DISCLAIMER: ESTA HISTÓRIA *NÃO* POSSUI QUALQUER RELAÇÃO COM O UNIVERSO ALIEN. APENAS UTILIZA A IMAGEM DO XENOMORPH PARA ILUSTRAÇÃO E AUTODESCRIÇÃO DE UM PERSONAGEM. EXCETO ESTE, TODOS OS DEMAIS PERSONAGENS SÃO AUTORAIS.
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ㅤㅤMeu reflexo machuca meu próprio ego. É isto que eu sinto. Dor. Canalizada sob meu próprio molde, petrificada na minha própria agonia e podridão. Meus atos são o monumento do meu passado, que pintarão com mãos trêmulas meu amanhã, para então, calibrar minha história em um caderno de folhas rasgadas.
ㅤㅤEu o vejo na água. Será que realmente é o meu reflexo? Porque eu vejo um monstro, e as vezes, um simples garoto.
ㅤㅤAmbos me enchem de dor.
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[ ⚠️ : O segmento a vir tem menção a incesto e vômito. ]
ㅤㅤA criatura está no chão, se romoendo, contorcendo, sofrendo.
ㅤㅤO gás se dissipa, mas a dor nos seus órgãos internos ainda continua. Ele tosse enquanto emite gemidos e grunhidos altos e dolorosos. O seu sangue se escorre da boca, derretendo uma pequena quantidade do chão, mais ou menos, um palmo. O Dispositivo de Fala está preso no final de sua longa cabeça cilíndrica, sendo lá, onde os cientistas acreditam que esteja localizado seu cérebro. O dispositivo se comprime em um arco, cobrindo a lateral e parte superior da onde se localiza. No seu centro, uma pequena caixinha, com um alto-falante. Estes sensores constantemente rodam um Ultrassom Transcraniano, e, através deste, consegue transmutar os pensamentos do portador em palavras logo descritas pelo alto-falante. Único em todo mundo e somente com uma unidade, criado especialmente para ele. A voz masculina, imparcial e inexpressiva, grossa e arrastada, com um pouco de ruído quando é emitida, tenta aproximar ao máximo do que seria a real voz daquele ser.
ㅤㅤO monstro se contorce como um animal ferido. Ele tenta reunir força para se levantar, porém, no momento que força demais seu abraço para usar de apoio para se manter em pé, cai no chão novamente. Sua cauda entrelaça o meio de suas pernas e se extende até pouco acima de sua cabeça. Ele a aperta com força com seu braço direito, tentando segurar a dor de alguma forma. Ouvindo o incômodo do som das ferozes portas de metal se abrindo, ele se vira em direção a elas, ainda enfermo. Passos fortes e apressados ficam cada vez mais próximo a ele, atrás deles, mais cinco. Dois guardas armados e quatro cientistas.
ㅤㅤ-OLHA O QUE VOCÊ FEZ! - exclama Otto furioso. Atrás dele, seus colegas vislumbram o cenário ao redor com um enjoo no estômago. - COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO? MONSTRO! - o homem chuta a região da barriga da criatura e ela cospe sangue, que começa a corroer o chão no local que caiu. Ao ser atingido, ele grita em dor.
ㅤㅤNormalmente, a criatura mal sentiria este chute. Felizmente, ou, infelizmente, desta vez ela está fraca, vulnerável.
ㅤㅤ- Otto... - um dos seus colegas, característico por sua careca e falta de pelos pelo rosto o interrompe, fazendo-o dar um passo para trás. - Por que você fez isso? Estávamos fazendo progresso, isto era os resultados de tudo que você passou. Nós poderíamos passar a humanidade para a sua próxima fase, poderíamos ter salvado vidas.
