Se Você ainda tem Humanidade, Devolva Minha Liberdade

Capítulo 34

Capítulo 34 - Nossos destinos parecem se distanciar cada vez mais.

Depois da visita da mulher dele, eu espero alguns minutos para poder entregar alguns documentos que eu estava devendo, por incrível que pareça eu estou bem calma.

Parece que o conflito interno em mim acabou, agora me sinto mais tranquila comigo mesmo, parece que saber que ele tem outra mulher realmente fez bem para mim.

Poderei seguir em frente assim, eu sempre soube que as coisas iriam acabar assim então não estou surpresa.

- Senhor Callisto, posso entrar?

- Claro, Cecília.

Quando entro vejo que Madalena estava aqui também, parece que ele não estava tendo seus "momentos de prazer".

- Oi Cecília! - Sorri de forma agradável.

- Olá Madalena! - Sorrio de volta.

- Bem, eu já vou indo, tenham uma boa conversa.

- Me espere, eu só vi entregar alguns papéis para o senhor callisto.

- Temos que conversar Cecília.

- A-ah, ok senhor.

- Bem, eu já vou indo! - Ela sai logo em seguida.

- Esses são os papéis sobre os Rubens que eu arrumei senhor.

- Deixe-os aí e sente. - Isso me deixa preocupada.

- Ok senhor. - O clima aqui parece bem pesado e assustador, parece que houve uma discussão aqui.

- Quero falar sobre sábado.

- Senhor. - Eu o interrompo.

- Acho que esse assunto deveria ser esquecido, estamos em local de trabalho agora e receio que não seja uma boa ideia falar sobre isso. - Me levanto da cadeira.

- Mas Cecília...

- Desculpe senhor, mas eu tenho coisas pendentes para fazer, meu tempo aqui está acabando e quero aproveitar o tempo que tenho aqui. - Falo com uma expressão neutra.

- Cecília me deixe falar. - Ele agarra meu braço.

Essa cena já aconteceu várias vezes nesse mesmo escritório, ele sempre agarrava meu braço quando eu tentava ir embora, mas eu não me importo com que aconteça de agora em diante, então direciono um tapa em seu rosto.

- Por favor, mantenha respeito se você quiser ter respeito, senhor cavaliere.

Ele parece estar surpreso com o meu tapa, mas logo em seguida a sua expressão volta a ser neutra, não consigo ler o que passa em sua cabeça mas tenho certeza que ele está furioso com o que eu fiz.

- Peço desculpas pelo meu comportamento de agora, não queria fazer você ter que tomar essa atitude. - Sua expressão permanece neutra.

‐ Que bom que você entendeu, agora se me der licença eu tenho coisas mais importantes para fazer senhor. - Depois que falo essas palavras me vou até a porta.

- Se precisar de mim, eu estarei no meu escritório.

Saio daquela sala furiosa, não sei porque sinto esse sentimento de fúria, o que eu esperava que ele fizesse?

A minha cabeça está ficando cada vez mais confusa com essa situação, eu nem estou sabendo distinguir o certo do errado agora.

**Callisto**