Capítulo XI

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— Você tá bem? – Ele finalmente se virou, quando chegamos a uma parte da floresta, coberta por algumas flores

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— Você tá bem? – Ele finalmente se virou, quando chegamos a uma parte da floresta, coberta por algumas flores.

— Você pode responder uma única pergunta da forma mais verdadeira. Por favor não mente para mim.

— Que pergunta? – Ele perguntou analisando tudo e eu me aproximei.

— Você é um vampiro, não é?

O corpo dele se enrijeceu, seus olhos âmbar pousaram em mim, e seus punhos fecharam. Eu não tinha medo, mas a dúvida tá me matando. Eu soube no instante que coloquei meus olhos nele, mas a diferença da cor dos olhos me deixou confusa.

— Do que está...? – Ele tentou perguntar em uma forma de deboche, e aquilo me machucou. Outra pessoa me chamaria de louca, mas acho que ouvi da boca do Jasper vai doer mais que qualquer coisa.

— Esquece. – Disse dando as costas, mas ele surgiu na minha frente em segundos.

— Sim. Eu sou.

Sabe a sensação de está carregando o mundo inteiro nas minhas costas, e do nada alguém tirar ele e tudo fica mais fácil? Foi exatamente assim que me senti assim que essas palavras saíram da sua boca. O choque foi tão grande, que acabei caindo de joelhos e mesmo entre sorrisos, lágrimas escorriam pelo meu rosto.

— Você tá com medo?

— Medo? – Perguntei sorrindo. — Eu estou aliviada. Sabe quanto tempo eu esperei para ouvir isso? De tanto me chamarem de louca eu realmente estava acreditando que eu sou.

— Você não tem medo de mim?

— Por que eu teria medo de você, ou da Alice? Desde que cheguei a Forks vocês são as pessoas que mais me ajudaram a ser eu mesma de novo. Você era a pessoa que mais me ajudava desde o acidente. Eu tô viva por sua causa. Bem, tecnicamente.

— Do que está falando? – Ele perguntou confuso.

— Eu te vejo nos meus sonhos desde que aquele homem nos atacou. Desde que eu pensei que ia morrer, e eu nunca consegui entender por que não morrer naquele dia. Mas me lembro da sua voz me mandando correr. – Eu disse meio perdida em pensamentos. — Quando Zion começou a me perseguir, em meus sonhos era sempre você que o afastava de mim. Mesmo que indiretamente, você me manteve viva.

— Você não existe. – Ele disse se sentando na minha frente e segurando meu rosto com as duas mãos.

— Você não imagina a minha felicidade quando eu te vi pela primeira vez, que eu vi que era real, e não apenas uma ilusão da minha mente. Então não importa se você é vampiro ou unicórnio, eu realmente não me importo, eu só queria que você fosse real, e você é.

Ele limpou minha bochecha com o polegar, E sorriu me olhando nos olhos, depois suavemente beijou meu rosto e me abraçou. Eu gostava daquela sensação, mesmo ele sendo um cubo de gelo, a calma e até mesmo seu cheiro amadeirado me fascina.

— Eu tenho certeza que não posso sonhar, mas se eu pudesse, seria sempre com você. – Ele sussurrou e meu coração acelerou no mesmo instante. — Pode me contar como descobriu sobre os vampiros?

— O acidente que falei mais cedo, não foi um assalto. Foi um ataque, um cara de cabelos escuros nos atacou mordendo o Zion, eu só não consigo me lembrar por que não me atacou também. – Disse já sentindo aquela dor de cabeça sempre que tento lembrar. — Eu tive todo um acompanhamento e tudo mais, só que uma noite eu dei de cara com o Zion, o mesmo tinha a pele muito, muito pálida e olhos vermelhos. Ele me contou sobre os dias angustiantes se dor e sofrimento, quando ele acordou, quando descobriu a vontade por sangue, e como queria que eu também fosse mordida e que conheceu um vampiro que disse algumas coisas. Enfim, ele tentou me morder, mas não deu muito certo, e novamente eu não sei o porquê, mas desde então ele não largou do meu pé, até eu ser internada ele ainda estava lá, só que as coisas mudaram quando vim para Forks.

— Então foi por isso a clínica psiquiatra?

— Sim. De primeira eu implorei, dizendo apenas que era o choque da ação. Mas quando acabei contando a Bella sobre ter visto Zion e ela me entregar a minha mãe, eu fui dada como mentalmente instável, e internada lá.

Ele apenas confirmou com a cabeça, parecendo um pouco perdido em pensamentos.

— Pode me tirar uma dúvida? – Perguntei e ele concordou. — Por que seus olhos são amarelos?

— Tem haver com a nossa dieta. Digamos que depende do sangue que bebemos. Vermelho, sangue humano e amarelo sangue animal.

— Então vocês só se alimentam de sangue animal? – Perguntei e ela sorria olhando em meus olhos.

— Toda a família prefere seguir essa dieta, mas eu sou meio novo com tudo isso. Não era bem minha vida a algumas décadas. As vezes tenho um certo descontrole. – Ele informou parecendo preocupado e eu eu ainda estava absorvendo toda a informação. — É por isso que em alguns momentos eu evito todos, e tento te afastar. Eu não ia te contar sobre nós, mas a sua convicção em descobri a verdade me deixou preocupado. Meus irmãos vão me matar.

— Eles precisão saber que você me contou? – Perguntei confusa.

— Não posso esconder de Edward. Ele meio que pode ver meus pensamentos.

— Como assim?

— Por que você não tem medo de mim? Por que continua a fazer perguntas como se isso fosse a coisa mais normal do mundo?

— Não consigo ter medo de você. É estranho, mas toda vez que estou com você é como se eu sentisse que você vai me proteger. É como se eu sentisse que... Você é a coisa mais importante da minha vida e que jamais poderia me machucar fisicamente. – Disse e percebendo a minha fala, me calei. Só que ele sorriu e me abraçou, praticamente nos jogando no chão com folhas secas e ele parou meio que me encarando.

— Calíope Swan, eu serei o que você quiser que eu seja.  Te esperei por muito tempo, e jamais te deixarei sozinha.

Cada uma dessas palavras era o que eu precisava ouvir. E era oficial, eu estou perdidamente e incondicionalmente apaixonada por Jasper Hale, sem nem ao menos conhecê-lo. Loucura? Já me chamaram de louca por diversas vezes, o que importa ser chamada de louca por isso?

— Cuidado Hale, esse contrato é vitalício.

— A eternidade será nossa. – Ele disse inspirando o cheiro dos meus cabelos. — Mesmo o cheiro do seu sangue, me conforta.

Mesmo deitada na grama com folhas secas eu me sentia bem e viva. Passei algumas horas conversando com Jasper. Ele me contou sobre a sua família, e me deu algumas informações sobre sua espécie, mas disse bem pouco sobre ele mesmo. Mas eu ia adorar desvendar ainda mais sobre ele.

The Sisters SwanOnde histórias criam vida. Descubra agora