Capítulo 10

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Eu estava atrás do balcão da cafeteria, preparando alguns pedidos dos clientes enquanto o som das conversas ecoava ao meu redor

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Eu estava atrás do balcão da cafeteria, preparando alguns pedidos dos clientes enquanto o som das conversas ecoava ao meu redor. A tarde estava tranquila, e eu estava completamente focada em minha tarefa quando ouvi a porta abrir, anunciando a entrada de alguém. Ao levantar os olhos, meu coração deu um solavanco ao reconhecer imediatamente quem era: Jack.

Ele estava parado na lá, seu olhar incerto encontrando o meu. Nossos olhares se encontraram por um breve momento antes que ele se aproximasse, sua expressão tensa e determinada.

— Cassie — ele disse, sua voz saindo quase um sussurro.

Engoli em seco, tentando manter a calma diante das emoções que me atingiu novamente.

—Jack — respondi, minha voz soando mais firme do que eu me sentia, porém cansada de tudo isso.

Ele olhou ao redor da cafeteria por um momento antes de voltar a me encarar.

— Podemos conversar?

— Agora?

— Sim, eu disse da outra vez que te vi. Não podemos adiar mais. Precisamos conversar sobre a bebê. Sobre a minha... minha filha.

Essas simples palavras fizeram meu coração apertar dolorosamente no peito. Eu não esperava essa conversa, não ali e nem agora. Mas ao olhar para os olhos de Jack, vi uma mistura de arrependimento, tristeza e determinação que me deixou um pouco surpresa.

— Tudo bem. Mas não podemos demorar muito. — murmurei, levando-o para uma mesa afastada, longe dos ouvidos curiosos dos outros clientes.

— Pretendo ser rápido.

Sentamos em silêncio por um momento, nenhum de nós sabendo por onde começar. Finalmente, Jack quebrou o silêncio.

— Olha, Cassie. Eu não sei por onde começar a me explicar, mas queria dizer que errei. Cometi o maior erro da minha vida e infelizmente não posso voltar atrás e mudar isso. — disse ele, sua voz carregada de emoção. — Mas eu quero, quero muito, poder fazer as coisas diferente daqui para frente. Quero poder participar da vida da minha filha.

Eu o encarei, o peso de suas palavras caindo sobre mim e me fazendo pensar em todos os meses em que eu tinha carregado a dor de sua rejeição, o peso da responsabilidade de criar Hope sozinha. E agora, ele estava aqui, diante de mim, pedindo uma segunda chance para participar da vida dela? Ele só podia estar brincando.

— Por que, Jack? Por que agora? — perguntei finalmente, minha voz falhando um pouco.

Ele abaixou os olhos, parecendo envergonhado.

— Eu vi ela naquele outro dia. Ela é tão parecida comigo quando era criança. E eu me lembrei de tudo o que eu te falei e te fiz passar aquele dia em que você foi até lá na minha empresa me contar que estava esperando um filho meu. Eu ainda estava tão traumatizados dos acontecimento do meu passado que nem pensei na hora. E agora vejo o que perdi.

Uma onda de emoção me atingiu quando ouvi suas palavras. Ele estava abrindo seu coração diante de mim, mas mesmo assim, não seria tão simples esquecer o que ele fez. Eu não poderia fingir que nada tinha acontecido e aceitar ele na minha vida sem mais nem menos.

— Escuta, eu sei que você estava traumatizado, pesquisei sobre você e li o que aconteceu. Mas... — Não consigo terminar o que ia falar, pois ele me interrompe.

— Você só sabe o que a mídia disse. Não sabe a verdadeira história e porque isso me deixou naquele estado.

— Bom, você está cerro sobre isso. Mas nenhum motivo justifica você ter me tratado como se eu não fosse nada e pior ainda, rejeitou sua filha sem nem se preocupar.

— Eu sei, e agora entendo isso. Por esse motivo estou aqui agora te pedindo uma segunda chance. Para mostrar que eu posso ser melhor e que quero realmente ser um pai presente na vida da minha filha. Aliás, qual o nome dela?

— Hope — sussurro — o nome dela é Hope.

— Hope — ele ecoa de forma pensativa, sua mente focada em outro lugar — significa esperança.

— Sim.

— Ela é minha esperança.

Não sei como responder a isso, então apenas fico quieta mexendo as mãos inquietas no meu colo. Minutos se passam sem nenhum de nós falar nada.

— Eu preciso voltar ao trabalho agora. — digo, já me levantando.

— Tudo bem. Mas precisamos resolver melhor as coisas. Você aceitar almoçar ou jantar para podermos conversar sobre esse assunto?

— Talvez o almoço.

— Ok. Você pode me passar seu número para combinarmos tudo?

Pego o bloquinho de papel e a caneta no bolso do meu avental e escrevo meu número. Destaco a folha e entrego a ele.

— Obrigado, entrarei em contato.

— Certo. Preciso ir agora. — viro as costas para ele e começo a andar em direção ao balcão para continuar o trabalho.

— Cassie — ouço sua voz me chamando e me viro para encontrar seu olhar agradecido.

— Obrigado pela chance.

Não sei ao certo como responder, então fico em silêncio e apenas aceno com a cabeça. Ele sai da cafeteria e eu volto ao meu trabalho.

**

Olá queridos leitores! Tudo bem com vocês?
Voltei mais cedo com o capítulo em comemoração aos 5K da história.
Espero que gostem, comentem e curtam bastante. Digam o que estão achando.

Beijos 💋
Cora

Grávida do viúvoOnde histórias criam vida. Descubra agora