Isabella Nogueira

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Fernanda  estava na rua de seu apartamento, quando sentiu o celular vibrar mais uma vez no bolso da jaqueta. Estacionou o carro, tirou o celular que já tinha parado de vibrar, do bolso e se assustou quando viu que o mesmo tinha 15 chamadas não atendidas, 5 mensagens de texto e 2 mensagens de voz. Quando a morena já se preparava para retornar as ligações, o aparelho começou a vibrar novamente.

—Alô?!

—Fernanda  Bande, aonde você está?! – Uma mulher gritou do outro lado da linha.

—Eu estou na frente do meu prédio! – Fernanda  falou e afastou o celular do ouvido, esperando um segundo grito.

—Mentira! Eu estou no seu prédio! – A mulher gritou novamente.

—Então olhe pela janela. – Fernanda  falou revirando os olhos.

Em um átomo de segundos, uma mulher morena, de cabelos lisos, colocou a cabeça na janela e lançou um olhar quase mortal para a morena, que estava na calçada.

Fernanda  estava tão cansada. Não fisicamente. Emocionalmente. Ela já tinha se acostumado com a ausência de Pitel em sua vida. Ela jurava para si mesmo, que a cacheada era página virada na sua história. Mas, ela não estava preparada, para mulher do nada aparecer na sua casa, e demolir toda a fortaleza que ela tinha construído em torno do seu coração, com um simples olhar. E sendo fitada daquela maneira por Isabella, fazia com que ela se sentisse ainda pior. Pois, atrás daquele olhar duro, era possível encontrar preocupação e, sobretudo amor. Então, sendo nutrida por aquele amor que lhe fitava, ela resolveu pôr de lado aquele turbilhão de emoções no qual ela estava imersa e se focou no presente. Colocou um sorriso no rosto e perguntou quase gritando:

—Você pode destravar a porta para mim?!

Isabella revirou os olhos, saiu da janela e um poucos segundos ela escutou a porta sendo destravada.

Fernanda  entrou no prédio com meio sorriso no rosto e se preparando mentalmente para o possível interrogatório que ela seria submetida assim que entrasse no apartamento. E quando ela chegou ao corredor de acesso a seu lar. Isabella já estava na porta, com uma cara de poucos amigos. Fernanda  não estava nem um pouco a fim de brigar desnecessariamente com sua noiva, então resolveu fazer uma piadinha para quebrar o clima ruim.

—Seu eu soubesse que você ficava tão linda bravinha, lhe irritava todos os dias. – Fernanda  falou entrando no apartamento e tirando a jaqueta que colocando no suporte.

Isabella fechou a porta com mais força do que o necessário e perguntou:

—Onde você estava?! – Passou a mão no cabelo. – Onde você passou a manhã toda?!

Fernanda  sabia que a sua noiva não estava bem, e aquele estresse todo não era somente por causa de seu sumiço. Ela sempre fica uma pilha quando está ansiosa e isso acabava às vezes, com uma discussão besta. Então sabendo que era desnecessário rebater com o mesmo tom, Fernanda  olhou brevemente para Isabella, depois foi até o sofá, tirou o tênis e se acomodou melhor no mesmo. E disse calmamente:

De repente 30 (PITANDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora