🥇1° lugar em Mistério/Suspense no Kombi Awards promovido pelo grupo Kombi.
🥉3° lugar em Mistério/Suspense no concurso "Resiliência"
#1 em literatura brasileira (02/03 - 09/03/2025)
Noah Schneider iniciou sua carreira como perito criminal.
Ao rece...
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Cristal Beach era conhecida por sua paisagem particularmente única.
Diferente da enigmática Cristal City, ela emitia uma atmosfera muito mais exótica que a capital. Era também muito mais particular. Não era qualquer pessoa que possuía o privilégio de obter uma propriedade ali, levando em consideração o pequeno número de imóveis que ganhavam vida na pequena região paradisíaca. Se não houvesse uma saída por terra, poderia facilmente ser considerada uma ilha conjunta dos afortunados.
Era possível que houvesse algum sinal de vida naquela madrugada. Contudo, Sky soube assim que recuperou sua visão que por mais que estivesse aberta a porta da escapatória, ele não conseguiria passar por ela.
A sensação de perigo logo se transformou em uma certeza absoluta da morte.
Enquanto caminhava por aquela propriedade completamente silenciosa, a única coisa que Sky conseguia visualizar era seu próprio fim. De uma maneira mórbida, a cada passo em que dava na escuridão da noite seus pensamentos pareciam criar um longa retrospectiva de si mesmo, já que imagens da própria familia eram as únicas coisas que ele conseguia ver além do pior.
Haviam passos que o seguiam se misturando junto com os seus quando passaram pela enorme casa de praia. Ele soube disso assim que ouviu o barulho do mar ainda um pouco longe. Seus pulsos ardiam pela maneira como foram amarrados ás suas costas, causando uma dor extremamente desconfortável quando tentava se livrar das amarras.
Quando contornaram o cercado da casa indo mais para os fundos ao som das águas bramindo, julgando cada detalhe que se projetava em seu campo de visão, ele percebeu que estavam em Cristal Beach. Claramente aqueles detalhes não eram nada familiares ja que ele nunca havia estado lá, mas ele tinha plena certeza de onde se encontrava. Não podia ter baixado a guarda. Devia ter ouvido Yohan assim que ele o alertara. Era tarde demais.
Quando finalmente o fizeram parar, ele desabou de joelhos, sentindo o suor respingar de seus fios de cabelo caindo diretamente em seu rosto. Não fazia ideia de que podia suar tanto.
— Quem são vocês ? — ele perguntou um pouco ofegante. Parecia que o ar entrava com dificuldade em seus pulmões depois de passar algum tempo com aquele saco de pano na cabeça.
Não obteve nenhuma resposta. As três figuras que pararam diante dele mais pareciam dois enfeites daquele jardim.
Um jardim.
Movendo a cabeça em várias direções, ele viajou com o olhar por toda a área escura, sua mente maquinando inúmeras rotas de fuga, nenhuma delas bem sucedida. Quando finalmente avistou uma pá, seu primeiro instinto foi pegá-la. Em um impulso, ele se jogou na direção dela antes de sentir um impacto sob sua mandíbula. Seu corpo caiu a poucos centímetros dela, no entanto, seu novo foco era aplacar a dor que fazia com que a região atingida latejasse. O sangue escorreu de seus lábios assim que ele conseguiu se por em posição fetal.