The Sisters Swan

Capítulo VI

Em meio a chuva uma garota andava despreocupada e um pouco deprimida. Mas seria cômico se quase não tivesse quase matado a mesma. Acho que um filhote de cervo se assustou com a presença de Alister, correu e acabou batendo na mesma que foi jogada para a estrada, e eu freei quase em cima dela.

Geralmente eu não me preocupo com um humano. Mas algo aqui dentro, me chamava para fora do carro. Para perto daquela garota. Quando sai do carro, seu cheiro inundou meu olfato como uma droga viciante. Ela cheirava a bluebonnet e hortelã, e o cheiro ficava cada vez mais forte a casa vez que eu me aproximava e lá no fundo o cheiro maravilhoso de sangue. Um cheiro sem igual, nem mesmo o da bolsa de sangue do Edward era assim.

Me aproximei me agachando ao seu lado, mesmo com o farol ela retirou um pouco seu capuz olhando em meus olhos, e naquele mesmo instante eu congelei. Ela era o ser mais lindo e frágil que eu poderia conhecer. O sentimento que emanou dela, me preencheu. Eu desejava que aquele fosse o único sentimento que eu sentisse, era amor. Seu coração palpitava muito forte, eu a queria em meu braços naquele instante. Acabei me aproximando de mais.

— Jasper, já chega. – Ouvi ao longe a voz de Edward. — Se afasta e volta para casa.

Eu a ajudei a levantar, e ela disse que iria embora. Mas bastou um passo para que víssemos que ela estava machucada.

— Acho melhor eu te levar para casa.

— Não quero incomodar, eu...

— Jamais seria um incomodo. – Disse olhando em seus olhos e sorrindo de lado, a fazendo ganhar um tom mais avermelhado nas bochechas e um sorriso tímido.

— Jasper, para a mansão, agora! – Ouvi novamente e ignorei.

A ajudei a entrar do lado do passageiro, e logo olhei para a floresta sério entrando do lado do motorista. Ela parecia está congelando então retirei meu casaco a entregando.

— Meu pai sempre me disse para não entrar em carros de estranhos e aqui estou eu. Se bem que...

— Meu chamo Jasper Hale, filho adotivo do Dr. Cullen. Seu pai deve saber quem somos.

— Muito provavelmente. Por ser o xerife, ele conhece quase todo mundo dessa cidade. – Ela disse divertida me olhando. E eu paralisei.

— Xerife? O xerife Swan? – Perguntei e ela confirmou com um sorriso largo me distraindo alguns segundos dessa informação. — Você é irmã da bo... Bella?

— Calíope Swan. – Ela se apresentou. — Cheguei ontem na casa de meu pai.

Calíope. Repeti em minha mente e um sorriso se formou. Então, ela é irmã da bolsa de sangue, por isso toda a irritação de Edward e a vigilância de Alister. Como se eles fossem me impedir de fazer algo. Como se eu quisesse fazer algo contra ela.

Eu dirigia mais rápido que qualquer coisa e ela encarava a estrada tranquilamente, e cantarolava a música que tocava na rádio do carro.

— Você disse que é filho do Dr. Cullen? Então é um dos irmãos de Alice? – Ela perguntou curiosa e eu sorrir confirmando.

— Isso mesmo. Mas carrego o sobrenome da minha família igual a minha irmã gêmea.

— Entendi. – Ela disse pensativa. E balançando seus pés, um e eu percebia que estava doendo mexer sua perna direita. — Eu ainda não acredito no que aconteceu. Cara eu fui atropelada por um cervo.

Eu não consegui me segurar e acabei soltando uma risada alta. A forma como ela falou foi muito engraçada, e ela acabou me olhando o com tanta admiração e eu sorriso tão perfeito que eu queria ficar ali para sempre.

— Me desculpa é que...

— Não se desculpe, nem mesmo eu consigo lembrar sem rir. – Disse começando a gargalhar, e aquele som era como música nos meus ouvidos.

Não demorou muito para eu estacionar em frente a casa do xerife, e a mesma sorriu.

— Obrigado pela carona, Hale. – Ela disse meu de uma maneira provocativa.

— Não a de que, Swan. – Respondi no mesmo tom. — Nos vemos por aí?

— Começo na escola amanhã. Então nos vemos na escola. – Disse sorrindo.

— Estou ansioso.

Com uma certa dificuldade ela saiu do carro e andou lentamente até a porta, eu até sai para ajuda-la, mas Edward veio me segurando pela blusa e o olhei sério quase perdendo minha paciência. Nos afastamos da casa para não assustar ninguém.

— Disse para se afastar.

— Não estou aqui por causa da bolsa de sangue, estou aqui por causa dela. – Disse apontando para a garota que agora tinha a ajuda do pai para entrar. — Você já sabia né?

— Alice me contou, mas não queríamos...

— Tarde de mais. Eu já a quero, e diferente da Alice eu não faço suas vontades.

— Acho melhor tomar cuidado, não sabe onde ela estava, sabe? – Ele disse com um sorrisinho.

— Eu não me importo.

— Manicômio, era onde ela estava. Ela é instável e um risco para as pessoas. A própria Bella me contou.

Eu avancei mas Alice tomou minha frente, e Alistair estava ao seu lado.

— Edward, já chega. – Alice disse irritada. — Sabíamos que não tínhamos controle sobre isso, ela é a companheira dele e você não pode fazer nada.

— O mundo não gira em torno da sua bolsa de sangue. Não quero mais machuca-la. Mas devia tomar cuidado, se ela fala assim da irmã dela, o que não vai fazer com você. – Disse o desafiando.

— Chega vocês dois. – Rosalie disse completamente irritada e me olhou. — Outra humana?

— Humana ou não, logo logo vai ser imortal. Nem que eu mesmo tenha que transforma-la.

— O tratado não...

— Não me importo se os lobinhos gostam ou não. Se a decisão dela for essa, assim será feito, não vou ter medo.

— Isso não deve ser tomado de maneira tão precipitada Jasper. – Alice disse e eu apenas concordei.

Sorri pegando meu carro e voltando para a mansão. Deixando na garagem eu entrei já sabendo que levaria uma bronca coletiva. Carlisle e Esme estavam a minha espera com os outros de pé pensativos.

— Jasper...

— Carlisle, você mesmo disse que não deveria deixar ninguém machucado para morrer. Eu quase a atropelei, achei que minha responsabilidade era leva-la para casa.

— Alice poderia ter cuidado disso. – Edward me interrompeu.

— Você é o que tem menos moral para falar sobre esse assunto. – Rosalie disse mal humorada.

— Vamos combinar que ninguém deve se meter em nada de ninguém. – Esme disse se levantando e se virando para mim. — Querido, o que sentiu??

Apenas a lembrança daquela garota me fez sorrir. O sentimento que emanou dela, me destruiu, eu a queria nos meus braços, eu a admiraria o tempo todo por toda a minha existência. Era ela que eu queria ao meu lado.

— Acho que nem precisa responder. – Carlisle disse se levantando e colocando a mão no meu ombro. — Esse sentimento é além do que imaginamos. Mas precisa tomar cuidado, ela é humana.

— Por minha criação eu não tenho tanto controle. O sangue dela tem um aroma como nenhum outro, nem mesmo o da Bella se compara. Mas não é o sangue dela que eu quero.

— Então se aproxime, e traga-a aqui para que possamos conhece-la também. Mas precisa tomar cuidado com o segredo, pois não sabemos como será a reação dela.

— Não quero falar de cara. Com o tempo irei revelar, mas só depois de ter a confiança dela.