Capítulo 8

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Theo

  Passamos a noite na estrada, o sol já nasceu e agora são exatamente 07:00 horas da manhã, acabo de chegar a cidade que meus pais moram, começo a dirigir pela as ruas da cidadizinha e estaciono em frente a casa dos meus pais. Assim que desço do carro nossa mãe abre a porta de casa e vem ao nosso encontro.

— Que bom que chegaram, fiquei tão preocupada com vocês nessas estradas a noite. — diz beijando meu rosto e indo cumprimentar meu irmão também.

— Está tudo bem mãe, só quero resolver toda a situação logo e saber que vocês estão bem, acho que mudar para Seattle vai ser ótimo mesmo para nossa família. — Digo entrando na casa e encontro meu pai na sala. — opa meu velho. — o abraço matando a saudade, tem quase um ano que não os vejo e confesso que estava morrendo de saudades da minha família.

— Oi filho. — após meu pai abraçar o Nicolas também, me viro para minha mãe.

— As coisas de vocês já estão tudo pronto? — Pergunto e minha mãe acena confirmando. — irei ve-la. — digo e sigo para seu quarto, bato na porta e escuto um baixo entre, abro a porta encontrando minha irmã Luiza deitada toda encolhida na cama, vejo seu rostinho vermelho e inchado indicando que dormiu chorando. Assim que me vê levanta correndo e se joga em meus braços soluçando. — shiii...eu sei minha princesa. — me sento em sua cama com ela abraçada a mim, afasto seu rosto do meu peito para encarar seus olhos. — Quero que me diga quem fez isso com você. — ela nega com a cabeça. — agora Luiza, me diga quem o fez porque ele irá pagar por isso. — ordeno sério e ela suspira.

— Jean. — diz baixo mas consigo entender bem o que falou, Jean é a porra de um moleque mimado, vem de uma família com terras na região, mas ele não sabe o que lhe espera.

— Vai se arrumar, irei resolver isso com ele e quando voltar iremos para Seattle. — ela se levanta da cama concordando. — quando chegarmos lá você vai ter uma surpresa. — vejo ela me olhar curiosa.

— O que é? — coloco a mão no queixo para fazer um drama como se estivesse pensando se falo ou não.

— Não sei se falo agora...— vejo ela vir até mim brava.

— Pode falar, não mandei você me deixar curiosa. — cruza os braços brava e sorrio da sua expressão.

— Estou brincando, vou contar primeiro pra você, nem a mãe e o pai ainda sabe, só o Nicolas porque ele tava na pensão também. — digo fazendo um suspense e ela bate o pé no chão impaciente. — tem duas garotas morando na pensão, Bruna e sua irmãzinha Lia. — vejo sua expressão surpresa em seu rosto.

— Você não deixaria uma mulher morar na pensão se não estivesse interessado nela. — Luiza me conhece tão bem, desde o momento que coloquei meus olhos em Bruna senti algo diferente.

— Você acertou, gosto da Bruna, ela é uma boa mulher. — digo e a vejo sorri mas logo sua expressão mostra insegurança. — Não pense demais querida, Bruna é uma boa mulher e vai gostar muito de você. — beijo sua testa, sei que está insegura por ter que morar com mais pessoas que não conhece. — vai se arrumar, irei resolver logo essa história.

— Cuidado. — diz quando tô saindo do quarto, quem vai ter que ter cuidado é esse infeliz. Vou para a sala e o Nicolas levanta do sofá me acompanhando.

— Aonde posso encontrar uma lata de tinta? — Pergunto para ele que fica confuso mas logo sorri entendendo o que quero.

— Aqui tem uma em casa, espera aí. — Ele sai a procura da lata e logo retorna com ela nas mãos. Vamos para o carro e saio guiando a procura do infeliz, não preciso dirigir até sua casa, assim que passo em frente a praça da cidade o encontro conversando com dois garotos da sua idade e uma menina em seu colo, reviro os olhos com a cena, o infeliz não serve pra nada, plena 8:30 da manhã e ele em praça, e aparentemente ainda estão fumando um baseado. Desço do carro e caminho em sua direção com Nicolas ao meu encalço.

— Não vou ser covarde assim, apenas eu bato nele e você repara se os moleques não vão pegar na trairagem. — digo pro Nicolas que assente, quando o tal Jean me reconhece arregala os olhos e tira a menina do seu colo pronto pra fugir. — Aonde pensa que vai mocinha?— o pego pela a gola da camisa o puxando e impedindo de correr.

— O que quer? — tenta mostrar uma confiança que eu sei que não tem, o macho que gosta de maltratar mulheres não se garante em briga, chega a ser hilário.

— Apenas conversar.— levo minha mão ao seu pescoço e aperto, vejo ele tentar retirar minha mão dali. — conhece a Luiza? — o vejo tossir ficando sem ar, pela a minha visão periférica vejo um dos moleques que estava com ele tentar vir para cima de mim mas Nicolas o impede.

— Não se intrometa, é assunto deles. — o menino acena e só fica observando.

— responda minha cadela.— dou um tapa forte em sua cara e ele vem para cima de mim conseguindo acertar um murro na minha bochecha, sinto um gosto metálico e cuspo no chão vendo o sangue junto com a saliva, sorrio com isso, vou para cima dele acertando murros e chute e o derrubando no chão, começo a bater sem dó e só paro quando Nicolas me tira de cima dele.

— Está bem Theo, se continuar assim vai o matar. — diz me alertando e vejo o estrago que fiz em sua cara, está com cortes na boca e sobrancelha, tenho certeza que seu olho ficará roxo, pego a lata de tinta da mão do Nicolas e abro despejando em sua cabeça.

— Isso é para você aprender a nunca mais encostar na minha irmã. — digo me agachando perto dele e dando duas batidinhas em seu rosto. — que sirva de lição para você não tratar mais ninguém assim, você teve sorte de eu ser honrado e não matar ninguém, mas na próxima possa ser que você encontre um mais doido que eu. — levanto e vou até meu carro, espero Nicolas entrar e dirijo de volta para a casa dos meus pais me sentindo mais leve, agora que resolvi essa questão só falta chegar em Seattle novamente.

  Estaciono o carro e vou para sala encontrando todos prontos com suas malas, ajudo meu pai a carregar tudo e colocar no porta malas.

— Sua mãe vai dirigir o meu carro e eu dirijo o seu, não está em condições de dirigir assim. — Vou responder mas ele só me lança um olhar que calo.

— Estou ansiosa para chegarmos em  Seattle e conhecer minha nora. — minha mãe diz e olho para Luiza que nega com a cabeça.

— Eu contei, você estava demorando conversando com a Luiza. — Nicolas diz rindo e nego com a cabeça sorrindo também, entro no carro e meu pai dirige para fora da cidade, estou com saudades da Bruna, faz só um dia que estou longe dela mas já estou morrendo de vontade de beijar sua boca denovo.

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Eai, gostaram da atitude do Theo?
Acharam merecido a lição que o  Jean levou?

Me contem o que estão achando do livro e não se esqueçam de deixar a 🌟 

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