Chapter 10

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Eu não sei ao certo que horas eram, só sei que acordei com meu celular tocando e quando atendi me surpreendi ao ver quem era.

A mãe de Ana me ligou falando que ela estava com muito medo por conta da chuva, e se eu não poderia ir até lá porque Ana só se acalmaria comigo lá.

Eu certamente levantei da minha cama quentinha e fui para a casa da Ana.

De pijama mesmo.

Eu já tinha dormido com o meu celular ligado talvez na intenção de receber uma ligação da Ana, e bom aconteceu.

Cheguei na casa de Ana e mandei uma mensagem para a mãe dela avisando, logo ela abriu a garagem para que eu pudesse guardar meu carro.

Seria impossível sair nessa chuva.

Desci do meu carro e fui até a porta onde a mãe de Ana me esperava.

- olá, boa noite

- boa noite Eliza, desculpa incomodá-la essas horas, mas Ana está a ponta de surtar por causa dessa chuva

- está tudo bem, onde é o quarto dela?

- segunda porta a esquerda, pode subir lá - subo as escadas em direção ao quarto e dou leves batidinhas na porta, logo escutando a voz de Ana, abri a porta e entrei no quarto vendo Ana deitada na cama com a coberta lhe cobrindo por inteira

- mãe eu já disse que não quero chá

- acho que não sou sua mãe - falo e logo Ana descobre a cabeça para me olhar

- você veio mesmo?

- aparentemente estou aqui né - me aproximo de sua cama e me sento de vagar, logo tendo seu corpinho grudado ao meu

- eu estava com tanto medo da chuva, e queria você aqui comigo

- agora estou aqui com você, e pode ficar mais tranquila - fiz um carinho em sua cabeça e senti seus braços abraçando minha cintura - o que acha de deitarmos direito? Essa posição daqui a pouco vai começar a doer minhas costas

- sim, claro, pode deitar e ficar a vontade, minha cama e fofinha e confortável - Ana se solta de mim e me arrumo deitando em sua cama, não demorou nada para ter Ana grudada em mim de novo - Eliza eu gosto muito de você, e obrigada por vir aqui mesmo sendo super tarde

- eu também gosto de você Ana, gosto demais, e não precisa agradecer, pode me chamar sempre que precisar - depois da minha fala ficamos em silêncio, mas Ana parecia incomodada com alguma coisa - Ana está querendo algo? Parece incomodada

- se eu te mostrar uma coisa promete não rir de mim ou falar coisas ruins?

- claro que eu não faria isso né Ana - ela me olha com certa dúvida no olhar e logo se levanta da cama indo até a cômoda, abre a gaveta e pega algo lá

- olha, comprei hoje para testar e ver se gosta - Ana me mostra o objeto e pude ver que é uma chupeta

- você vai dormir com isso?

- sim, você não se importa?

- claro que não Ana, fique em paz - Ana logo deitou novamente e grudou em mim

- Eliza você é tão gostosa de abraçar

- você também é gostosa de abraçar Ana - faço um carinho em seus cabelos e rosto, Ana logo levantou o rosto e se aproximou mais de mim

- Eliza posso fazer uma coisa?

- claro - digo meio em dúvida, o que Ana iria fazer?

Ela logo tira o objeto de sua boca e aproxima mais seu rosto do meu, encostando seus lábios nos meus.

Meu Deus.

Ana me beijou.

Meu Deus mais uma vez.

Isso é tão errado, mas também é tão gostoso.

Eu estou ferrada.

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