Capítulo XIV (I/II)

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Notas iniciais:

Peço perdão pela demora.
Meu computador quebrou e tô escrevendo pelo celular onde eu encontro tudo o que me distrai 🤡

Fora isso, o capítulo foi separado em dois pois descobri que a plataforma não deixa ultrapassar 3500 palavras.

Pode conter erros gramaticais 🫰🏻

.・゜゜・・゜゜・.


"Primeiro iremos passar em Dublin, preciso conferir os documentos de minha mãe" Lena falou pensativa, pondo algumas mudas de roupa na mala e suspirando pesado de instante em instante.

- Iremos passar quanto tempo?

"Dois dias? O suficiente para resolvermos a papelada, creio eu"

- E se precisarmos de mais tempo?

"Então, adiamos a reunião com a Red Sun e prolongamos nossa estadia na Irlanda. Kara, vai ser divertido. Tirando as questões políticas, o país é lindo" Ela se aproxima e deixa um beijo no topo da minha cabeça. Sinto seu corpo rígido. Não sei se sua ansiedade se dá pelo fato de estar empolgada para voltar a seu país natal, ou por estar indo mergulhar de cabeça em seus fantasmas.

Talvez os dois, quem sabe.

Comentei com Alex sobre a viagem e ela me disse que eu deveria mesmo aproveitar minha lua de mel. Não que isso esteja em meus planos de curto prazo. Eu e Lena estamos indo devagar. Se bem que ir para Irlanda após assistir Leap Year durante a madrugada, escondida, claro, me faz sentir borboletas no estômago. Com tantas possibilidades de uma interação romântica que eu possa ter com ela, me resta ansiar um beijo de cinema.

"No que tanto você pensa?" Ela me pergunta, e lhe dou um sorriso de canto, tentando fazer cara de perdidamente apaixonada, enquanto a admiro "Ei, o que foi?"

- Fica perfeito em você.

Comento sobre o vestido quadriculado que ela usa. É meigo, doce e simpático. Perfeito para um romance clichê. Lena não está me ajudando a controlar meus devaneios - Não precisa ficar corada, Lee.

"Eu não estou..." olhou para o espelho que estava a sua frente "Ok, pode ser que só um pouquinho"

- E está linda assim, com as bochechas vermelhas, irei te elogiar um milhão de vezes mais.

Ela sorri para mim e sai do quarto. Me viro para organizar o restante de sua mala, sabendo que ela fugiu de uma possível conversa que a deixaria constrangida. Percebi que Lena não lida bem com elogios inocentes que não tivessem uma conotação sexual e um possível flerte.

Nosso voo é às 15h00.
Lena conseguiu de última hora.
Na primeira classe.

Lembro que numa conversa ela me disse que priorizaria meus negócios. O que pode ter acontecido para essa mudança de planos? Não faço a mínima ideia. Sinto que estou desconectada do mundo. Sem ânimo para fazer qualquer coisa fora da bolha pós casamento. É relaxante ficar aqui, com Lena. Não estou interessada em me desfazer de nada disso. Estou ignorando as ligações de Lucy, na verdade, a bloqueei e troquei de número. Também preciso de um celular novo, o meu já está bem velhinho e tão desatualizado que só serve para mandar mensagem e fazer ligações. Fotos? Meu hobbie da pré adolescência foi fotografar tudo o que eu achava inspirador, e até que era divertido. Por um tempo foquei nisso, fiz cursos e me qualifiquei, mas a vida dentro de um escritório me aguardava ansiosamente por um bote certeiro no meio de uma avenida escura, me agarrando pelas pernas e me arrastando para cada vez mais perto da gerência da Red Sun. Exagerado, eu sei, mas é o que é.

Então, voltando à primeira linha de pensamento, não uso celular para fotos. Quando quero, tenho uma câmera de última geração em minhas mãos, e um bom computador para fazer as edições necessárias. Sair com Esme é estar preparada para um milhão de fotos que possivelmente irão virar um book. Por outro lado, morar com Lena é ter vontade de a todo momento registar seus gestos, expressões e manias com um simples clique que um telefone celular pode me oferecer e uma câmera pesada não.

Long Awaited | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora