Acordo com o som de meu despertador, um forte indicativo de que Jonah não está em casa.
Tomo um rápido banho e me visto. Gosto de tomar banho pela manhã, é um ótimo jeito de pensar e se preparar psicológicamente para o dia.
Enquanto me visto, me pego pensando em Noah.
Algo nele me intriga, não sei dizer o motivo, mas sinto que ele não é o que parece.
— Você chegou cedo, ontem. — minha mãe diz, ao que adentro a cozinha.
— É, Savannah tentou me levar pra uma festa, um saco.
Minha mãe sorri.
— Você não é nada parecido comigo, e sim com seu pai.
Sinto que um clima triste se instala no lugar, é sempre assim quando falamos de meu pai. Ele morreu há quatro anos e não é como se tivéssemos superado.
— Você ia para festas? — pergunto, me juntando a minha mãe na mesa.
— Claro. Foi em uma delas que conheci seu pai, ele estava sozinho em um dos cantos, lendo um livro. Que tipo de pessoa faz isso?
Me sinto atacado, pois foi literalmente o que fiz ontem. Gosto de saber que sou parceiro com meu pai, ele foi um dos homens mais inteligentes e sensacionais que conheci.
— É, que tipo de pessoa faz isso. Você deu em cima dele?
— É claro, ele era o garoto mais bonito dali. — sinto a dor na voz de minha mãe, por mais que ela não demonstre, sei que ela sofre.
— Bom, então tenho sorte de ter vindo de duas pessoas tão bonitas.
Minha mãe sorri.
— Você é lindo, querido.
Escuto a buzina de Savannah do lado de fora.
— Preciso ir, eu te amo.
— Até mais tarde.
Pego minha mochila e saio.
— Bom dia! — Savannah diz, assim que entro no carro.
— Bom dia, Sav. Tá de ressaca?
— Foi só um copo, você sabe disso. Mas diz aí, o que você fez o tempo todo que sumiu? — ela pergunta, ao que acelera.
— Encontrei Noah, conversamos um pouco.
— Sério? Parece que vocês tem muito assunto.
— Por incrível que pareça, conseguimos manter algum tipo de conversa.
— Joe me mandou mensagem ontem quando cheguei em casa.
— Sério?
— Sim, disse que quer sair comigo.
— E você topou?
— Disse que ia pensar.
— Savannah! — eu grito ao que ela passa no sinal vermelho.
— Foi mal, nem vi.
— Você ainda vai nos matar.
— Relaxa, sua mãe é enfermeira.
Assim que chegamos na escola, descemos e vamos em direção aos armários. Olho no papel colado na porta do meu e sussuro um palavrão ao notar que tenho educação física no primeiro horário.
— Eu tô achando um saco não termos as mesmas aulas, juntos. — Savannah diz.
— Pois é.
— Tenho história.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me ame amanhã - Nosh
Novela JuvenilJosh está no último ano do ensino médio, quando conhece Noah Urrea, um garoto popular e que esconde um grande segredo. Uma história para aqueles que apreciam um bom clichê. Capa feita por: @BeauchampsGirl