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Jay e eu nos masturbamos, na cabeça dele foi tudo amizade, enquanto eu estava cada vez mais gostando dele, secretamente, claro, pois ele era um homofóbico de carteirinha. No entanto, demonstrava vários comportamentos contraditórios.

Como por exemplo, pegar no meu pau e bater uma até eu gozar, ficar de cueca na minha frente, ou até nu, mostrando sua bunda e seu pau que fazia meu endurecer.
Jay me convidou para dormir em sua casa depois do ocorrido, mas preferi ir para a minha, pois não me confiava de agir racionalmente se ele decidisse tirar a cueca de novo.Ainda não acreditava que tinha visto ele pelado.Então só o vi novamente no dia da apresentação do nosso trabalho, a razão de termos ficado amigos para início de conversa.

Cheguei primeiro na sala de aula, o antigo grupinho de Jay sentado no fundo, afastados de todo o resto. Quando Jongseong chegou, foi um pouco antes do professor, que logo começou as apresentações.
Nossa apresentação foi a última.

Formamos uma bela dupla, Jay conquistando todos com um sorriso, eu incluído. No final o professor nos parabenizou.
– Sabia que iriam se dar bem meninos – Disse o professor.

Eu assenti, mas por dentro duvidava que o professor tinha algo mais em mente do que punição.
Pelo resto do dia Jay sentou-se ao meu lado, e nada falou a respeito da nossa experiência íntima. Na cabeça dele, era tudo tranquilo. Sem frescuras.
Nossa aproximação foi tão grande que ele esqueceu mesmo dos seus outros colegas, não só naquele dia como também nos que se seguiram. Os amigos e até a namorada dele, Gabi, tiveram de se aproximar de mim para que pudessem participar das nossas animadas conversas.

Jay se mostrou ciumento quando eu tentei passar um tempo conversando com meus antigos colegas. Um dia ele me viu afastado, sentado no chão em frente a uma sala de aula, e chegando por trás de mim, disse-me que precisava falar comigo, longe dali – apenas um pretexto para ter minha atenção. Eu fui feliz, imerso em seu charme e em alegria de saber que ele sentia ciúmes de mim.

O pior era ter de conciliar minha afeição crescente de Jay como um querido amigo, e meu tesão de pensar nele como um pedaço de carne que eu só queria sexo.
Tinha vários motivos para me afastar do Park e meus olhares para seu corpo era um deles. Outro motivo era a namorada dele, Gabi, que começou a se aborrecer comigo.
Dava para notar quando eu ia almoçar em restaurantes com Jay e sua turminha, sempre em convite do próprio. Os outros tentavam conversar com ele, como se todo mundo daquele grupo precisasse da aprovação do Park.

Apenas eu não o olhava daquela maneira, apenas o escutava e gostava da sua voz.
Acho que ele percebeu isso. A cada dia que passava, tornei-me mais próximo, a ponto de ser o seu porto seguro, qualquer problema que tivesse, ele me perguntava como resolver, problemas que incluíam seu namoro,ele me contava tudo a respeito de Gabi, dizia para mim o que gostava nela, o que odiava, e às vezes que simplesmente não queria mais namorar com ela. Ele não percebia que Gabi desgostava de mim, e que provavelmente não deveria falar dela para mim.

Mas não o contrariei, escutei atenciosamente suas reclamações do namoro hétero,reclamava nos intervalos das aulas, depois das aulas, quando íamos comer juntos, pras noitadas beber, por mensagens, depois de um tempo, era só nós dois, e ninguém mais.

Os outros amigos perceberam que só iriam ter a atenção de Jay se eu não estivesse por perto.
Num feriado que não houve aula, emancipação do nosso estado, ele me ligou no meio de um almoço entre família, mesa lotada de parentes que estavam visitando, tios gordos e magros, altos e baixos, crianças gritando para todos os lados. Mas todos olharam para mim e o celular.

Eu pedi desculpa e fui atender no quarto.

– Jongseong?

– Ei, maninho. Tá afim de uma praia hoje?

Seduction _ JayWon Onde histórias criam vida. Descubra agora