Capítulo 13

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๑ ⋆˚₊⋆────ʚCapítulo 13ɞ────⋆˚₊⋆ ๑
Você me modifica.
**Callisto**

Cecília está aqui há dois meses, e o que começou como uma simples rivalidade se transformou em algo muito mais complexo. Eu pensei que seria simples desmontá-la, descobrir seus segredos, e depois descartá-la. Mas ela está provando ser uma adversária muito mais astuta do que eu imaginava.

Hoje, enquanto passo pelo corredor de vidro, posso vê-la do outro lado da sala de conferências, conversando com um dos executivos. Ela está completamente envolvida na conversa, gesticulando com confiança. Sua postura, sua presença... É como se ela soubesse exatamente o que está fazendo. E é isso que me inquieta.

"Por que ela não cede?"

Me pergunto pela milésima vez. Toda mulher que eu conheci, em algum ponto, cedeu. Elas sempre acabam mostrando suas fraquezas, implorando. Mas Cecília... ela me encara com o mesmo olhar desafiador de quando assinou o contrato.

Entro na sala de conferências sem fazer barulho. Todos se viram para mim, mas é em Cecília que meu olhar permanece. Ela me nota, mas não vacila. Apenas levanta o queixo e mantém o foco. Isso me provoca.

- Senhorita Noémie – digo, minha voz carregada de ironia.

– Tenho que admitir, você está se adaptando rápido demais para alguém que está sob tanta pressão.

Ela se vira para mim lentamente, e o sorriso que surge em seu rosto é mais afiado que uma lâmina.

- Pressão, senhor Cavaliere? – ela responde calmamente.

- Isso aqui é o aquecimento. A pressão de verdade é algo com o qual já estou acostumada.

Por um segundo, o silêncio reina na sala. Todos observam o pequeno duelo verbal, mas ninguém ousa interferir. Cecília se move como uma serpente, sempre cautelosa, pronta para atacar quando necessário.

- Então talvez devêssemos elevar o nível do jogo – respondo, meu sorriso não alcançando os olhos.

Ela acha que pode me desafiar publicamente? Mal sabe ela o que a espera.

- Estou pronta para o que vier.

Ela diz sem hesitar, e há algo nos olhos dela, um brilho de algo mais profundo. Algo perigoso. Isso me atrai e me irrita ao mesmo tempo.

A reunião prossegue, mas minha mente continua presa nela, nas palavras que ela me disse. Cada resposta calculada, cada provocação. Ela está jogando um jogo arriscado, e ainda assim, não consigo tirar os olhos dela. Quando a reunião termina, peço que todos saiam, exceto Cecília.

Ela se levanta lentamente, ajustando o seu blaze enquanto me olha diretamente, sem qualquer sinal de submissão.

- Alguma coisa mais, presidente? – ela pergunta, e há um leve desafio em sua voz. Ela sabe exatamente como me provocar.

Eu me aproximo, meus passos ecoando pela sala vazia. Paro à sua frente, perto demais para ser profissional. Ela não recua.

- Você gosta de jogar, não é? – murmuro. – De me provocar. Mas saiba que esse jogo pode acabar mal para você.

Ela sorri, um sorriso perigoso.

- Ah, Presidente... – ela sussurra, inclinando-se ligeiramente para mim.

– Você ainda não entendeu, não é? Eu não estou jogando. Você está.

O sangue ferve em minhas veias. Ela está me desafiando de novo, e, por mais que isso me enfureça, também me fascina. Ela é diferente. Eu deveria quebrá-la, mas tudo o que faço é querer mais dessa batalha.

Se Você ainda tem Humanidade, Devolva Minha LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora