Os olhos da guerra

Confissões

   Aguardo ansiosa pela morena e repasso os acontecimentos da noite anterior. Teria transado com Andrea, que estava deliciosa com aquele vestido (o mesmo que usara no baile da revista), se ela não tivesse mencionado o namoradinho. Mas hoje ela me beijou, então é um bom sinal, não?
- Emilly? – Ela aparece em segundos.- Sim, Miranda?- Cancele meus compromissos da tarde. Andrea virá almoçar comigo, libere a entrada dela. Não quero ser interrompida por ninguém, exceto minhas filhas. – Emilly me olha confusa, feito uma completa tapada.- Como? Andy? O que ela virá fazer aqui? – Seus olhos estavam arregalados.- Você bateu a cabeça? Não te devo explicações. Faça o que eu pedi, é para isso que você é paga, não para fazer perguntas idiotas. Isso é tudo.     Minha assistente percebe a estupidez que acabara de fazer e sai em silêncio. Eu juro que me esforço para ser uma pessoa melhor... mas há momentos em que as pessoas ao meu redor são completamente estúpidas.

     Estou concentrada em ler as alterações que pedi para o Livro, quando sinto alguém me observando. Olho para cima e Andrea está parada me observando.- Não fique aí parada. Entre e feche a porta, Andrea. – Usei meu tom rude, mas para evitar que as assistentes me ouvissem tratando a jovem mulher de forma diferente.- Sim, Miranda. – Ela entendeu o que fiz, graças a Deus, e me respondeu da mesma forma que fazia quando era minha assistente.     A observei virar de costas para fechar a porta e a cortina de privacidade. Aproveitei para analisar sua beleza. Estou me sentindo uma bomba-relógio de tanto desejo acumulado. Que mulher deliciosa. Preciso dela  agora, não aguento apenas me masturbar, quero a verdadeira Andrea.- Desculpe a demora, Miranda. Eu estava com visita e... – me levanto indo em sua direção como uma leoa pronta para atacar uma presa, Andrea se desconcentra – eu... precisei cancelar alguns compromissos que tinha no trabalho... – me aproximo mais, ela fala demais quando estava nervosa – e o restaurante que você gosta também atrasou e...- Vamos direto para a sobremesa, Andrea.     Seguro a jovem pela cintura e a beijo. Ela retribui com a mesma intensidade. Caminhamos até o sofá e Andrea fica por cima de mim, facilitando meu acesso ao seu corpo. O beijo é frenético, carnal, selvagem. Nos despimos desajeitadamente enquanto trocamos beijos. Andrea morde meu ombro, beija meu pescoço e morde minha orelha enquanto eu tiro o seu sutiã, que, graças aos céus, abre na frente e revela um par de seios deliciosos. Chupo Andrea e ela geme baixinho no meu ouvido enquanto puxa meu cabelo.- Tire a roupa.     Ela me olha travessa, mas obedece. Andrea é uma obra de arte. Sua pele branca, seus olhos, seus cabelos, seu corpo... é tanta beleza que não sei para onde olhar primeiro, ou o que colocar na boca primeiro. Minha intimidade lateja de excitação. Quero dar prazer para a mulher à minha frente e ouvir seus gemidos.      Levanto, a coloco sentada no sofá e me ajoelho entre suas pernas. Começo a beijar seus pés, subindo até as coxas e chegando perto de sua buceta, repetindo o mesmo caminho na outra perna. Finalmente, chego ao meu objetivo. Abro bem as pernas da jovem e começo a chupá-la com vontade, ela geme baixinho. Brinco com seu clitóris. 

     Nunca fiz sexo com uma mulher e não sei muito bem o que fazer, mas eu também tenho uma vagina e tento seguir meus instintos... ao que parece, está funcionando, pois Andrea segura minha cabeça com força, arranhando meu ombro esquerdo e rebolando na minha boca.

- Miranda... céus... somente essa visão de ter você entre minhas pernas já é o suficiente para me fazer gozar. – Achei o comentário engraçado... realmente, quem imaginaria a dama de gelo ajoelhada com a boca na buceta de sua ex-assistente?

     Ela geme baixinho, agradeço internamente por isso, mesmo a sala tendo isolamento sonoro, é melhor evitar fazer muito barulho.     Continuo me dedicando em chupar minha Andrea, e coloco dois dedos dentro dela. Ela geme um pouco mais alto, pedindo para não parar. Olho para ela, que também me olha e sorri para mim. Que visão maravilhosa.- Não pare, meu bem. Estou quase lá.     Fodo Andrea com meus dedos, mais rápido e mais forte. A vejo jogar a cabeça para trás, ter alguns espasmos e fechar as pernas apertando minha cabeça com força. Levanto e a beijo.- Agora vamos almoçar. – Digo, colocando minha blusa de volta, observando a jovem completamente nua no sofá do escritório.- Você não vai me deixar sentir seu gosto também? – Ela me olha com desejo.- Em outro momento. Agora, apesar de ser uma visão maravilhosa ter você nua aqui, é melhor você se vestir. Não acho que ninguém será louco o suficiente para desobedecer a uma ordem de não me interromper, mas sempre tem um imbecil.     Vamos ao banheiro e tentamos nos arrumar, mas sempre que nossos olhares se cruzam voltamos a nos beijar enlouquecidamente. Fodo Andrea no banheiro mais uma vez e resolvo deixá-la se arrumar primeiro, caso contrário, não sairíamos mais dali. Quando finalmente nos sentamos para conversar, resolvo ir direto ao ponto.

- Você irá terminar esse namoro patético para ficar comigo?

- Você quer que eu fique com você? Você seria capaz de me assumir?

-Não seja tola, Andrea. Você acha que fui atrás de você atoa? É claro que eu quero ficar com você... não consigo tirar você dos meus pensamentos. Você preencheu cada espaço da minha vida. Mas agora é você que precisa tomar uma decisão... ficar comigo ou com esse novo namoradinho.

- Miranda, eu ... – ela diz olhando para o chão, sinto medo do que possa vir a seguir – eu menti.

- Como assim mentiu?

- Não tem namorado nenhum.

A olho em silêncio. Ela mentiu para mim?

- E por que você mentiu para mim, Andrea? – Sinto meu sangue começar a ferver.

- Eu estava com medo! Você nunca deu nenhum sinal que gostava de mim, sempre foi uma chefe horrível que me chamava de gorda e dizia coisas absurdas para mim! – Nesse ponto, lagrimas escorriam pelo seu rosto – Ai aparece no meu trabalho DO NADA depois de muitos meses e diz que quer jantar comigo? Depois me beija? Até há uma hora atrás – ou seja, até a hora em que a chupei - não fazia sentido alguém as coisas que você falou serem verdade.

Ela parece muito nervosa. Fico em silêncio esperando o tempo dela.

- Hoje de manhã, quando você chegou ao meu apartamento, quem estava comigo era o Nigel. Quando sai da sua casa ontem, estava em pedaços, pois não entendia o que tinha acontecido... liguei para o Nigel e ele passou a noite comigo. Foi ele que me convenceu a te ouvir e dar uma chance para o que quer que fosse acontecer.

- Me lembre de dar uma aumento para Nigel depois.

- Você devia promovê-lo, depois do que fez em Paris.

- Não vamos voltar nesse assunto. Continue sua explicação do porque mentiu.

- Você não tem o direito de usar esse tom acusatório comigo, Miranda! Eu tenho inúmeras razões para não confiar em você.

- Então você não confia em mim?

- Agora eu acredito.

- Só por que eu fiz sexo com você? Então se isso não tivesse acontecido você ainda não confiaria em mim?

- Não sei...e acho que não temos como saber. – ela olha

Não sei descrever tudo o que estou sentindo. Mas resolvo permanecer em silêncio. Ela faz o mesmo e comemos sem conversar ou se quer nos olharmos.

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Amo ler os comentários de vocês ksksks Me digam o que estão achando? 

Sempre leio os capítulos depois de alguns dias e vou achando erros de escrita! As vezes sou eu mesmo, mas as vezes é o fdp do corretor!!! sorry.

Isso é tudo.