Capítulo 38

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Já era tarde quando Noah entrou no estacionamento do laboratório de patologia forense, achando uma vaga a poucos metros do elevador

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Já era tarde quando Noah entrou no estacionamento do laboratório de patologia forense, achando uma vaga a poucos metros do elevador. Antes de descer do carro, fitou seu relógio de pulso a fim de checar o horário. Dissera a Sônia que a encontraria alguns minutos depois, isso pela manhã, já passava das três da tarde quando ele pressionou o botão ao lado do eleveador — que rapidamente ficou azul — para chamá-lo. Talvez sua noção de tempo houvesse se perdido juntamente com sua sanidade.

    Enquanto acompanhava o trajeto do elevador pelo painel, sua mente viajou no tempo fazendo um breve retorno para aquela manhã. Ao lembrar do sequestro e agressão que ele mesmo realizara, suas mãos tremeram e ele cerrou os punhos. Quais seriam as consequências daquele ato ? Douglas o delataria para o departamento ? Os questionamentos açoitavam a mente cansada do ex detetive. Mas ele o deixara em segurança, lembrou a si mesmo. Douglas ainda estava inconsciente quando Noah o deixara na entrada da residência Stoll e assim que recobrasse a consciência, só precisaria entrar em casa e cuidar do seu rosto machucado. Como se isso apagasse o dano sofrido, pensou.

    Os olhos de Noah, extremamente sem vida, cobertos pelas olheiras continuavam sob o painel, enquanto os números diminuiam lentamente. Talvez o prédio todo tivesse resolvido usar o elevador. Ele soltou um longo suspiro e se apoiou ali ao lado, seu corpo de repente pareceu pesado demais para ser sustendado. Achou que talvez nao devesse ter parado, seu corpo estava familiarizado com a adrenalina e agora, ela se fora. Era compreensível que ele se sentisse cansado demais naquele momento.

    Um som ecoou pelo estacionamento, e logo, uma figura ganhou vida assim que as portas do elevador se abriram.

    — O que faz aqui ? — Caio Kennedy, tomado por um misto de surpresa e confusão, analisou o jovem apoiado na parede ao lado do elevador. Percebeu a decadência de seu estado.

    Demorou alguns segundos para que Noah assimilasse a pergunta com clareza. Quando o fez, um pequeno tremor se apossou de seu corpo açoitado. Ele não devia estar ali.

    — Eu precisava falar com Sônia. — Noah fez menção de entrar no cubículo após acenar para Kennedy. — Bom te ver, inspetor Kennedy.

    Caio quase permitiu que o rapaz fizesse o trajeto, mas desconfiava brevemente da razão para que ele estivesse ali naquela tarde. Decidiu interferir, tendo em vista que precisava mesmo ter uma conversa inadiável com o ex colega de trabalho.

    — Venha comigo, preciso falar com você. — Kennedy tocou levemente o ombro do rapaz, que se enrijeceu ao toque. — Conhece o Penelop's ? É um café bem famoso na cidade. Podemos conversar lá.

    Noah Schneider, com um pouco de relutância, analisou a feição receptiva do inspetor, o olhar dele dizia claramente que não era uma conversa qualquer, então simplesmente disse:

    — Sim, eu conheço. — o rapaz apontou para a frente. — Vá na frente, eu te sigo. Meu carro está logo ali.

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