Cap. 07 - Olhei, gostei

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Lobo 🧨

Quem vê de fora acha que traficante vive numa boa né não? Vem aqui pra o meu lugar e me diz se é isso mermo!

Entrei nessa porque eu sou o primogênito e de todo jeito eu que iria comandar depois do meu excelentíssimo pai, mas é uma pica atrás da outra todos os dias. Tenho dinheiro? Pra caralho! Isso e poder bancar tudo do bom pra minha coroa e pra minha irmã, é o que mais me faz permanecer nessa vida — além de ser difícil pra porra deixar o crime, assim do nada — e não sendo hipócrita, a adrenalina de cada missão, o respeito que recebo dos outro e o medo nos olhos de alguns, mexe demais comigo. Eu gosto disso, então pra falar a verdade, eu continuei o legado da minha família porque eu já gostava desse mundo, esse é o terror da vida da minha mãe. Ela diz que pode passar todo tempo do mundo, nunca vai entender como eu gosto de viver assim.

Ah Lobo, porque desse papo? Porque tem hora que eu preciso lembrar dos motivos pra eu aguentar tanto b.o, na moral. Acordei tranquilo hoje, vim pra boca e foi pisar meus pés aqui que começou as pica. É carregamento de arma que vai atrasar por causa dos cú azul, é nego que compra droga mas na hora de pagar quer dar de esperto, é confusão por pouca merda no meu morro — coisa que geral sabe que eu não admito — é subordinado que faz corpo mole, então, preciso pensar nos luxos, na adrenalina, na minha família e nas putas, mulher não pode ver dinheiro que chove na horta do pai, aí pra completar, o cara lá de cima me fez gostoso pra porra. Respiro fundo olhando pra cara dos quatro panacas.

—Pepê, diz pra o BN que não importa o que porra aconteça, quero esse carregamento aqui HOJE — falo puto, dando ênfase no hoje — Resolve e qualquer coisa que der nessa parada, não traz pra mim não!

—Já é chefe! — diz sério se levantando com o celular na mão. Eles são assim, sabem a hora de levar as coisas no sério.

—Deco, vai com o RC ver os cuzão que tão devendo. Quem já estourou o prazo, pode passar. Essa porra né a Disney não! — falo olhando bem pra cara deles.

—Pode pá! — falam já levantando.

—E tu Lima, qualquer patifaria que rolar, manda o papo e passa a visão — falei abrindo a gaveta pra pegar as paradas pra bolar um back maneiro — Só me aciona se o bagulho for preciso mermo!

—Já é chefe! — levantou saindo da sala também.

Paz nesse caralho! Me encosto na cadeira ascendendo o baseado, puxo com força e já dá aquela acalmada na mente, cê é louco, manhã fodida de problema mano, ainda bem que hoje tem baile daquele jeito pra me trazer mais grana e tirar o estresse. Sorrio de lado, soltando a fumaça, marolando legal.

O resto do dia passou até que bem de boa e agora tô aqui na minha cama, depois de amassar aquele prato maneirinho de comida. Celular do pai não para de chegar notificação das piranha, tudo doida pra o pai dar condição, só que como eu já disse, enfio o meu pau em qualquer buraco não, muito menos saio beijando ou chupando essas putas. Conto nos dedos as que chupei ou beijei. Fico um tempo viajando e quando vejo já é 23h e o baile começa às 22h, então bora se arrumar pra ficar naquele pique gostoso delas. Tomo um banho daqueles pra despertar bem, coloco a boxer preta, um conjunto de camisa e calça Nike preta, pisante preto também, minhas correntes de ouro, os anéis, perfume e o pai tá como? Gostosão mané! Boto minha glock na cintura, radinho do outro lado — não importa se tô na curtição, é sempre armado e ligado em tudo — desço vendo que tá um silêncio do caralho, então minha coroa já deve tá dormindo e a mandada da Dayse não deve tá em casa porque aquela ali é barulhenta pra porra. Pego a chave da moto e meto o pé.

Chego no furdunço vendo que o bagulho tá doido, as piranha assim que me veem já ficam tudo dando condição, algumas são do jeito que o pai gosta, mas tá cedo ainda e eu não esqueci que aquela loira falou que vinha pra o baile. Tô na intenção mermo de passar o pente nela.

Entre amor e armasOnde histórias criam vida. Descubra agora