Capítulo: 07

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Depois do espaço aberto e da tranquilidade do palácio,o barulho, a vibração e o movimento da capital a deixaram reduzida ao silêncio.

A limusine que Sayed arranjou fazia com que se sentisse uma cinderela moderna, embora, obviamente, sem o príncipe. Enquanto passavam pelas largas avenidas cercadas de árvore da parte mais nova da cidade, sayed descrevia os lugares mais interessantes. Beatrice escutava educadamente, na lhe dava informações que já obteve ao fazer sua pesquisa.

Sabia que Zarhat era politicamente estável, culturalmente diversificado, e que sua economia era invejada pelos países vizinhos. Sabia que o povo era extremamente leal à família real e que tinha um alto nível de vida. Também sabia que durante os últimos 30 anos, o país recuperara centenas. Resumindo: Zarhat era visto por muitos como um país-modelo.

– Gostaria de ver a cidade velha.

– As duas alamedas são estreitas. Seria difícil andar de carro. – Disse Sayed.

– Prefiro caminhar.

Tentou convencê-lo do contrário, mas desistiu ao ver que estava resolvido.



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– Sayed?

O senhor inclinou a cabeça respeitosamente diante do príncipe herdeiro.

– O que é isto? – Tariq apontou para a enorme caixa de doces finamente decorados, em cima de sua mesas e fez uma cara de desgosto. – Não gosto de doces.

– Desculpe, senhor, não deveriam estar aqui. São da família Rajoub a Srta. Davlin.

Bastava ouvir o nome dela para evocar a imagem dos seus lábios voluptuosos se entreabrindo sob os dele. Deveria ter o gosto... O silêncio foi quebrado pelo barulho do lápis que se quebrara entre os dedos de Tariq. Consciente de que quem deveria estar apresentando os sinais clássicos de frustração sexual era seu irmão, e não ele, olhou para Sayed com um ar de acusação.

– Senhorita Devlin....?

– Sim são enviados todos os dia . Adora doces, mas costuma dar quase todos para Azil, que tem várias irmãs.

Tariq arqueou  as sobrancelhas. Sayed estava sorrindo. Nunca viu Sayed sorrir, e era como o ver uma estátua de pedra sorrir de repente... Levemente irritante.

– Por que os...Rajoub...?

– Sim, senhor, os Rajoub. São uma família respeitável e têm uma pequena loja na...

Sem conseguir esconder a impaciência, interrompeu o homem mais velho.

– Por que está família respeitável está mandando doces para a Srta. Devlin?

– É um meio de agradecer por ter salvado a vida do menino

Tariq sentou e levou a mão à cabeça. Ainda não estava doendo, mas seria apenas uma questão de tempo.

– Acho melhor começar do princípio. – Conseguiu ficar calado até Sayed ter contato tudo. – Então, para resumir, deixou que a Srta. Devlin saísse do palácio?

– Não tinha autoridade para impedi-la e quis evitar um incidente diplomático...

– Incidente diplom...? – Balançou a cabeça. – Não. Não me diga. Ainda estou tentando destrinchar os fatos que já tenho. Deixou que perambulasse pelas ruas...– Imaginou a confusão que os cabelos vermelhos e os sorrisos de Beatrice deveriam ter causado.

– Eu estava com ela.

Tariq ignorou o argumento.

–... perambulasse pelas ruas, se jogasse na frente dos carros para salvar uma criança e se tornasse amiga eterna de toda a sua família?

– Sim.

– Sim? Isto é tudo que tem a dizer?

– É uma jovem muito simpática, senhor , e muito perspicaz.

Olhou o velho. Parecia impossível, mas percebeu um tom de censura na voz de Sayed...? Voltará para cada, esperando que, no mínimo, ela tivesse entendido o recado desistido e ido embora; e que, no máximo, ainda estivesse ali, mas totalmente subjugada pela espera solitária. Aparentemente, esteve ocupada correndo pela cidade, desempenhado o papel de heroína e fazendo com que o mais leal e confiável dos membros do seu staff fosse enfeitiçado pelo seu encanto!

– Suponho que, durante a minha ausência, meu pai a tenha convidado para jantar?

Sayed Respondeu ao sarcasmos com seriedade.

– O rei não deixou seus aposentos.

Tariq assentiu. O rei não deixava os seus aposentos havia dois anos, mas isto era algo com que não podia se preocupar agora. No momento, seria mais inteligente se temente, subestimou a sua adversária.

– Tudo bem, Sayed... Acha que pode levar um recado meu à srta, Devlin?

O velho inclinou a cabeça.

– Peça a ela que encontre meu irmão daqui a meia-hora, na piscina.

– Não sabia que o príncipe Khalid havia voltado.

– Não voltou. E, Sayed...?

–Sim, senhor.

– Pode, por favor, tirar este ar de censura da sua cara?

o Sheik e a VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora