|| Plágio é crime, não aceito adaptações ou traduções ||
Dan decide ir embora depois de ter seus sentimentos feridos quando deu aquele chaveiro para Jaekyung. Três semanas depois, ele ainda tenta seguir em frente, mas é abalado com a notícia de que...
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Dan mais uma vez se inclinava no balcão encarando a loja de conveniência acomodada no silêncio. Noites como aquela costumavam ser parecidas com aquela que iniciou tudo, quando recebeu a ligação do hospital. Os olhos castanhos foram em direção do celular, as pesquisas sobre Jaekyung apenas evidenciando que a história se espalhava, aumentando o interesse da opinião pública. As pessoas eram curiosas, ainda mais com a história foi vendida como a inspiradora história de um lutador se recuperando de um acidente que poderia ter arrancado seu último sopro de vida. Dan timidamente olhava os artigos, os comentários.
De fato, nada era forte o bastante para matar Jaekyung. Então, as notificações de mensagens vinham, com Yoongu se desculpando por ter aberto a boca sobre onde o lutador poderia o encontrar. Não fazia sentido ficar bravo, Yoongu era jovem e não sabia lidar com o quão intimidador Jaekyung poderia ser quando queria saber de alguma coisa.
— Kim, pode fazer a limpeza do corredor e levar o lixo para fora? — Um dos colegas terminava de limpar o balcão, o silêncio novamente era interrompido pelo som do ventilador velho. Dan guardou o celular no bolso, assentindo positivamente.
— Claro, sem problemas. — Tentava ainda manter um bom humor apesar da noite fria se tornar igual a tantas outras. Por vezes se lembrava os dias cansativos trabalhando sem parar e as visitas para a avó, quando afirmava em pensamento que tudo era por um bom motivo. Conseguiria uma pequena casa onde ela poderia passar o restante do tratamento, já que a estadia da internação era muito mais cara do que costumava ser inicialmente. Deu a volta no balcão, e enquanto ia à sala pegar os equipamentos de limpeza, cogitava que talvez fosse uma boa ideia apenas se acostumar com a ideia de que um apartamento pequeno era uma opção viável.
Mas não parecia confortável, e se não tivesse um elevador? Não podia fazer a avó descer e subir escadas todo o tempo.
Empurrando o carrinho de limpeza, Dan silenciosamente entrou no corredor de refeições congeladas. Era bem mais frio ali, mas ignorou ao passar o produto no piso e deslizar o esfregão. Em mente, se passava todo o cronograma, teria de acordar mais cedo para ir trabalhar no posto de gasolina, fora que era vívida a possibilidade de voltar a fazer entregas de noite. O problema era a bicicleta quebrada, e o conserto seria um dinheiro que não poderia gastar.
Os dedos subiram até a garganta, odiando saber que andava tossindo nos últimos dias. "Não posso ficar doente" repetia para si mesmo, gastar dinheiro com medicamentos estava fora de questão, toda quantia era importante. Suspirou, tendo de segurar firmemente no esfregão. E se adoecesse? Detestava admitir, mas o apartamento compartilhado não era bom para isso, tudo era pequeno e sufocante. Talvez pudesse dormir com a janela aberta para o ar entrar, quem sabe? Ar fresco poderia ajudar.
Voltou a esfregar o chão, pensando na proposta de emprego. Não estaria voltando para o Team Black, mesmo que não tivesse discutido com Namwook quando se viram da última vez, não era mais possível ignorar que sempre se sentiu inferiorizado, por todo mundo. Poderia os cumprimentar todos os dias, ser chamado de "Doc Dan!", mas e o resto? Sempre que se reuniam ou andavam juntos, era Dan que estava atrás, afastado deles. A dor se tornava recorrente quando recordava a inveja quando os observava. Pareciam uma família unida, e ele se sentia alguém de fora.
