Cap. 23 - Ideia brilhante

15 1 0
                                    

Dom 🧨

Favela tá na paz apesar de estarmos palmeando todo e qualquer cria que faz parte do movimento, porque não tem como os canas ou o pau no cú do Chapadão estarem tão informados de algumas coisas que acontecem no meu morro, sem ter algum infiltrado por aqui ou algum rato. Mandei os meus manos ficarem espertos, porém mantendo a discrição. Quero que neguinho fique cada vez mais confiante pra se foder depois, então apesar da raiva, sigo me mantendo frio e impassível.

Esse final de semana não tem baile, mas hoje vai ter um pagode na quadra e não sei o que tá acontecendo comigo, mas não tô muito afim de ir, porém sou a porra do chefe do complexo, tenho que dar as caras, dar uma olhada no movimento, ver se tá tudo como deve ser e se pá, chegando lá eu até me anime.

Respiro fundo olhando o puta gostoso que eu sou no espelho, todo trajado de Nike, no branco e preto, as correntes de ouro no pescoço, alguns anéis e um tênis branco pica no pé. Na moral, não é a toa que tem tanta piranha na minha cola, bonito, rico e chefe. Dou um sorriso de lado e balanço a cabeça, em sinal de negação para as coisas que passam pela minha cabeça de vez em quando. É, quem sabe não termino a noite hoje no QG? Posso arrastar duas putas pra fazer uma putaria maneirinha e aliviar o estresses desse dias.

Saio da minha goma de moto mermo, descendo a milhão em direção ao fervo. O barulho da moto chama atenção, como sempre geral me olha e abre espaço pra que eu possa passar. Estaciono, perduro a chave no pescoço deixando por dentro da camisa, finalmente entrando na quadra. A para da é sempre louca, sendo funk ou pagode, geral brota e tem gente por todo lado, inclusive no meio da rua. Entro no camarote sendo recebido pelos menus manos.

— Até que fim porra, tava achando que tu não vinha! — Pepê fala assim que faz um toque comigo.

—Tava muito afim mermo não, esses dias tô quebrando a cuca com essas picas que vem acontecendo — digo passando a mão na cabeça e ele faz uma careta — Mesmo sem querer sempre tenho que mostrar a cara e ver de perto como tá as paradas.

—Pode pá Lobo! — Deco fala enquanto me passa uma dose de whisky — Mas fez bem vir, é sempre bom os moradores verem que o chefe tá de olho . — fala e eu concordo com a cabeça.

—Bom mermo é essas puta gostosa rebolando a bunda aí — Lima fala sorrindo e pelo olho pequeno, vermelho, ele já tá na lombra.

—Nem fale... tem uma piranha ali que hoje não me escapa — Pepê fala sorrindo malicioso.

—Sabe quem eu não vi Pepê? — RC pergunta e o Pedro só olha pra ele com cara de " fala logo porra " — A Malu! Bianca e Dayse tão ali dançando mas não vi a loirinha.

—Malu tá em casa mano — ele falou mas parecia até orgulhoso, tendi nada — Ela tá fazendo a parada lá do projeto pra se formar e parece que precisa mostrar a professora na segunda. Sei explicar direito não. — agora tá explicado a cara de orgulhoso dele.

—A Loira é mó firmeza, esforçada e porra, gostosa pra caralho! — RC fala dando o sorrisinho de lado e eu faço minha melhora cara de nada, como sempre, porém sempre ligado em tudo que dizem ou fazem.

—Se liga RC, a Malu né pro teu bico não e tu é menino demais pra ela. Fora que ela merece coisa melhor! — Pepê fala encarando o menor que até ficou branco, acho que ele esqueceu que a mina é mermo que ser irmã do mano.

—Comédia! — Deco solta uma gargalhada — Pra dar conta do mulherão que a Malu é, tu daria no mínimo umas quatro volta com tua caçambinha! — Lima e ele gargalham, enquanto RC faz cara de tédio e o Pepê parece não gostar muito do papo.

—Falem de outra coisa caralho, nada a ver ficar chamando a mina de gostosa assim na minha cara! Porra! — fala parecendo enciumado e eu poderia ficar calado, porém... resolvo abrir a boca pela primeira vez na conversa.

—Maria Luíza é uma puta gostosa mermo Pedro, geral aqui pegaria ela se tivesse a chance! — falo como quem não quer nada, adorando ver a cara de puto do meu melhor amigo. Dou um gole na bebida vendo ele me fuzilar.

—Minha princesa não é pra o bico de nenhum de vocês, nem pra tu Lobo. Ela merece uma vida tranquila nesse caralho. Encerrou esse papo nada ver — fala e se levanta indo agarrar uma puta que tava toda se querendo pra ele e os caras soltam uma gargalhada alta.

—Se Malu me der mole, traço ela na hora. Tô nem ligando se o Pepê considera ela uma irmã — diz Deco fumando um, enquanto uma piranha chega sentando no colo dele — A mina é de maior, vacinada, pode fazer as próprias escolhas e uma trepada não mata ninguém. Aquela bundona dela, quicando deve ser uma loucura — os outros dois concordam com a cabeça, mas eu? Estranhamente não gostei de ouvir ele falando isso e imaginei se ela sentaria pra ele. De qualquer maneira, só comi a mina uma vez e Pedro é meu amigo desde moleque, não sei se gostaria de saber que a princesinha dele anda dando pra o dono do morro.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
A madrugada vai chegando e apesar de ter aRayssa que é uma foda fácil rebolando no meu colo, não é o que quero pra hoje, então uma ideia surge brilhantemente em minha cabeça. Empurro ela do meu colo e sem dizer nada, deixando a piranha com cara de interrogação. Começo a descer do camarote pra sair dessa quadra, vendo que nem é tão tarde, na real acho que ainda tá bem cedo. Posso estar enganado e até fazendo merda, mas minha noite vai ser bem melhor do que achava que seria se conseguir fazer tudo que tenho em mente nesse momento. Sorrio de lado já subindo na moto, arrancando com tudo dali enquanto sou seguindo por dois crias que fazem minha segurança.




Oiii meus amores, peço desculpas por não estar tendo uma constância com a história, mas não tenho tido tempo para quase nada. Além do trabalho, estou cursando outra faculdade e fazendo um curso referente ao meu emprego, então me deem um desconto tudo bem? Prometo tentar postar mais vezes e por favor, não desistam de mim e nem da história de Dom e Malu! Beijinhos
😘 ✨💋

Entre amor e armasOnde histórias criam vida. Descubra agora