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Dan decide ir embora depois de ter seus sentimentos feridos quando deu aquele chaveiro para Jaekyung. Três semanas depois, ele ainda tenta seguir em frente, mas é abalado com a notícia de que...
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Não se tratava tanto de quanto tempo se passava, Dan era constantemente abalado pela calmaria do campo e do sabor do café quente, mesmo em dias onde passavam mais tempo deitados. Sabia que era o mesmo que se apegar uma mera ilusão. Jaekyung aos poucos melhorava, e os dias eram repletos de calma. Sentia-se tolo por se apegar a ele, que não agiria assim se fosse o antigo Joo Jaekyung. Por enquanto, dormia com a cabeça recostada em seu abdômen, escutando os batimentos do coração e o movimentar do abdômen junto da respiração calma. Os dedos de Jaekyung passeando pelos cabelos, intensificando ainda mais o sono. As manhãs vinham com o sabor e o aroma do café e conversas nas caminhadas habituais.
Na maior parte do tempo, se acomodavam na sala, com as pernas de Dan no colo do moreno. Cada vez mais, mergulhava naquele mar de tranquilidade, embora algumas coisas sempre acabassem interrompendo a calmaria do verão que parecia curto demais.
Dan olhava com carinho a imagem de Jaekyung vasculhando a caixa. A ideia principal era que ali estivessem itens importantes sobre a vida dele. O lutador vasculhava tudo aquilo, curioso, mas ainda confuso em tentar conectar tudo o que sabia. E sem dúvidas era notável o empenho do fisioterapeuta em reunir as revistas em que Jaekyung posou como modelo, sempre com a postura confiante e sem nenhum constrangimento se tivesse de expor o corpo, mostrando para todos o orgulho que tinha de cada músculo. Agora aquilo eram só fotos e mais fotos. Afinal, Jaekyung ainda encontrava problemas a reconhecer a própria imagem.
E assim como em outras tardes, ele olhava a caixa como um enigma. Deixando de lado as revistas, as mãos passavam item por item. Dan recolheu as pernas para perto do corpo, abraçando os joelhos, em silêncio se permitindo admirar as feições marcantes, a linha marcada do maxilar e os cabelos um pouco maiores, mechas escuras que teimosamente agora caíam na testa do moreno. Pressionou os lábios, reprimindo um pequeno sorriso.
— Nada ainda? — Dan questionou em um tom de voz suave, mordendo o lábio inferior. Não precisava de uma resposta. Jaekyung olhava tudo com certa frustração, algo que estranhamente o deixava adorável como um gato emburrado. Dan se aproximou, a mão acariciando seus cabelos, quase rindo da expressão tão irritada por não saber nada sobre nenhum os itens. — Não pressione demais. Olha, tem fotos do seu apartamento. Eu mesmo as tirei antes da viagem para cá. — A calmaria se estendia ao que Dan se inclinava, a mão pegando as fotos em um canto da caixa, os dedos tocando a borda das fotos ao mostrar algumas. O olhar se voltava ao lutador, vendo como reagiria a cada cômodo.
A sala de estar ampla, o quarto, até mesmo a área da piscina. Dan corou ao sentir a aproximação, Jaekyung inclinando o corpo para o lado diminuindo drasticamente a distância de antes, o beijo ao ombro, e os passando pelo ombro até aproximar o rosto ao pescoço. Dan sentia o arrepio com os lábios roçando contra a pele.
— Já sinto falta de você me dando banho. — Jaekyung sussurrava, o nariz passando pela pele, sentindo o perfume. Dan ainda tinha cabelos um pouco úmidos e a pele quente por ter saído do banho e isso instigava o lutador. O arrepio soando como uma pequena vitória. — Ei, hyung. Sua pele sempre se arrepia assim por minha causa?
