Beatrice Realmente se dedicou com cuidado à escolha das roupas que iria usar no segundo encontro que teria com Tariq Al Kamal. E foi recompensada pelo olhar horrorizado de Khalid ao ver o minivestido de Lycra verde-limao e cor de laranja no qual espreme suas curvas voluptuosas, durante a viagem de avião.
– Não está pensando seriamente em sair assim...Está?
– Estava querendo que fosse de mau gosto e vulgar. – Viu o próprio reflexo e admitiu que talvez tivesse exagerado.
– E realmente conseguiu. – Declarou ele, levantando os olhos do decote que deixava ver a maior parte dos seios e enxugando o suor que umedeceu sua testa.
– Obrigada. Só espero não cair dos saltos altos.
– Isto não vai dar certo. – Gemeu Khalid.
– Não se você insistir em manter uma atitude derrotista. Olhe, se vamos fazer isso, temos de fazer direito.
Passou a maior parte da viagem tentando combater a atitude hesitante dele e não precisava enfrentar mais uma crise porque já estava suficientemente nervosa: Controlou o impulso de lhe dizer que deveria ter mais coragem e deu um sorriso.
– Sei que acha que seu irmão é onipotente, ou algo assim. – Na opinião de Beatrice, não passava de um maníaco controlador, e pretendia lhe ensinar um pouco de humildade. – Na verdade, foi ele quem pensou que fossemos namorados... – Animou-se ao ver que Khalid sorria.
– Aqui é sempre tão quente? – Perguntou, sacudindo os ombros para desgrudar o vestido da pele suada, enquanto se dirigiam ao helicóptero que os aguardava. O calor a atingiu com o impacto de alto sólido assim que haviam saído do ar refrigerado do jato particular, que trazia o símbolo real estampado nas asas.
– Não. Geralmente há uma brisa que vem das montanhas. Tem certeza de que quer fazer isso Bea? – Perguntou de repente.
Não tinha certeza, mas era tarde demais para voltar atrás.
– Estou louca para provocar uma dor de cabeça no seu irmão. Estava imaginando se, além dele, teria outros irmãos. Estava imaginando se, além dele, teria outros irmãos a quem pudesse seduzir.
Khalid ficou preocupado.
– Olhe. Sei que vê isso como uma brincadeira, mas não se deve brincar com Tariq: Sairá machucada.
– Não sei por que tem tanto medo daquele homem.
– Não tenho medo. – Protestou. – Na verdade, é uma ótima pessoa, e nem posso lhe dizer quantas vezes me livrou de problemas. – Admitiu humildemente. – Mas quando resolve fazer alguma coisa... – Deu de ombros. – Bem, deveria entender muito bem... também tem valores firmes...
– Está dizendo que pareço com seu irmão? –Ficou chocada com a sugestão. Khalid riu.
– Não. É muito mais bonita. Então, já voou de helicóptero antes?
– Não, mas sempre estou pronta para um desafio.
Enquanto o helicóptero flutuava no ar, Khalid mostrou as casas cavadas na mesma montanhas avermelhada onde ficava o palácio. Beatrice pensou que era muito bonito e que parecia algo criado por algum especialista em efeitos espécies.
– Até os anos 60, eram realmente habitadas. – Explicou. Bea desistiu de tentar não se impressionar. – Agora são preservadas como uma espécie e museu.
– Para turistas?
– Tariq – Falou energicamente. – Acha importante nos lembrarmos de onde nós viemos.
Por um instante sentiu uma pontada de inveja. Deveria ser muito bom saber exatamente de onde se veio, ter um lugar e pessoas com quem pudesse se indentificar, ter raízes. Mas Beatrice resolveu esquecer: odiava não ter raízes, mas, por outro lado, tinha liberdade de não ter nenhum irmão para dizer como viver sua vida. Aquele não era a primeira vez que ele mencionava o irmão. Para ela, o maior favor que poderia lhe fazer seria tirá-lo de baixo da asa de Tariq, embora agora não parecesse tão fácil como pensara. Nunca era fácil romper com antigos hábitos, e acatar as ideias do irmão era um dos hábitos que Khalid não desenvolveu recentemente.
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o Sheik e a Virgem
RomanceO princepe Tariq Al Kamal furiosamente proíbe seu irmão de se casar com uma mulher imprópria. Em seguida, pega Beatrice e a leva para sua casa no deserto onde irá seduzi-lá. Porém, Tariq ignora que ela não é a mulher desejada por seu irmão. Beatrice...