Capítulo 6

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Theo

  Confesso que fiquei bastante surpreso com a chegada de Nicolas, sempre quando ele vem para Seattle avisa antes e chegou aqui de surpresa, sei que tem algo de errado nessa história e pretendo descobrir, por isso o chamei para o escritório, quero tirar essa história a limpo direito. Me sento em minha cadeira e indico a outra para se sentar.

— Me diga o que está acontecendo. — peço o encarando sério e vejo ele suspirar.

— Luiza está sofrendo muito naquela cidade, está tão triste que não quer nem sair de casa mais, já tentamos de tudo mas nada resolve, nosso pai e eu tentamos a proteger dos comentários maldosos de algumas pessoas mas infelizmente não conseguimos. — passo a mão nos cabelos angustiado, Luiza é minha irmã mais nova, tem apenas 17 anos e mora com meus pais e meu irmão Nicolas. — O pai quer se mudar pra cá para ficarmos mais perto de você, mas também é para que Luiza possa voltar a ser aquela menininha alegre que era. Essa situação está deixando nós cada vez mais angustiado.

— Porque não me disseram nada? Pensei que estava tudo ok, mas pelo o que vejo não. — aperto minhas mãos com raiva.

— Ela escondeu até de nos, mas agora só vemos ela nos cantos triste.

— Vamos procurar um lugar o mais rápido possível. — digo e suspiro, meus pais eram para ter me contado antes que a situação estava assim. —  Vou procurar alguns contatos meu e veremos um bom lugar para nossa família. — Ele acena com a cabeça.

— Mas mudando de assunto, você não me falou porque tem uma mulher e uma criança hospedada aqui. — fala curioso e reviro meus olhos, Nicolas é um tremendo fofoqueiro.

— O nome dela é Bruna e a da criança Lia, senhora Maria pediu para alugar um quarto para elas e desde então vivem aqui, Bruna também está me ajudando a cuidar da pensão.

— Só isso? — Pergunta levantando a sobrancelha.

— Só, o que mais quer saber? — Cruzo os braços me encostando na cadeira.

— Não sei, pensei que tinha algo a mais por causa de sua reação, mas parece que me enganei. — diz se levantando.— Já que é só isso, você não vai se importar de eu conhecer aquela beldade de perto. — diz e sinto a raiva me dominar, quando vejo já estou de pé em sua frente o puxando pelo o colarinho.

— Não ouse se aproximar com essas intenções da Bruna, ouviu bem Nicolas?— ele ri em divertimento e levanta as mãos para cima, Nicolas estava apenas me testando e cai em seus joguinhos.

— Mamãe vai ficar feliz quando a conhecer, sabe que ela espera a muito tempo por esse momento né. — e como sei, desde que eu e o Nicolas atingimos a maioridade mamãe vem tentando nos empurrar para alguma moça solteira, dizendo ela que mal ver a hora de ter seus netinhos para mimar.

— Vamos descer.— saímos do escritório e fomos pro andar de baixo, assim que chego na cozinha encontro Lia desenhando, ela me entrega seu desenho e vejo que desenhou nos três, coloco em um porta retrato e vou até meu escritório deixando em minha mesa, fiquei bastante feliz com o presente da Lia, sei que fez o desenho com muito amor, volto para a cozinha e fico conversando com Nicolas colocando o papo em dia, logo o almoço está pronto e nós servimos, me levanto e aviso os moradores que já está pronto o almoço, volto para a cozinha e nós sentamos para comer.

Após terminar, levo meu prato para a pia o lavando, enxugo e guardo no armário.

— Acho que vou fazer algo para o café da tarde, estou com vontade de testar uma receita nova. — Bruna fala se levantando também.

— Fique a vontade Bruna, se caso faltar algum ingrediente me avise que irei providenciar. — digo e ela sorri para mim confirmando com a um aceno de cabeça. — Nicolas, vamos da uma volta, iremos agora mesmo conversar com alguns conhecidos para ver se encontraremos algum lugar bom para vocês. — ele se levanta e saímos de casa, entro no carro e quando Nicolas se acomoda no banco do passageiro guio o carro pela as ruas de Seattle, vou em alguns lugares que sabia que estavam a venda e observamos, no total foram quatros e até agora não achamos um bom, suspiro frustrado enquanto dirijo para casa.

Assim que abro a porta já sinto um delicioso aroma vindo da cozinha.

— Porra, que delícia de cheiro é esse?— Nicolas pergunta ao meu lado, vou para a cozinha encontrando a Bruna lavando algumas louças enquanto Lia come um cupcake, tem tempos que não como um desse.

— Oi rapazes, já chegaram. — Bruna diz ao notar nossa presença. — fiz uns cupcakes, sente-se para provar. — obedecemos enquanto ela coloca um cupcake em cada prato e coloca em nossa frente, levo um pedaço a boca e gemo em apreciação.

— Que delicia. — digo parecendo um morto de fome, termino de comer rápido e observo as feições divertidas da Bruna.

— Porra, o Theo é muito sortudo de você aparecer aqui. — diz terminando também e vejo as bochechas dela corada de vergonha, Nicolas se levanta e lava seu prato. — Vou para o meu quarto agora, irei tomar um banho e descansar, a viagem foi longa, tô todo dolorido. — diz se espreguiçando.

— Vai lá irmão, bom descanso. — Nicolas se despede e sai da cozinha, vejo a Bruna pegar um cupcake e sentar ao meu lado, observo ela comer.

— Conseguiram achar o lugar?— Pergunta me olhando e nego com a cabeça, olho em seu rosto e vejo o canto da sua boca sujo com o cobertura do cupcake.

— Está sujo bem aqui. — me aproximo e levo a mão até o canto de sua boca, não contenho e passo o meu dedão sobre seus lábios macios e indo até o canto retirando a cobertura, levo meu dedo até minha boca e o chupo, com essa proximidade não posso resistir a vontade que estou de beija-la, coloco uma mão em sua cintura e a outra na nuca a puxando para mim e tomando seus lábios em um delicioso beijo, a vejo meia confusa tentando acompanhar meus movimentos e estranho, parece que é seu primeiro beijo, o que é impossível já que ela tem a Lia. Mesmo com os movimentos exitantes ela me emita, separamos por falta de ar, coloco minha cabeça no vão do seu pescoço e deixo beijos e mordidas ali em sua pele branquinha a marcando.

— Porra de mulher gostosa. — falo mordendo no lóbulo da sua orelha, me afasto e vejo ela corar.

— Você gostou do beijo? Não sei se fiz certo. — pergunta insegura, agora tenho toda a certeza que fui o primeiro a beijar essa deliciosa boca dela.

— Foi seu primeiro beijo? — ela acena timidamente e me sinto sortudo demais, serei o primeiro e único a ter seus beijos. — só não entendi muito bem, como foi o seu primeiro beijo se você tem a Lia? — olho na direção da criança que tava entretida brincando de boneca na sala de jantar.

— Lia é minha irmã, minha mãe faleceu e cuido dela desde então. — Fico surpreso com sua fala, em nenhum momento passou pela a minha cabeça que Lia não fosse sua filha.

— E o pai de vocês? Ainda está vivo? — Pergunto curioso querendo saber mais da mulher em minha frente e a vejo ficar tensa, sei que agora tem mais coisa em sua história.

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