Capítulo Ⅵ (III/III)

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- Veja como uma gentileza. E também, eu tô nisso para recuperar a casa da minha infância, eu te entendo.

De relance, a loira acenou positivamente - Obrigada por isso, mas não deixa de ser constrangedor.

- Deixa disso! É uma boa casa, gostei dela, considere como um presente de casamento, querida. Se no final de tudo ainda se sentir desconfortável, posso ficar com ela e vender para alguém que você nunca viu na vida.

- Sua família vende imóveis?

- De tudo um pouco, quer dizer, é um conglomerado. Meu pai criou um mega grupo empresarial e é dono de algumas marcas... é uma questão de marketing algumas delas não estarem diretamente ligadas ao nosso nome, mas ainda assim são nossas e meu meu irmão, Colin, cuida da parte de imóveis e automóveis.

- E você?

- Estou ocupada resolvendo minha vida.

- Uma herdeira bilionária não tem preocupações empresariais?

- Tenho pais vivos e dois irmãos mais velhos, então, posso ser um tanto despreocupada.

Kara sorriu de canto - Que sorte a sua. O que acha de um milk-shake?

- Só se você pagar.

- Existe a grande possibilidade de você ser dona de todo o shopping e eu tenho que pagar?

A Luthor sorriu de volta, sorrindo sapeca - Então você paga o milk-shake e eu os ingressos do cinema e a pipoca, que tal assim? - observou a face surpresa e alegre da outra e saiu a puxando pelo braço - Venha para esse lado despreocupado da vida, Kara. Agora que é uma Luthor, esse shopping tem a possibilidade de ser todo seu.

- Isso é algo que eu facilmente esqueço. Eu sou uma Luthor, falta apenas você me colocar numa coleira, não é, Kieran?

- Como sabe?

- Seu irmão, ué.

Lena pareceu tentar recordar o momento em que a loira esteve sozinha com o irmão e que possa ter escutado aquele nome, mas nada veio a mente. Em algum momento da festa de casamento sua mente deu um blecaute e quando acordou estava sendo incomodada pelo advogado da família da mais velha. Em outras circunstâncias se colocaria num castigo danoso por beber a ponto de ir parar na casa de uma estranha, mas não era como se uma golden como a loira fosse conseguir fazer algo consigo - Ok, Marie.

- Essa você tirou do fundo do baú - soltou risonha a outra.

- Não, querida, apenas estava na nossa certidão de casamento.

- E já temos uma?

- Sim, acabaram de me enviar por e-mail. Separação total de bens, mas eu não garanto que vá sair com seu coração, isso dependerá do quando resistir aos meus encantos até o fim desse casamento.

- Espero do fundo do meu coração que não esteja para morrer, Lena.

A morena gargalhou - Eu amo esse filme, choro todas às vezes, mas não, esse não é o caso e eu estou bem saudável - novamente pegou o braço da mais velha, desta vez agarrando para que ficassem próximas enquanto esperavam sua vez na fila.

- Sabe, eu acho que seria mais eficiente se eu ficasse aqui para comprar os ingressos e você a pipoca.

- E eu acho que precisamos sair bem nas fotos, amor.

Kara olhou em volta assustada, temerosa que a morena estivesse certa. E estava, algumas pessoas apontavam os celulares em sua direção. Lena podia não ser tão engajada nos negócios da família, mas ainda assim faz parte da tão renomada e bem sucedida corporação Luthor. É claro que seu nome estaria nos tabloides - Céus, Lena. Isso tudo é tão caótico que me dá arrepio.

- É bom ser uma boa esposa e não desgrudar de mim se não quiser sair queimada nas paginas de fofoca. Estive pensando que teremos que manter esse contrato por mais tempo, o que acha?

- Um ano e meio é o bastante?

- Esse é o tamanho do seu desespero?

- Eu realmente não me importo de passar a vida da sendo uma Luthor. Não quero terminar como a pobre coitada da amante do seu pai...

- Isso é um assunto delicado considerando que minha mãe foi também amante dele, Kara.

Se arrependendo imediatamente do que acabara de falar, a mais velha agarrou as bochechas da outra que a encarou assustada - Lee, não foi isso que eu quis falar, desconsidere por favor. Eu peço perdão.

- Eu entendi, boba - tirou as mãos da loira de seu rosto - Eu te perdoo, mas vamos evitar falar em amantes, meu chifre é recente.

Foi o suficiente para Kara esquecer a tensão que sentia e gargalhar alto, assustando quem estava ao lado das duas na fila do cinema. Lena arregalou os olhos, tamanha a audácia de sua esposa ao rir do que acabara de falar. Os alheios ao casal, percebendo que se tratava de uma Luthor, agora gravavam a interação do casal que riam uma da outra. Desconsiderando todos os problemas que antes estavam atormentando seus juízos já não tão saudáveis, Kara tentava para as gargalhadas encostando a testa no ombro de Lena que mantinha um largo sorriso no rosto enquanto firmava as mãos no braço da loira que fazia cocegas em seu pescoço ao soltar lufadas de ar do nariz enquanto ria.

- Você não presta, Kara Zor-El.

- Ninguém mandou você soltar isso do nada.

- E desde quando tem a risada frouxa desse jeito? Até algumas horas tava aí com uma cara de bunda.

- Não diga cara de bunda, fica algo muito subjetivo. Minha bunda é perfeitamente adequada ao que chamam de perfeição, se for em relação a ela o seu xingamento, então eu agradeço o elogio.

- É serio isso? - a esse ponto a morena voltara a rir, desta vez escondido o rosto no peitoral da loira que a abraçava forte, tentando fazê-la para, para que si própria pudesse se manter seria - Kara, você é inacreditável! É a nossa vez, vai la comprar os ingressos, eu vou atrás da pipoca.

O filme escolhido foi um genérico romance policial, que as fez quase serem expulsas por achar o casal extremamente duvidoso por iniciarem um namoro de fachada para a solução de caso de assassinato. A pipoca acabara antes da metade do filme, fazendo a loira voltar para comprar mais dois sacos cheios, o que fez a morena perguntar o quão fundo era o estomago da mais velha, enquanto o seu já não aguentava mais engolir uma gota de refrigerante. Kara decidiu cochilar quase no final, fazendo a mais nova jogar uma sequência de pipocadas em seu rosto para que aguentasse até o fim, pois havia sido ela a escolher aquele clichê.

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Só para encerrar os capítulos de negociação. Prometo que o próximo não será a parte quatro! Perdoem os erros gramaticais, fiz esse capitulo em meia hora para não deixar vocês tanto tempo sem postagem. Caso exista alguma contradição nos eventos já apresentados, peço que me falem p.f.v.

Provavelmente os capítulos a frente serão curtos assim, mas serão postados com mais frequência, então, eis a pergunta: Preferem capítulos curtos (1k a 2k) postados semanalmente/quinzenalmente, ou capítulos longos (4k a 5K) que só Deus sabe quando vou ter tempo para postar?

Long Awaited | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora