Capítulo 18

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    O endereço do apartamento de Sky apareceu na tela do celular de Noah assim que ele atravessou a recepção e deparou-se com uma atmosfera completamente agitada

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    O endereço do apartamento de Sky apareceu na tela do celular de Noah assim que ele atravessou a recepção e deparou-se com uma atmosfera completamente agitada. Atravessou a sala enorme e analisou os movimentos dos companheiros que pareciam realmente estar atarefados.

    Repreendeu a si mesmo, lembrando-se de que seu ambiente de trabalho era um departamento de crimes. Em sua própria defesa ele frisou o fato de que nem todos os dias o local era tão agitado.

    Olhou mais uma vez para o endereço enviado por Kennedy tentando controlar a tamanha ansiedade que o possuía. Talvez ele precisasse de alguma coisa que pudesse fazê-lo parar de tremer, quem sabe um café. Ele se dirigiu até a máquina que ficava do outro lado da recepção. Um barulho se formou em meio aos murmúrios, quando a máquina começou a fazer o seu trabalho. Noah aguardou ainda um pouco trêmulo, pensou que talvez precisasse relaxar um pouco. Sua mente não havia parado um minuto sequer desde que voltara a Cristal City.

    Agradeceu a Sky em pensamento por aquilo.

    A verdade era que ele estava completamente exausto. Dentro dele havia se formado um redemoinho de sentimentos, preocupações e suposições que estavam o levando ao limite. Ele quis desabar ali mesmo quando pensou em Sky. Estava evitando o sentimento de perda, e a dor da culpa para que pudesse se concentrar no trabalho. Sem sucesso, é claro.

    Era extremamente complicada a situação na qual ele estava, sabendo que o caso em que estava trabalhando não girava em torno de uma pessoa qualquer. Era seu irmão, seu irmão.  Droga, ele precisava fazer aquilo, devia isso a Sky, por todo o tempo em que esteve ausente, ignorando as ligações, evitando contato. A culpa não era só dele, tentou tranquilizar a si mesmo, porém em grande parte era.

    Quando a máquina parou, Noah serviu-se com o café e se apoiou ali na mesa. Algumas gotas caíram no chão. Ele logo praguejou. Algumas vozes surgiram na sala de entrada e foram perceptíveis ja que o movimento não estava mais tão frenético.

    Noah se virou e comtemplou um homem de pele morena, cabelos bem curtos e escuros, ao lado de uma mulher baixa. Os cabelos ruivos e longos dançavam em um rabo de cavalo enquanto ela se aproximava acompanhada do homem. Ele logo os reconheceu. Se tratava de Douglas e Sophia.

    — Douglas por favor, fica longe. — ela disse baixinho. Parecia incomodada com a presença dele.

    Era curioso esse fato, Noah pensou, já que acabou descobrindo enquanto vasculhava as redes sociais dos dois que eram primos. Não conseguiu muitos detalhes, porém, supôs que foram criados juntos quando analisou as fotos dos dois no feed e percebeu que era um completa linha do tempo, revelando a infância, adolescência e vida adulta.

    — Sophia, por favor seja discreta. — ele disse entredentes. Os lábios carnudos movendo-se lentamente.

    Ela soltou um leve suspiro. O salto esquerdo batia repetidas vezes no piso da recepção enquanto seu joelho se movia em gestos frenéticos. Ela estava nervosa.

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