Só para constar aqui, meu primeiro beijo aconteceu, finalmente, com quinze anos. Por incrível que pareça, este capítulo vai se juntar com o tema "Amor platônico". Por ser platônico, geralmente não conseguimos ficar com essa garota que idealizamos demais, nos apaixonamos pela imagem que construímos dela na nossa cabeça e não por ela de fato. Normalmente acabamos nunca conseguindo ter algo com a menina...
Tenho certeza que todos vocês já tiveram um amor platônico, não é mesmo? Os garotos, as garotas, todos!
Com as garotas a coisa sempre se repete, e eu por ter tido uma irmã oito anos mais velha, com sete anos já ouvia por baixo da porta as histórias que ela, com quinze, contava para as amigas dela. Era sempre a mesma reclamação:
- Garoto é tudo igual!
- Vou desistir dele. Achava que ele era uma coisa e era outra!
- Ele só queria me pegar e depois sumiu. Babaca!
Enfim, as garotas na adolescência se iludem com a imagem do príncipe encantado, o cara perfeito, o homem que aparece nos filmes de romance. Até eu me apaixonava por eles, de tão absurdas e fora da realidade que eram as coisas que esses homens faziam pra conquistar uma mulher. Como eu sempre falei: "só em filme mesmo".
Mas o tempo passa, as garotas ficam mais velhas e, de tanto quebrar a cara, elas viram mulheres fortes e um pouquinho mais desconfiadas das intenções dos homens, não é mesmo?
Já os homens têm uma forma menos clichê de quebrar a cara. Nós idealizamos a garota por quem somos apaixonadinhos na escola, ficamos meses e meses pensando em formas de tentar chegar nela e, quando chegamos, se é que chegamos, o padrão é nunca dar certo e tomarmos um fora. Pelo menos comigo era assim. Então simplesmente tiramos todas aquelas idealizações que tínhamos na cabeça de como essa garota era, e, com a cabeça livre de pensamentos iludidos sobre amor platônico, já conseguimos idealizar as próximas.
Nesse ponto o homem é menos sofredor. Se ele toma um fora, parte pra outra, vai pra balada, pega todas pra esquecer a garota e fim de papo. Temos uma forma prática de resolver assuntos amorosos.
Já as garotas, vejo que, as vezes, perdem muito tempo em um só cara. Insistem no mesmo, ou melhor, insistem no errado. Então, a minha dica é: Quando vocês pararem de olhar pra um só e perceberem que existem outros, vocês vão ser felizes. Se deu errado uma vez, não insista. Você só estará insistindo no que já acabou, e os homens, como vocês dizem, são iguais. Por mais que a gente desista de uma garota, se ela volta, a gente tenta de novo e, depois de fazer o que queremos, desistimos novamente. Então não sejam pingue-pongue na mão dos homens, porque, se o garoto percebe que você está na mão dele, você está ferrada. Simples assim.
Para os homens a dica é a mesma, digo por experiência própria. Quando uma garota percebe que pode ter você na hora em que ela quiser, que você faz exatamente o que ela manda e como manda, meu caro, você está danado.
Eu poderia resumir este capítulo com uma simples frase, que vocês deveriam levar pra vida: "A arte da conquista é um jogo".
Mas, como eu era totalmente iludido na adolescência, preciso contar como eu quebrava a cara, assim vocês, que também se iludem em assuntos amorosos, vão ver que não são os únicos que se ferram.
Voltando ao assunto primeiro beijo e amor platônico. Tinha uma garota na minha classe por quem eu era completamente apaixonado. Todos os caras da sala já haviam tentado ficar com ela, e querem saber? Ela dava fora em todos. Mas existia uma vantagem do meu lado: Eu era amigo dela, conversavam os todo dia, e aquilo só me deixava mais apaixonado. Eu achava que isso de sermos amigos ajudaria no dia em que eu tentasse ficar com ela, mas a realidade é que, ser amigo pode ajudar muito, pode ferrar muito mais.
Não vou dizer que eu estava na friendzone, mais conhecida como zona da amizade, que é basicamente quando você quer ficar com uma garota que é sua amiga
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As aventuras de um adolescente nada convencional
HumorAs aventuras de um adolescente nada convencional fala sobre a adolescência de um garoto normal que passa por diversas aventuras obs: não se trata da adolescência do escritor da historia, e sim do autor Christian Figueiredo.