Capítulo 2

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Theo

  Observo as duas saírem da cozinha e suspiro, como em menos de um dia consegui quebrar todas as minhas regras? Uma delas era não aceitar mulheres aqui, não me entenda a mal, mas é porque desde o começo a pensão foi destinada aos homens, tem alguns aqui que não conheço, estão temporários, como vou hospedar uma mulher no meio de tantos homens? A outra regra era não permitir ninguém no andar de cima, moro lá e não aceito ninguém entrando e saindo da minha casa, por isso coloquei uma chave na porta do corredor impedindo de intrusos, quando a senhora Maria chegou aqui pensei em negar seu pedido, mas bastou um rápido olhar naqueles olhos cor de mel que não pude dizer não. Ter a Bruna aqui vai mexer com meu juízo, sei disso, pois em tão pouco tempo que chegou já estou aqui pensando nela igual um adolescente.

  Passo a mão no rosto e descido subir também, assim que entro no meu quarto fecho a porta e retiro minha roupa, caminho até o banheiro que tem aqui no meu quarto e tomo um rápido banho relaxando meu corpo, após terminar me enxugo e visto apenas uma cueca limpa, não gosto de dormir com roupa. Vou até minha cama e me deito, meus pensamentos acabam indo em uma ruivinha com muitas curvas que está dormindo no quarto ao lado, confesso que essa mulher me abalou um pouco.

Acordo no dia seguinte cedo, olho no relógio que tem no meu quarto e vejo que são 6:30 da manhã, visto minhas roupas e faço minha higiene matinal, após terminar, saio do quarto e caminho pelo o corredor passando em frente ao quarto da Bruna, deve está dormindo, ainda é muito cedo.

Assim que destranco a porta para descer, sinto um delicioso aroma que a tempos não sentia aqui em casa, vou até a cozinha e tenho uma leve surpresa ao encontrar a Bruna com seus lindos cabelos soltos enquanto cantarola uma música ao qual desconheço e mexe seus quadris, confesso que fico hipnotizado com tamanha beleza. Ela está batendo algo no liquidificador e só percebe minha presença quando desliga o mesmo, a vejo me olhar surpresa e depois suas bochechas ficarem vermelhas por vergonha.

— O..oi senhor Theo, não o vi chegando.— diz baixo tentando não me encarar, claro que não me viu, fiquei hipnotizado olhando ela mexer seus quadris que nem anunciei minha presença.

— Bom dia bruna, cheguei agora. — digo me sentando na cadeira. — acordou cedo.

— Sim, tenho o costume de acordar cedinho, já fiz o café e estou assando um bolo, sei que não perguntei nada se poderia usar os ingredientes da dispensa mas... — ela está com vergonha e estou achando a coisa mais linda, acabo a interrompendo antes que termine sua frase.

— Pode usar o que quiser, e se ficar com vontade de cozinhar algo e não tiver na dispensa só me falar que providencio. — ela da um aceno e vai até o forno desligando ele, abre e sinto denovo o delicioso aroma que estava sentindo.
Ela corta um pedaço do bolo colocando em um prato, fico surpreso ao ver ela deixar o prato em minha frente, pela a proximidade consigo sentir seu delicioso aroma de flores.

— Prove do bolo. — ela fala e não consigo dizer nada por ainda está aéreo com sua presença, essa mulher vai me deixar doido, e só tem um dia que está aqui. Passo a mão no rosto e resolvo provar do bolo, está muito bonito, pego a colher e levo um pedaço a boca, assopro primeiro e depois experimento, acabo gemendo em apreciação, é o bolo mais gostoso que já provei, tem alguns pedaços de abacaxi nele e está muito gostoso, confesso que está valendo apena quebrar essas malditas regras.
Olho para seu rosto e a vejo me olhar com expectativas.

— Está uma delicia, cozinha muito bem Bruna. — vejo suas bochechas ficarem vermelhas, mas ela abre um sorriso.

— Que bom que gostou, fiz muito para dividir com os outros moradores. — fecho minha expressão, ninguém vai comer do meu bolo.

— Eles comem na dona Maria, apenas almoçam e jantam aqui. — digo sério e ela acena com a cabeça, escuto a voz de Lia a chamando e ela sai da cozinha, logo voltando acompanhada de sua filha.

— Da bom dia para o Theo filha. — Já reparei que a Lia é bastante calada, as vezes deve tá estranhando o lugar.

— Bom dia Theo. — diz baixo e logo sua atenção vai para o bolo, seus olhos até brilham, te entendo mocinha, os meus deve tá assim também. As duas começam a comer e me sirvo com café para acompanhar o bolo, repito três vezes e fico feliz que ela fez muito bolo, vou poder comer mais depois.
Lavo meu prato assim que termino e o guardo, saio da cozinha ao escutar barulho dos outros moradores na sala de jantar.

— Que cheiro maravilhoso Theo, quanto você cobra pelo a comida que está cheirando? Pago por fora. — Diz um dos rapazes e nego sério.

— Esse não está a venda, Bruna fez o bolo para mim, se quiserem comer, vão para a Senhora Maria. — Senhora Maria tem uma padaria aqui em Seattle, cozinha muito bem, mas a ruivinha superou dona Maria que é conhecida na região pela a sua culinária. O homem suspira, mas aceita e se vai.
Vou para o andar de cima e entro no meu escritório, tem um escritório aqui aonde faço a contabilidade, começo a organizar os lucros desse mês e se continuar tão bem os negócios irei expandir mais a pensão, ainda estou pensando se faço mais quartos ou invisto em outra coisa. Fico entretido lendo a papelada que nem vejo a hora passar.

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