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Jaekyung ajeitou a mochila pendurada a um dos ombros, o olhar irritado sobre a aglomeração da mídia no aeroporto de Seoul

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Jaekyung ajeitou a mochila pendurada a um dos ombros, o olhar irritado sobre a aglomeração da mídia no aeroporto de Seoul. Moveu o maxilar, os dedos passando pelo rosto. A dor não era forte, mas ainda presente. As íris escuras voltaram para o celular, odiando que o avião tivesse atrasado. Após longas horas, o lutador mantinha o olhar impaciente passando pela mídia. Depois de um ano, era a primeira luta fora da Coréia. Embora a volta para o esporte fosse celebrada com artigos e reportagens, o lado ruim também estivera presente. A curiosidade era grande quando muitos queriam entender como foi a recuperação do acidente.

Ainda assim, era incômodo que a mídia quisesse saber sobre como havia sido o ano que poderia muito bem ter sido uma fatalidade para o esporte. Existiu o risco de nunca voltar ao normal, e mesmo depois de um ano, Namwook insistia nas consultas e exames por precaução. O que ainda era um problema era que o lutador voltou ao normal. Jaekyung ainda era um lutador intimidador, sedento por vitórias, e o temperamento explosivo voltava a cada nova luta. O treinador, ao entrar no veículo, analisou o horário vendo que, com sorte, chegaria em casa para o jantar.

— Não pode esquecer que o seu agente ligou mais cedo, temos que nos reunir para decidir o que é melhor agora. Não pode continuar recusando as campanhas, ser modelo não é algo que você goste, mas ajudaria. — O treinador tentou, uma vez que a equipe andava mais tensa do que nunca quando comentava sobre alguma marca querendo o rosto de Joo Jaekyung nas campanhas. — Não está tão tarde, podemos marcar uma reunião e...

— Não. — Foi só o que o lutador dissera, encarando a tela do celular.

"Esse moleque" Namwook pensou, embora soubesse que aquele mau humor não era apenas sobre a mídia não esquecendo sobre a amnésia e fazendo disso um dos assuntos mais comentados do ano. O estressante era saber que o mau humor piorou desde que as íris escuras encaravam friamente o painel avisando o atraso do voo. E as longas horas se tornaram um silêncio pesado, com o lutador se recusando até mesmo a assistir um filme ou dormir. Os dedos passavam na tela, o cenho franzido seriamente encarando o horário. Namwook cruzou os braços, olhando pela janela o trânsito movimentado. Riu e espiou brevemente o celular de Jaekyung. Seria fácil admitir que o moreno ainda era aquele moleque explosivo, rude e impaciente. Porém, o treinador sabia que não era mais a mesma coisa.

Antes, a viagem seria imersa na determinação de Jaekyung em treinar sem descanso. E quando chegaram aos Estados Unidos, o treinador encarava intrigado quando Jaekyung parou a frente de uma vitrine, e aquele ríspido "Vai na frente, preciso ver uma coisa". E Namwook viu como entrou naquela loja, o olhar sério sobre o mostruário, coçando a nuca, então olhando o catálogo de novo até que achasse o que queria. Não era algo que ele usaria, e mesmo agora, o treinador encarou a sacola pequena e branca ao lado. Jaekyung não queria uma reunião e não era preciso ser um gênio para saber do motivo.

Namwook riu mais uma vez, voltando a olhar o trânsito movimentado.

— Se vai ficar estressado assim, deveria o levar junto.

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