Me ame amanhã - Nosh

Dê nome aos bois...

Oii.

Votem e comentem bastante, por favor :(

Boa leitura! !

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Estou concentrado. Tento ao máximo terminar todos os exercícios de álgebra, já que tenho prova na semana que vem e tenho que garantir uma boa nota.

A universidade está cada vez mais perto e isso me deixa um pouco ansioso. Mas no momento, há algo maior me incomodando.

Noah me beijou, e não foi qualquer beijo. Mexeu comigo de alguma forma, não apenas por ele ser bonito e gostoso, mas... por ele ser quem é.

Pouco tempo atrás eu jamais admitiria isso para mim mesmo, mas tenho algum tipo de interesse em Noah.

É muito cedo para falar em algo romântico, mas eu gosto de estar com ele, gosto da personalidade dele, quando ele não está sendo um valentão idiota.

Ao mesmo tempo, sei que se envolver com ele é burrice. Primeiro porque ele não é assumido, na verdade eu nem sei o que ele é, em nossa última conversa sobre o assunto, ele disse ser hétero.

Segundo, que ele já está metido em problemas demais, não é o momento para qualquer tipo de envolvimento amoroso.

Pretendo deixar isso claro para ele, quero continuar com a amizade e ajuda-lo como eu puder, mas preciso colocar um limite nessa relação.

Pois algo me diz que alguém sairá machucado, e tem grandes probabilidades de ser eu.

— Jonah! Será que dá pra abaixar essa merda! — eu grito.

Jonah aumenta o volume do som no quarto ao lado.

Solto o lápis que estou segurando e me levanto.

Com os punhos cerrados caminho até o território inimigo: o quarto de meu irmão.

— Eu pedi pra você abaixar! Eu tô estudando!

Meu irmão revira os olhos.

— Estudar não dá futuro, ainda não aprendeu isso?

— Ah, claro! O que dá futuro é ser um imprestável como você!

— Ei! Essa magoou!

Meu irmão levanta da cama que está deitado e desliga o som.

— Quer salgadinho? — ele pergunta, voltando a se deitar.

— De queijo?

Jonah sorri.

— Sim. O favorito do papai.

Caminho até sua cama, me sento ao seu lado, puxo o pacote de salgadinho de suas mãos e pego alguns.

— Sinto falta dele. — Jonah diz baixo.

— É... eu também.

Ficamos em silêncio durante alguns minutos, apenas o barulho do salgadinho sendo mastigado.