Três dias se passaram desde que fui à casa de Cassie para conversar com ela. Depois que a vi na cafeteria carregando a bebê, que com toda certeza do mundo, era minha filha, voltei lá no dia seguinte bem cedo, antes mesmo de abrir e fiquei esperando.
No primeiro sinal de movimentação eu saí do carro e fui correndo até lá na esperança de encontrá-la novamente, porém a única pessoa que encontrei naquele horário foi uma senhora, que descobri se chamar Rose, foi muito simpática comigo a princípio, mas assim que eu disse que estava procurando por Cassie, ela disse para eu deixar sua menina em paz e ir embora.
Percebi que não iria conseguir nada daquele jeito, então decidi me abrir com a senhora e contar tudo o que estava acontecendo comigo há um ano e o porquê de eu ter feito o que fiz. Ao final, Rose ficou com dó de mim, como ela mesmo disse, e resolveu me ajudar secretamente, fazendo-me prometer que não iria contar nada do que ela estava fazendo a Cassie.
Eu aceitei, obviamente sem questionar, e ela me contou que naquele dia, Cassie não iria trabalhar, pois estava muito exaltada devido à minha aparição ontem. Eu pedi o endereço dela, mas Rose resistiu, dizendo que estaria quebrando a confiança de Cassie. Implorei, disse que estraguei as coisas no passado, que estou arrependido agora e preciso consertar tudo.
Rose relutantemente me passou o endereço, mas me pediu para não focar forçando a barra com a Cassie, ela ainda estava magoada e tentando se recuperar depois do que fiz, e que talvez pudéssemos fazer esse caminho juntos se tudo desse certo.
Saí dali e fui correndo até a casa dela. O que não pode ser chamado realmente de casa, já que era um mini apartamento com apenas um quarto, que observei ser destinado ao bebê, e no chão da pequena sala estava um colchão, cobertores e travesseiros.
Aquilo tudo foi muito chocante para mim, mas nada me preparou para ver novamente a bebê. Que agora eu não tinha nenhuma dúvida de que era minha filha. Ela era linda, todo meu corpo tremeu de vontade de pegá-la no colo e abraçá-la com todas as forças que existem em mim.
Mas, como era de se esperar, Cassie não quis me dar ouvidos e me mandou embora. Eu não queria deixá-la mais irritada do que já estava, então decidi dar mais um tempo a ela antes de começarmos a resolver tudo.
Quando estava saindo, olhei tudo novamente, vi que ela não tinha muita condição, mas estava tentando. E o sentimento de novo se apossou do meu corpo, nojo de mim mesmo e das minhas atitudes. Pois se há um ano eu não estivesse com a cabeça enfiada no meu próprio rabo, eu teria sido menos arrogante com ela, poria tê-la ajudado e participado de todas as fases da minha filha. Porém, não fiz nada disso. Mas pretendo mudar tudo, começando agora.
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Eu e minha mãe estamos sentados na mesa de um restaurante esperando nosso almoço chegar. Toda semana, marcamos um dia para almoçarmos e colocar os assuntos em dia. Hoje, papai não pode vir, então estamos apenas nós dois. O que é ótimo, visto que eu preciso da opinião dela, mesmo que indiretamente.
— Mamãe? — digo calmamente.
— Sim, querido? — ela responde e começa a me olhar profundamente.
— Posso te fazer uma pergunta?
— É claro. O que é?
— Primeiro, tudo o que eu vou dizer é uma situação hipotética, ok?
— Tudo bem.
— Bom, digamos que um amigo dormiu com uma mulher por uma noite apenas, e depois de alguns meses ela vai até ele dizer que estava grávida. — Dou uma pausa para beber um pouco de vinho.
— Continue. — Ela encoraja.
— E ele foi um tanto quanto, como posso dizer... Grosso, insensível e arrogante com ela, chamou-a de golpista, interesseira, entre outras coisas.
— Uau! Esse amigo é um completo imbecil, então. — diz, ultrajada.
— Sim, ele é. Mas agora eles se reencontraram e ele percebeu a merda que fez, pois viu que a filha é realmente dele, porém a mãe do bebê o odeia e não quer nem saber dele.
— E ela está totalmente certa.
— Sim, totalmente. Mas ele se arrependeu e agora precisa encontrar uma forma de se redimir com ela, o que você diria que é preciso fazer?— Bom, acredito que primeiramente ele deve se desculpar por tratá-la de forma tão horrível. E depois... — ela fica pensativa por um momento — talvez, se tiver um motivo para ele ter feito o que fez, deva se explicar e ser o mais sincero e verdadeiro possível.
— E se isso não funcionar?
— Ele também precisa entender que talvez ela ainda esteja muito magoada e machucada pelo que ele disse, então talvez demore um pouco até ela entender o lado dele.
— Entendo. — digo, pensativo.
— Fazer gestos que mostrem o quanto ele está arrependido. Sempre mostrando que quer o perdão dela.
— Está certa. Obrigada, mamãe. — falo, pegando sua mão em agradecimento.— De nada, meu filho.
O nosso almoço chega e começamos a comer em silêncio, até que ela indaga:
— Mas me diga, eu conheço esse seu amigo?
— Não, não. — Dou uma risadinha meio constrangida. — É apenas um acontecimento que fiquei sabendo esses dias e queria saber sua opinião.
— Ah, sim, entendo. Mas caso precise de mais alguma coisa, saiba que sempre estarei aqui.
— Eu sei, mãe, obrigado!
Eu queria contar a ela tudo o que estava acontecendo na minha vida atualmente. Estava morrendo de vontade de falar a ela e ao meu pai que agora eles tinham uma netinha, a netinha que eles tanto esperavam. Porém, eu ainda precisava resolver algumas questões com Cassie antes de dizer isso a eles. Não quero decepcioná-los ao dizer que não poderão ver sua neta porque a mãe dela me odeia e provavelmente não deixaria eu levar minha filha para vê-los.
Eu irei resolver essa questão, farei com que Cassie pelo menos deixe-me participar da vida da minha filha de forma pacífica, sem ter que envolver advogados e juízes.
Mas primeiro tinha que começar pelo básico, que seria ter que conversar inteira com ela. E eu faria isso amanhã, de qualquer jeito.
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Olá queridos leitores, tudo bem com vocês?
Voltei mais cedo essa semana, em comemoração aos 4K de leituras aqui na história, estou muito feliz com essa nova conquista e que venha os 5K!!
Votem e comentem bastante no capítulo, pois ajuda bastante a autora aqui.
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Cora
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Grávida do viúvo
عاطفيةCassie. Sempre fui independente. Saí de casa muito cedo, pois meus pais não eram lá os melhores exemplos a serem seguidos. Eu e minha amiga Mia dividimos um apartamento minúsculo e trabalhávamos muito para tentar sobreviver, porém, nada estava indo...