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Dan acreditava que seria uma péssima noite

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Dan acreditava que seria uma péssima noite. Os dedos constantemente apertavam o tecido do casaco acinzentado e velho, não esperando que receberia uma carona para casa. Desviou o olhar, encarando o prédio, poderia ter feito o trajeto andando, mas era impossível convencer Jaekyung do contrário. As íris castanhas encararam timidamente o banco da frente, o motorista não falava muito. Silenciosamente observou o interior, era um carro novo. Por um instante, pensou no acidente. A preocupação sobre a saúde do lutador era tanta que percebia somente agora que nunca questionou os detalhes do acidente.

Aquilo era uma questão a ser ponderada, era praticamente impossível que tivesse sido hospitalizado por causa de uma briga, e o acidente deveria ser grave o bastante. Dan pensou, e ainda era um mistério achar uma resposta. Jaekyung nunca dirigiu de forma rude, era responsável ao menos para isso, então como se envolveria em algo assim? Será que apagou com o impacto ou sofreu até ser atendido?

Voltou a olhar a porta do carro, mas ao sair, arqueou as sobrancelhas com o lutador o acompanhando pleno silêncio, as mãos ajeitando o boné e o casaco escuro, gesticulando para o motorista.

— Espere aqui. — Jaekyung ordenou, as íris escuras em seguida encarando o prédio onde Dan morava. Era para ser apenas uma carona, uma vez que afirmava que não o deixaria ir andando naquele horário. Silenciosamente o Kim guardava para si o pensamento de que aquilo era de certa maneira, adorável. Ele ter insistido como se tudo fosse perigoso demais. Jaekyung nunca foi gentil ou cuidadoso, talvez fosse essa sua maneira de dizer que se importava, mesmo com o Kim sabendo que ele apenas queria ver de perto o prédio.

Apesar do frio, aquele lado da cidade parecia mais escuro, a rua com a iluminação trêmula, o odor de cigarro e bebida barata. Muito diferente do que o lutador tinha todos os dias, vivendo em um prédio alto e luxuoso. Mesmo olhando a rua, mal encontraria um prédio que parecesse um menos desagradável. Todos pareciam estar caindo aos pedaços, e por cima do ombro, o lutador franziu o cenho com a quantidade de bares, as mesas quase na calçada e homens de aparência suja.

— Eu moro aqui. Você queria ver, então... É isso, pode ir embora agora. — Dan encolheu-se no casaco, o vento frio bagunçando os cabelos quando Jaekyung o olhou seriamente.

— Conhecer onde você mora inclui você me chamar para entrar. — Jaekyung cruzou os braços, mantendo o olhar sobre Dan. O moreno o analisava com muito cuidado, como se Kim Dan fosse algo que precisasse ser compreendido em um nível mais profundo, exatamente pelo fisioterapeuta não falar muito o que pensava ou sentia. Uma coisa era visível, Dan estava exausto da rotina de trabalho. Era diferente na casa de campo, quando ele acordava tão adorável e cercado da calmaria do campo.

Jaekyung gostava da visão de Dan com cabelos bagunçados, os olhos se abrindo lentamente. E aquele maldito sorriso tímido enquanto fazia o café ou explicava os exercícios que fariam. Suspirou, era difícil entender como falar sem ser afastado de novo.

— Você anda sozinho a esse horário?

— São só algumas quadras, eu te avisei, foi você que insistiu em me dar carona. — Dan encolheu os ombros. Procurou as chaves no bolso da calça, olhando o velho portão do prédio, se assustando brevemente com Jaekyung diminuindo a distância, deixando claro que não iria embora. — Você nem deveria estar aqui. Não tem algum treino ou consulta amanhã de manhã?

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