ele pela garganta e preparou a outra para machucá-lo com a garrafa de vidro quebrada. Queria vê-lo morto.

Antes que conseguisse fazer o que pretendia, paralisou no lugar ao ouvir a porta abrir em um estrondo, não teve tempo de olhar para trás e ver quem era, pois seu corpo foi abraçado por trás e puxado com força para que se afastasse de Pablo. Taehyung estava cego, dominado pela raiva naquele momento, e estava pronto para matar qualquer um que entrasse em seu caminho, porque naquela noite um dos dois sairia morto, ele ou a pessoa que chamou de pai por 28 anos.

— Não faça isso, por favor.

Taehyung arregalou os olhos quando ouviu aquela voz doce sussurrando em seu ouvido. Jungkook abraçou o amado com toda a força que possuía em seu corpo, estava com medo dele relutar para se soltar.

— Shh, vai ficar tudo bem... — Jungkook sussurrou no ouvido dele, ele tremia em seus braços, nunca havia visto ele daquela maneira — segura a minha mão.

As lágrimas escorreram incontrolavelmente pelos olhos de Taehyung, a sensação que estava tendo é que o tempo havia paralisado e só havia ele e Jungkook naquele local. Abaixou o olhar para suas mãos trêmulas e soltou o que sobrou da garrafa.

— Não me solte, por favor... — Taehyung pediu em pânico.

— Eu nunca vou te soltar.

Jungkook agradeceu por Taehyung estar de costas para si, pois estava em prantos, assustado demais com o que estava acontecendo. Quando saiu do transe, Jungkook notou que Jiyeon estava ajoelhada ao lado, as lágrimas desciam incontroláveis de seu rosto, enquanto checava cada canto do corpo do filho.

Poucos metros de distância, Ravier puxou Pablo pelo colarinho o obrigando a se levantar com dificuldade pelos recém machucados. Se encararam cara a cara.

Taehyung estava transtornado demais para assimilar qualquer coisa que acontecesse ao seu redor, estava em transe, sua única atenção estava no calor que as mãos de Jungkook transmitia para o seu.

— Preste atenção no que eu vou dizer — Ravier falou apertando o colarinho de Pablo — eu só não vou te matar agora, porque não posso perder tempo indo pra cadeia, preciso recuperar o tempo que perdi com o meu filho por sua culpa. Mas se você ousar se aproximar do meu filho ou da minha mulher, eu te mato.

Ravier jogou o corpo do homem no chão, que caiu com facilidade por estar sem forças nas pernas, e chutou as costas dele. Pablo se contorceu no chão pela dor que sentiu do chute e tentou buscar fôlego para dizer algo, mas foi impossível.

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