Cassie.
Sempre fui independente. Saí de casa muito cedo, pois meus pais não eram lá os melhores exemplos a serem seguidos. Eu e minha amiga Mia dividimos um apartamento minúsculo e trabalhávamos muito para tentar sobreviver, porém, nada estava indo...
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Estava deitada no sofá do meu apartamento, perdida em pensamentos, enquanto Hope, que agora estava com sete meses, brincava com a blusa que eu usava. Suas mãozinhas gordinhas puxavam e soltavam o tecido com curiosidade, enquanto balbuciava palavras irreconhecíveis. Eu tentava conversar com ela de volta, mas ela só gritava cada vez mais alto. Eu a observava, fascinada, mas minha mente estava longe, lutando contra um turbilhão de emoções instáveis que minha mente insistia em lembrar.
A visita à casa do Jack ainda estava fresca na minha memória. O quarto que ele havia preparado para Hope era um completo sonho. Cada detalhe, cada objeto escolhido, que eu podia ver que foi com tanto carinho. Mas, ao mesmo tempo, isso me deixava apreensiva, pois tudo aquilo me fez pensar que eu nunca conseguiria fazer uma coisa assim para ela.
E se tudo isso desmoronar novamente? Era o pensamento que ecoava na minha mente, incansavelmente. E se tudo isso não fosse apenas um sonho em que logo acordaríamos e estaríamos sozinhas de novo?
A conversa que tivemos com sua mãe foi interessante. Eu gostei muito dela e acredito que ela tenha gostado de mim. Sei que ela amou a neta, pois tinha dado vários presentes, e também conversou muito comigo, contou várias coisas sobre a infância de Jack, como ela estava ansiosa para passar mais tempo com Hope.
Mia entrou na sala, interrompendo as lembranças daquele dia e trazendo uma onda de energia positiva com seu sorriso contagiante. Ela se jogou no sofá ao meu lado, a expressão de amor logo tomou conta do seu rosto por conta de Hope. Ela amava a nossa bebê.
— E aí, o que você tem? — perguntou, arqueando a sobrancelha, começando a brincar com Hope, fazendo ela sorrir. — Você está tão distante desde que foi na casa do Jack ver o quarto novo da nossa bebê.
A verdade é que eu não sabia como e o que responder. Antes que pudesse encontrar as palavras certas, Hope começou a resmungar, ela estava com fome, seu pequeno rostinho franzindo-se em frustração.
— Oh, você está com fome, meu amor? — murmurei, com o coração aquecido. Enquanto a amamentava, o calor e a conexão que eu sentia me acalmaram, como sempre fazia. Mas minha mente continuava agitada com todos os pensamentos.
— Estou com medo e apreensiva — finalmente confessei, olhando para Mia. — Jack está sendo... tão perfeito com tudo. E desde que ele voltou, sinto que alguma coisa mudou em mim, e não sei se isso é bom ou ruim.
Mia me observou, sua expressão se tornando mais séria. Ela sempre foi muito boa em perceber quando eu estava mal e precisando de alguma coisa.
— Talvez você tem que se permitir sentir isso, Cassie. É normal ter dúvidas e o sentimento de que tudo vai dar errado. Mas ele está se esforçando tanto, talvez signifique que ele realmente se importa.
Concordei com a cabeça, mas a insegurança persistia.
— E se tudo isso não passar de uma ilusão? E se eu me machucar novamente? Pior, se ele machucar minha filha. Foi um passado tão complicado. Às vezes, é difícil acreditar que ele mudou.
Mia se virou para mim, cruzando os braços. O ambiente parecia estar pesado com as minhas preocupações e dúvidas.
— O passado é apenas isso: passado. Mas não precisa definir o que vem no futuro. Você precisa conversar com ele e dizer como se sente. E se você está começando a sentir algo mais por ele, talvez possa ir mais a fundo nisso.
Enquanto ouvia suas palavras, percebi que poderia ser verdade e que eu poderia testar esses novos sentimentos. Eu queria acreditar que poderia haver um futuro diferente, um onde eu tinha uma família.
— E se eu me entregar a ele e não for correspondida? — questionei, buscando segurança nos olhos de Mia.
— E se você fizer isso e descobrir que é a melhor decisão que já tomou? Aliás, aquele cara com certeza está na sua, ele olha para vocês como se fossem a lua dele.
Ao ouvir isso, um pequeno pedaço de esperança começou a surgir dentro de mim. A ideia de dizer como eu me sinto para Jack, de abrir meu coração, começou a parecer menos aterrorizante e mais como uma oportunidade de começar algo novo.
Hope soltou meu peito e se aconchegou em meu colo, seu olhar sonolento e satisfeito. Olhando para ela, senti um amor incondicional. Eu queria que ela tivesse uma família completa, uma família amorosa que eu não tive.
— Vou pensar sobre isso — disse, com um leve sorriso que era tanto uma promessa quanto um desafio. — Obrigada, Mia. Não sei o que seria de mim sem você.
— Você não seria nada, meu bem.
Mia retribuiu o sorriso, e a atmosfera no apartamento pareceu mais leve. O tempo passava, enquanto Hope dormia tranquilamente no meu colo. A tensão no meu corpo começou a se dissipar. Eu finalmente me permiti considerar a possibilidade de um futuro ao lado de Jack. Com seria, construir uma família ao lado dele. Nossa família. Esse pensamento era muito arriscado, mas talvez valesse a pena arriscar mais uma vez.
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Oi pessoal!! Como vocêsestão? Voltei com mais um capítulo!! Não irei colocar meta de leitura, mas mesmo assim, comentem e curtam bastante para incentivar mais leituras!! Me sigam aqui também para ficarem sabendo de tudo!!
