Preparando as armas

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Nesse exato momento estou sentada em minha cama com meu esposo dormindo profundamente, apenas nossas respirações são audíveis e tento controlar meu corpo. Sonhei com Andrea.

Nos últimos dias tenho tornado a vida da garota um inferno, pedindo coisas para minhas filhas, dando tarefas sem qualquer tipo de informação que a ajude - como ela vai saber qual é o papel que estava na minha mão durante a manhã? Não sei, ela que se vire. É o trabalho dela me satisfazer. Graças a tudo isso o seu emagrecimento é até notável. Sei que ela acorda cedo para chegar na revista antes de mim, que no horário de almoço sempre estou adiantando reuniões e que a vida dela é correr por NY cumprindo minhas ordens.

 A realidade é que tento manter Andrea distante, ela e toda sua insistência em me dar bom dia animadamente todas as manhãs não importando o inferno que foi o dia anterior e não importando que eu nunca a responda. A justificativa para tais atos é simples, não sei explicar a atração que sinto por ela - mesmo com essas roupas horríveis dela, me sinto inegavelmente atraída. Como consequência dessa atração que tento reprimir, sonho com Andrea.

Penso na linda jovem, com aqueles olhos brilhantes que me fascinam. Inferno. Como posso deseja-la e ficar excitada pensando na moça com Sthepen ao meu lado? Vou até o banheiro com minha intimidade doendo por conta do sonho. Me apoio na parede e revivo o sonho que ainda está claro em minha mente. Estou completamente molhada, meus dedos deslizam facilmente por minha carne macia e inchada e começo os movimentos de vai e vem que gostaria que Andrea estivesse fazendo.

No sonho encontrava Andrea no banheiro, apoiada na pia retocando seu rímel, ela estava linda - pelo menos em meus sonhos ela se veste bem. Paro atras dela e a encaro pelo reflexo do espelho. Ela sorri. Doce Andrea. Seguro sua cintura com uma das mãos e beijo seu ombro exposto. Minha outra mão desce para barra do vestido e o levanta. Chego até a sua intimidade, afasto sua calcinha e a penetro com meus dedos. Ela é quente, macia, gostosa. Nesse momento ela geme e joga a cabeça para trás, me dando acesso ao seu pescoço. Deixo ali minha marca, para que saibam que ela é minha. Ela goza em meus dedos chamando meu nome e por fim me beija. Olho fixamente em seus olhos e vejo uma imensidão escura e me perco naquele olhar. Doce e gentil Andrea.

Minha fraqueza de me masturbar pensando em uma funcionária me causa ódio. Que inferno. Como isso pode acontecer? Mas ela vai pagar, ela vai implorar por piedade e eu irei pisar nela. Quem ela pensa que é para entrar assim na minha vida e me tirar a orbita?

   No fim do dia me preparo para uma curta viagem para Miame quando ouço os planos de Andrea de sair com seu pai. Ela agradece aos céus por que em sua inocente mente eu não irei ligar para elas. Será mesmo que elas acham que não ouço nada do que dizem de suas mesas? Ignorantes. Ela que se exploda se acha bom não ser chamada por mim, ela deveria me valorizar! Milhões de garotas se matariam por esse emprego e ela não o valoriza. Idiota.

Durante toda viagem penso em Andrea e se estaria se divertindo com seu pai. Será que ela namora? Ainda não a escutei falando de ninguém. Homens são mesmo burros, como não há um exército de homens disputando o coração dessa menina? Ou será que ela curte mulheres?

Não sei o que fazer, minhas defesas estão baixas demais. Deixei essa menina entrar demais na minha mente e agora tudo está impregnado dela. Evitei ligar para ela durante todo o fim de semana, me abstive a mandar mensagens, não para que ela aproveitasse e descansasse, mas para evitar de ouvir sua voz. Mas no fim é inevitável ter que fazer isso. Cancelaram meu voo pois está garoando! Como pode haver tantos incompetentes no mundo? Ligo para Andrea, ela precisa resolver isso se não a cabeça dessa irá rolar e não me importa o que aconteça eu irei acabar com ela. Preciso ir ao recital das minhas filhas, isso é mais importante que qualquer outra coisa.

Mas Andrea falha. Inutilmente falha. Qual a dificuldade de me arrumar um voo de Miame  para NY? A justificativa dela é que ninguém quis voar por causa da tempestade! Você é uma decepção, Andrea. E quando chegar ao escritório terei o prazer de deixar isso muito, mais muito bem claro para você.


Os olhos da guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora