Entre amor e armas

Cap. 22 - Próxima vez?

Malu 🐰

O que dizer dos últimos dias... bom, estou enlouquecendo com meu trabalho de conclusão de curso, ao mesmo tempo indo trabalhar todos os dias no bar&restaurante e ainda fazendo algumas fotos. Inclusive a propaganda da academia deu muito certo, mais alunos estão se matriculando e isso me rendeu 5 meses grátis, levando em conta que estamos terminando o
mês de maio, vou chegar no final do ano sem precisar me preocupar em pagar academia. Sorrio com o pensamento, mas voltando ao assunto... apesar do tema do trabalho ser algo que faz meus olhos brilharem, é O trabalho, com ele que vou concluir minha graduação e quero fazer tudo o mais perfeito possível. Sou virginiana gente, perfeccionista nata, no mais tudo está muito bem.

Nesse momento estou parada ao lado da mesa em que os meninos estão bebendo, justamente no bar em que eu trampo e porra, meu olhar me trai de imediato grudando ao do Lobo que tem um olhar de predador, extremamente intenso. Santo Deus! Não era pra eu estar aqui, mas ir contra os pedidos da minha excelentíssima amiga Dayse, é algo que demanda  esforço e bom, eu não estava afim de me esforçar. Ela me convenceu a ir pra casa dela na volta da faculdade, porque basicamente não temos mais aula e sempre voltamos mais cedo que o normal, então vamos comer pipoca, brigadeiro, ver filme e fofocar mais um pouquinho, afinal fofocar une as pessoas mais ainda.

—Vai pra onde princesa? Tua casa já passou fia — Pepê fala.

—Tenta dizer não pra essa atentada aí — falo indicando a Day com a cabeça e ela se faz de sonsa — Vamo ver filme, comer besteira, aproveitar o resto da noite entre amigas.

—Hm... fiquem aqui pô — quem fala é o Lima.

—Na próxima gatinho... — quem fala é a Dayse e o Lobo bufa antes de interromper a irmã.

—Menos hein mandada, vai logo ver teu filme vai! — fala com a voz rouca dele que me causa arrepios instantâneos.

—Deixa de coisa cara, é só maneira de falar — ela explica — O Lima é brother! — fala e o Lima faz cara de ofendido.

—Porra, assim tu parte o coração do vagabundo aqui ! — ele diz e ela ri, negando com a cabeça.

Nos despedimos de geral e depois de andar mais um bocado, porque a família dela mora praticamente no topo do morro, por motivos bem óbvieis, afinal é uma questão de segurança tanto para algum morro rival, quanto para a polícia, chegamos na grande casa aconchegante, Dona Ana nos recebeu com sorriso no rosto e decidiu que iria nos acompanhar na noite de meninas, faltou somente a maluca da Bianca, mas hoje ela não podia, então ficou pra próxima.

Escolhemos ver "Continência ao Amor", já assistimos antes? Sim! Porém nada impede de assistirmos novamente, afinal é um romance tão gostosinho e as músicas são tão boas.

Depois de comer besteira e ver o filme, ficamos fofocando sobre a vida alheia. Se tem uma coisa que não falta nesse morro, é babado pra gente comentar. Escutamos o barulho da porta que atraiu nossa atenção e me fez ficar inquieta, pois eu sabia que só poderia ser uma pessoa que logo apareceu em nossas vistas.

—Oi meu filho, até que chegou cedo hoje — a mãe dele fala — Tem comida em cima do fogão.

—Fala coroa — se aproxima dando um beijo na cabeça dela — Dia hoje foi até de boa, resolvi aproveitar essa calmaria e vim mais cedo.

—Fala comigo não garoto? — Dayse fala.

—Qual foi mandada? — ele fala bagunçando o cabelo dela, o que a faz bufar — Te vi faz pouco tempo, tá carente fia?

—Aaah, vai se ferrar Dom! — ela fala e ele ergue uma sobrancelha pra ela, que nem se importa.

—Não comecem vocês dois, pelo amor de Deus. Não tirem minha paz! — É a primeira vez que presencio eles três juntos e ainda mais assim, com o Lobo mais descontraído e familiar. Dá pra notar que eles são unidos e apesar da cara ainda ser mais séria, ele fica claramente mais descontraído perto da mãe e irmã.

—Vou lá tomar um banho — diz já se virando pra sair, mas antes acena com a cabeça pra mim.

—E eu já vou indo, tá ficando tarde e amanhã acordo cedinho — digo me levantando do sofá.

—Espera Malu, meu irmão te leva pra tu não descer essa distância toda sozinha essas horas — Day fala.

—Posso tentar pedir ao Pepê... — minha fala é cortada por ele, que fala do primeiro degrau da escada.

—Espera uns minutos aí mina, vou só tomar uma ducha e levo tu pra tua goma — depois desse aviso, quem iria contra né?
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Chegamos na frente da minha casa numa rapidez absurda, Lobo veio em alta velocidade me fazendo agarrar forte em seu tronco, o que me fez sentir seu abdômen sarado e seu cheiro maravilhoso. Se controla Maria Luiza!

Me desencosto dele rapidamente e praticamente pulo da moto.

—Valeu aí pela carona — é o que digo antes de virar pra entrar em casa, porém sou puxada pelo braço, fazendo meu corpo colidir com o dele.

Não sou tão baixinha, mas fico cara a cara com seu peitoral, também, homem grande desse. Sinto minha respiração acelerar e finalmente levanto meu olhar, dando de cara com o dele, intenso e avaliativo.

—Qual é, fugindo de mim novo por qual motivo mina? — pergunta direto e reto me deixando meio envergonhada — Te fodi gostoso, te fiz gozar duas vezes e tu me agradece metendo o pé da minha goma, quando eu tô dormindo? — diz negando com a cabeça e eu fico quente com suas palavras. Certeza que estou vermelha, que vergonha meu pai.

—Hm... eeer... — ótima hora pra ficar muda hein garota — Achei que seria o certo a se fazer, sei que você não é o tipo de cara que dorme de conchinha Lobo e não é porque você foi o meu primeiro, que vou achar o contrário, muito menos ficar no teu pé — ele me olha de uma forma indecifrável e eu só me pergunto se falei alguma merda.

—Da próxima vez, não sai igual uma fugitiva falô? — disse com voz rouca bem próxima ao meu ouvido me fazendo arrepiar inteira.

Lobo me puxa mais pra perto dele me deixando totalmente sem ação. Suas mãos grandes apertam minha cintura, apoio minhas mãos em seus braços fortes e em questão de segundos, minha boca é tomada num beijo daqueles.

Nossas bocas se encaixam perfeitamente, como da primeira vez, nossas línguas duelam por pouco tempo porque ele logo domina a parada, tornando o beijo uma dança sincronizada e intensa. Suas mãos se enchem com minha bunda, onde ele aperta com vontade me arrancando um gemido baixo e manhoso, totalmente involuntário. Vamos diminuindo a intensidade do beijo, mordo o lábio inferior dele e agora ele quem solta um grunhido rouco, finalizando com um selinho. Ele dá aquele sorriso safado de lado, passando a língua entre os lábios com suas mãos ainda me segurando junto a ele pela bunda e me fazendo sentir o quão excitado ele já está.

—A gente se bate por aí Loira! — diz isso, sobe na moto e sai voado e eu fico parada olhando a moto sumir, me perguntando o que foi isso e que história foi aquele de "próxima vez"?

Mantendo minha palavra e postando mais um capítulo pra vocês, então indiquem o livro pra outras pessoas, curtam e deixem seus comentários porque isso me ajuda demais a continuar.
O que acham do nosso casal protagonista até agora? Acho que Malu ainda não sabe onde se meteu ! 💋✨