Beatrice sentiu um arrepio de medo percorrer suas costas e fez força para não se encolher. Tinha a sensação de que ele pretendia cumprir literalmente o que prometeu. Começou a perceber que estava brincando com um homem capaz de quebrar as regras que não lhe fossem convenientes, e que, se tivesse vontade, seria capaz de reescrevê-las.
– Ah, não precisa ficar exaltado. – Disse em tom de repreensão. – Queria que eu fosse sincera... Não está sendo um tanto hipócrita?
Um assobio de ultraje saiu por entre os dentes de Tariq.
– Acho que deveria ter cuidado com o que diz. Neste momento, não sou.... Digno de confiança.
Fingiu estar confusa com a reação dele.
– Não precisa se fazer de superior. Está tentando me dizer que você sempre foi totalmente fiel às suas namoradas? – Deu uma risadinha. – Não acredito.
O rosto de Tariq se transformou numa máscara de superioridade.
– Você não me conhece.
– E nem quero! – Retrucou, esquecendo o seu papel enquanto o olhava.
– Quando me casar, pretendo respeitar minha esposa e não humilha-la sendo infiel. – Ele informou friamente.
– Que beleza! Mas talvez não tenha um apetite sexual saudável. Eu tenho...– E foi no meio da respostas provocadora que Beatrice percebeu que foi longe demais. Mas já tinha se entregado e as palavras continuaram a sair de sua boca, até que ele estendeu o braço, que roçou seus seios, e a pegou pelo queixo.
Ela perdeu o raciocínio e as palavras quando os seus olhos encontraram os olhos flamejantes de desejo de Tariq. O aspecto mais perturbador daquela situação não era o medo que sentia, e sim o calor e a excitação que incendiaram seu sangue quando pegou um cacho dos seus cabelos e ergueu-lhe a cabeça.
– Tenho um apetite sexual saudável.... –Murmurou.
– Ótimo... – A risadinha nervosa saiu num engasgo, enquanto ela gaguejava. – Quer dizer, acredito em você. Tenho certeza de que é muito macho e....– fitou os lábios sensuais de Tariq, as palavras ficaram travadas em sua língua e o sangue começou a pulsar ruidosamente em seus ouvidos. Quando traçou o contorno do seu rosto com o dedo, ela sentiu a as pernas amolecerem como gelatina, dando a sensação que se desgrudavam do corpo. O brilho que via nos olhos dele embaraçava todos os seus sentidos.
– Gosto de amantes experientes, que saibam como dar prazer a um homem.
As palavras a trouxeram de volta à razão. O que estou fazendo? Quando a puxou contra o corpo, deitou-se no chão e se inclinou sobre ela, levantou as mãos instintivamente para empurra-lo, mas ficaram presas entre os dois. A única coisa que o impedia de pressionar o corpo contra o seu era o cotovelo que apoiou no chão. Beatrice soltou um gemido entrecortada pela respiração ofegante e tentou falar com ironia.
– Não vou lhe dar prazer. – E nem saberia por onde começar! Olhou os lábios de Tariq, ouviu uma voz que lhe dizia que seria ótimo aprender e arregalou os olhos, apavorada ao perceber que concordava com a ideia absurda. Ele riu e observou o seu rosto corado de excitação.
– Então eu vou lhe dar prazer.
A promessa feita em voz rouca a deixou paralisada de desejo. Começou a tremer, enquanto tentava desesperadamente recuperar o controle da excitação delirante que queimava seu sangue. Está não sou eu. Não me comporto deste jeito.
Mas estava se comportando e, pior, era o que mais desejava. Queria se soltar e se entregar ao instinto. Queria corresponder a ele, mas não podia: precisava manter o controle. Tariq a olhou e murmurou em voz rouca:
– Isto é algo que me agrada: dar prazer a uma mulher.
Beatrice riu, agarrando-se aos destroços do seu cinismo.
– Porque é generoso...? – O comentário percebi a força porque foi dito em voz ofegante.
Fechou os olhos e soltou um profundo suspiro ao sentir que ele passava as mãos lentamente pelas suas costas e as pousadas nas curvas das nádegas.
– Percebe o que eu quero lhe dar? – Falou em voz arrastada.
– Tariq, você é... Ah, minha nossa! – Gemeu, encostando a cabeça no ombro dele.
Observou seu lindo corpo deitado, com uma das mãos jogada acima da cabeça e os cabelos espalhados em volta do rosto corado. Ela estava com a respiração ofegante. Os seios intumescidos se apertavam no sutiã do biquíni, que delineava claramente os mamilos. Tariq não ouvia mais o som de alerta em sua cabeça, enquanto pressionava a boca sobre a pele macia de Beatrice. Ela arqueou o corpo e soltou um gemido selvagem ao sentir que lhe lambia a barriga. Segurou-a pelos quadros prendendo-a ao chão, e continuou a saborea-la, provoca-la, até que soltasse gemidos de intenso prazer. Quando finalmente se deitou sobre ela, estava tremendo, com o corpo molhado de suor, e quando a beijou e enfiou a língua em sua boca quente e úmida, abraçou-o pelo pescoço, correspondeu ao seu beijo e jogou uma das pernas por cima dos quadris de Tariq, que se pôs a acariciá-la. Ela começou a estremecer convulsivamente.
Como correspondia a cada uma das suas carícias, ele tentava controlar a própria ânsia. A necessidade frenética de possui-la era algo que nunca sentiu na sua vida.
Correspondendo à avidez dos lábios dele, Beatrice se deixava levar por uma excitação incontrolável. Cada nervo do seu corpo parecia ter despertado e clamava por mais. Passou a mão no peito de Tariq e enrolou os dedos nos seus pelos. Sentiu que ele se enrijecia à medida que descia as mãos por sua barriga. Sem deixar de beija-la, ele arqueou o corpo sobre o seu, pegou-lhe as mãos, levantou seus braços e os prendeu ao chão, acima da cabeça. Perguntou-se como um homem que deveria ter alguém para colocar pasta de dente na sua escova poderia ter calos nas mãos, mas a pergunta deixou de ter importância, quando sentiu que corria os dedos até seus seios.
Soltou um grito rouco quando acariciou seu mamilo por cima do tecido do biquíni, provocando ondas de prazer.O desejo incendiou o corpo de Tariq, deixando-o num estado que beirava a dor ao ouvi-la pronunciar seu nome. Beatrice sacudia a cabeça, enquanto ele cobria um seio com a boca, e depois o outro. Ela se sentia num turbilhão fora de controle e não se importava.
– Não pare! – Implorou, quando ele levantou o corpo. Não respondeu, mas abaixou as alças do seu biquíni, desnudando os seios.
Ainda a olhando e segurando seu rosto entre as mãos, voltou a abaixar o corpo até que seu peito tocasse os seios e a beijou avidamente. Beatrice sentiu um turbilhão de emoções se misturarem dentro dela e agarrou-se a ele: acima da culpa, do medo e da perplexidade, sentia um desejo desesperado de se entregar aquele homem de corpo e alma. Aquilo não deveria parecer correto, mas parecia.
A princípio, não percebeu por que de repente Tariq saiu de cima dela e lhe deu as costas. Tentou pegá-lo pelo braço, mas ouviu-o dizer alguma coisa que não se dirigia a ela.
Não conseguia ver Sayed, que deveria estar parado na porta, porque o corpo de Tariq lhe bloqueava a visão, mas podia ouvis a voz. Sentiu que ficava vermelha de vergonha e tentou esconder os seios com as mãos. Ainda respirava de maneira ofegante e desejava, de todo o coração, não ter sentido o gosto, o cheiro e as carícias dele. O que foi que eu fiz?
Os dois não conversaram por muito tempo. Quando Tariq se voltou para ela, o sutiã do biquíni estava no lugar e estava sentado com os joelhos encostado no queixo, em cima do roupão.
– Preciso ir.
Com uma expressão impassível, evitou olha-lo porque sabia que não conseguiria encarar. Sentia uma mistura de vergonha e de raiva de si e tentava encontrar alguma coisa para dizer, mas só conseguia pensar na sensação dos lábios dele sobre sua boca. Deu de ombros, tentando mostrar que não se importava com o que fizesse. Na verdade, tudo que fazia a afetava profundamente. Podia contar nos dedos de uma só mão as vezes em que conseguira pensar em alguma coisa que o envolvesse, desde o momento em que o conheceu.
Por que aquele fascino? – Ela se perguntou. Claro, era um homem incrivelmente bonito e a sua vida era cheia de glamour. Mas era algo mais do que isso....muito mais.
Enquanto olhava disfarçadamente ele se afastar, algo se retorcia nela. Tariq parou e olhou para trás. Parecia querer dizer alguma coisa, mas mudou de ideia e foi embora. Não percebeu quanto tempo ficou ali sozinha, sentada e tremendo, antes de voltar ao quarto.
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o Sheik e a Virgem
RomanceO princepe Tariq Al Kamal furiosamente proíbe seu irmão de se casar com uma mulher imprópria. Em seguida, pega Beatrice e a leva para sua casa no deserto onde irá seduzi-lá. Porém, Tariq ignora que ela não é a mulher desejada por seu irmão. Beatrice...