Como sempre desastrada

299 23 11
                                    

Chegando no portão de saída do Mckinley high, vi Fernanda sentada em um banco, com os braços cruzados sobre o peito, olhando para um ponto fixo e totalmente alheia a tudo que estava acontecendo em sua volta.

Vendo que ela estava totalmente distraída, logo brotou um sorriso malicioso em meus lábios -  É agora que eu me vingo dos sustos que ela me deu hoje - Pensei.

Comecei a andar mais silenciosa que uma sombra, mas, parecia que algo estava contra minha pessoa naquela manhã. Quando eu estava a mais ou menos dois metros da morena, tropecei e cai encima de uma latas de lixo, fazendo um barulho enorme e consequentemente atraindo a atenção de todos que estavam ali para mim.

Não tardou muito as gargalhadas começarem. Nunca me senti tão pequena. Minha vontade era de sumir, e por mais que eu quisesse sair dali correndo, toda a vez que eu tentava me levantar, tropeçava de novo fazendo com que as gargalhadas recomeçassem.

- Bebendo essa hora do dia Marinho?! - Escutei Rodrigo perguntar gargalhando.

Com os olhos marejados e pressentindo um choro próximo, abaixei a cabeça, pousei meus braços em minha pernas e me amaldiçoei por ser tão desastrada.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Pitel já estava se acostumando, que seu fim seria do lado daquelas latas que nem percebeu quando um braço circulou sua cintura e lhe puxou para cima lhe pondo de pé.

- Você está bem? – Fernanda perguntou preocupada. E Pitel apenas balançou a cabeça em sinal positivo.

- Você se machucou? Está sentindo alguma dor? Quer que eu te leve para algum hospital? – Fernanda metralhou sua amiga de perguntas.

- Não Nanda, só foi um susto. -Suspirou - É que eu sou muito desastrada. - Pitel terminou de falar com olhando para os pés, totalmente envergonhada.

Fernanda ainda visivelmente preocupada, começou a fiscalizar os cotovelos e joelhos de Pitel, procurando alguma escoriação, mas, ao não achar nada suspirou aliviada.

- É Pitty, parece que você não tem nenhum arranhão, foi só um susto mesmo. – Fernanda falava observando o corpo de Pitel, até que ela encarou os pés da amiga e continuou a falar - Mas, acho melhor você amarrar seus cadarços, assim evita acidentes como esses.

Pitel olhou para os seus tênis e seus cadarços estavam totalmente desatados, e constrangida olhando para o motivo de seu desastre, não conseguiu se mexer.

Fernanda vendo o total desconforto da amiga diante daquela situação, abaixou, colocou sua mochila no chão e começou a amarrar os cadarços de maneira firme, depois se levantou novamente, colocou a mochila no ombro, deu um selinho na bochecha de Pitel, uniu seus mindinhos e seguiu seu caminho para casa, afinal, elas eram vizinhas.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

De repente 30 (PITANDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora